UMA VIAGEM NO TEMPO


“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo. 8.32

Gostaríamos de convidá-los para uma viagem no tempo. Estão preparados? Se sim, apertem bem os cintos para a viagem antropológica, histórica e religiosa à Índia. Estamos no ano de 1.792 quando um homem branco europeu está vivendo no continente asiático.

Seu nome é William Carey e ele se depara com uma mulher gritando estridentemente; ao adentrar sua casa, vê sua esposa Dorothy que chora convulsivamente e o inquire sobre o que está ocorrendo fora de casa, pois ouvia os gritos estridentes de uma mulher.

Ele vai averiguar e vê algo assustador, pois havia um defunto sobre uma pilha de lenha para ser queimado e, amarrada junto ao cadáver, está a esposa viva, sendo preparada para ser queimada com o defunto marido.

Este cerimonial demoníaco é chamado “Sati”, antigo costume entre algumas comunidades hindus.

Hoje em dia é estritamente proibido pelas leis do Estado Indiano que obrigava (no sentido honroso, moral, e prestigioso) a esposa viúva devota a se sacrificar viva na fogueira da pira funerária de seu marido morto.

O termo é derivado do nome original da deusa Sati, também conhecida como Dakshavani, quese aut o-imolou porque foi incapaz de suportar a humilhação de seu pai Daksha por continuar viva enquanto seu marido Shiva já havia morrido.

O termo também pode ser usado para referir-se à viúva. O termo “Sati” agora é às vezes interpretado como mulher honesta. Carey implorou aos líderes religiosos que estavam para queimar o defunto e viúva viva para que não fizessem o que planejavam, mas não alcançou êxito em sua empreitada; mesmo assim não desanimou.



Dorothy havia ido a Índia contra sua vontade porque não queria ser missionária e encontrou esse motivo para dizer a Carey que queria voltar à Inglaterra, mas ele insistiu com ela que isto não era motivo de retornar à pátria.

Então Carey foi buscar as autoridades inglesas no país, pois a Índia estava sob domínio britânico, para intervir neste costume religioso e os líderes disseram a ele que não deveria intervir neste costume do povo. Eles também o ameaçaram com a seguinte frase:

- Se você continuar nesta empreitada nós iremos colocá-lo na prisão.

Então seus amigos dinamarqueses souberam deste fato e disseram a ele que poderiam dar-lhe uma cidadania dinamarquesa, pois a Dinamarca tinha tratado com a Inglaterra de dupla cidadania e Carey conseguiu a cidadania de seus amigos.

Com a cidadania dinamarquesa, ele começou a ensinar nas universidades sobre o horror do cerimonial “Sati”, pois os líderes religiosos não pensavam na viúva, se tinha filhos pequenos que precisavam dela, etc. Eles somente pensavam que se a mulher fosse sacrificada com o defunto era uma demonstração de honra e prestígio ao marido.

Um dia ele se associa com um empresário e começa a trabalhar estrategicamente para eliminar o tal cerimonial e depois de muitos anos ele consegue que uma lei seja estabelecida e o “Sati” é proibido em solo indiano, apesar de que em alguns lugares isolados ainda se vê algumas práticas.

Temos visto algo similar na cultura brasileira: o infanticídio nas tribos indígenas. Ainda utilizado por muitas das mais de 250 etnias do Brasil, esse costume tribal leva à morte não apenas de gêmeos, mas também filhos de mães solteiras, crianças com problema mental ou fisico, ou doença não identificada pela tribo.

Alguns antropólogos e até diretores da FUNAI, governo e certos políticos não vêem a necessidade de acabar com a aberração deste costume cultural. Até perseguem aqueles que querem ver o fim do extermínio infantil entre os indígenas.

Louvamos a Deus pela vida da Marcia Suzuki, que criou a ONG ATINI, sediada em Brasília, que atua na defesa do direito das crianças indígenas. Formada por líderes indígenas, antropólogos, lingüistas, advogados, religiosos, políticos e educadores, a organização trabalha para erradicar o infanticídio nas comunidades indígenas, promovendo a conscientização. Vale a pena ver o site: www.atini.org

Estamo s ministrando o Simpósio Visão 2025 nas igrejas para adolescentes. Se tiver interesse em que este simpósio vá à sua região, contate-nos por e-mail: teen@mhorizontes.org.br.

Nosso grande desafio para 2011 é o edifício do Centro Para as Nações em Monte Verde. Estamos esperando um grande contingente que deve vir do estado do Pará e de outros estados para o treinamento nos projetos Uniásia (uniasia@mhorizontes.org.br) e Revolution Teen (projeto que visa treinar adolescentes que no mínimo concluíram o ensino fundamental.

Eles serão treinados nas áreas cultural, lingüística e bíblica para serem futuros tradutores da bíblia). A visão é ver um tradutor da bíblia nas 2.000 línguas que nada têm escrito até o ano 2025.

Neste fevereiro iniciamos pela fé o novo edifício com 48 suítes, cinco andares e já coberto que esperamos seja de grande benção para a igreja brasileira.

Para ver a conclusão, precisamos de um milhão e duzentos mil reais e por isso vendemos a nossa base na Bolívia, adquirida da Missão Sueca. Para complementar, queremos contar com 1000 parceiros amigos da Horizontes que contribuam com R$ 50,00 mensais durante um período de 12 meses.

Aos que aceitarem o honroso convite e investirem neste grande empreendimento, ofereceremos uma estadia gratuita numa suíte por um final de semana, iniciando em uma sexta- feira.

Contamos com seu apoio e o convidamos a se unir conosco neste novo ano para que, ao final dele, possa vir e ver de perto aqueles que o Senhor tem levantado para encarar o grande desafio: alcançar os povos não alcançados da terra.

No amor do Mestre,

Cleonice e David Botelho

Missão Horizontes – contato@mhorizontes.org.br -Bradesco – Agência 1020 – Conta 3474-6 –

CNPJ 59.958.983-0001/16

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