OS MAL ENTENDIDOS NO TRABALHO MISSIONÁRIO TRANSCULTURAL


Choque cultural

Entender a forma como um povo se comporta e conhecer o contexto em que se esta trabalhando é matéria obrigatória para todo aquele que aspira lançar mão do trabalho missionário transcultural.

O missionário deve ser aquele que procura se identificar em todos os aspectos com o povo ao seu redor,assim como Jesus,que se esvaziou a si mesmo para ser como um de nós. ”Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses 2.7)

E importante considerar que a atitude de empatia com o povo que se esta evangelizando, embora de extrema importância, não vai nos assegurar o sucesso desejado em nossa ação missionária, porque comunicar o evangelho numa outra cultura será sempre um grande desafio, mesmo para o missionário mais experiente e bem preparado.

Uma das facetas dessa problemática se encontra nos famosos mal entendidos que, embora soem como engraçados, podem comprometer a aceitação da mensagem e resultar em grandes desgastes para o missionário.

Diversos missionários e antropólogos cristãos tem narrado alguns desses episódios e são historias que merecem a nossa atenção.


Paul Hiebert nos conta sobre uma família que ingressou no campo missionário e levou consigo o gatinho de estimação. O que eles não sabiam, porém, era que na cultura daquele determinado povo apenas as bruxas possuíam gatos. Ao ver o felino da família que acabara de chegar, o povo temeu, pois havia ali uma crença de que durante a noite, quando os gatos saiam para passear, as bruxas possuíam seus corpos, para roubar a alma dos habitantes da aldeia.

Segundo a crença popular, quando alguém acordava enfraquecido e moribundo era porque durante a noite a sua alma havia sido roubada, e a única solução seria pedir a ajuda dos curandeiros. Caso contrario, o estado de fraqueza iria se agravando ate a morte.

“A coisa piorou quando o missionário se levantou para dizer que eles vieram para unir as almas! Arruinou ainda mais quando a mulher missionária lavou os cabelos no rio, e os aldeões viram a espuma do xampu caindo da cabeça. Tendo em vista que nunca haviam visto sabão, tinham certeza que as bolhas eram as almas que os missionários haviam roubado.”

Acontecimento como esse, revela a seriedade do trabalho entre outras culturas e a necessidade de um bom preparo para os nossos missionários, e também a importância da igreja brasileira promover uma ação missionária madura, assumindo com responsabilidade a sua posição nessa importante tarefa. Pois no que se refere à missão, ainda somos muito astutos na intenção, mas ingênuos na atuação.

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