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Mostrando postagens de novembro, 2010

TREINAMENTO E ENVIO DE MISSIONÁRIOS

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] Nunca se deve imaginar que o ciclo de treinamento e cuidado do vocacionado tem uma conclusão, porque este é um trabalho que pode ser comparado a um ciclo interminável. Alguns de nós poderiam imaginar que, findo o processo de treinamento lê envio do missionário ao campo, nossa responsabilidade cessa, dando início a uma nova etapa com um novo vocacionado, mas, seria um engano de nossa parte se agíssemos assim. O cuidado da igreja local com seu missionário prossegue durante todo o tempo em que ele estiver servindo ao Senhor em algum lugar deste mundo, pois aquele obreiro continua sendo parte integrante de nossa igreja, mesmo estando fisicamente distante de nós. Vejamos algumas destas tarefas que a igreja deve prosseguir realizando demonstrando cuidado e amor para com seu missionário. ESTABELECER CONTATOS FREQUENTES Já foi o tempo em que tínhamos que colocar uma carta no correio e esperar quase um mês para que chegasse ao seu destino, e também deixou de existir aquela

PORQUE O DISCIPULADO É TÃO IMPORTANTE?

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Lucas 11. 24-26 Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. 25 E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada. 26 Então, vão e levam consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro. Verificamos aqui a importância do acompanhamento de um recém convertido. Caso este acompanhamento não aconteça e ele venha a voltar à velha vida, o estado dele pode se tornar pior do que antes. O QUE O DISCIPULADO NÃO É: Uma simples transmissão de conhecimento. Um simples curso. Uma simples invenção da igreja. Material didático necessário ao discipulado Primeiramente o discípulo precisa ter uma Bíblia própria. Existe um material muito bom, um livrinho de estudos chamado “discipulado”. Este material é muito recomendável para realizar este processo. Porém na falta deste, mesmo assim o discipulado deve acontecer, nes

A DOUTRINA BÍBLICA DO ENVIO DE MISSIONÁRIOS

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Quando começamos a estudar sobre a doutrina do envio de missionários, somos confrontados com três perguntas essenciais: Quem envia? Quem são os enviados? Qual é o canal do envio? 1) Quem envia? A resposta bíblica é: Deus. Os seguintes textos comprovam que Ele é o autor tanto da chamada como do envio. a- “Agora, pois, vem e eu te enviarei a Faraó, para que tires do Egito o meu povo, os filhos de Israel” (Êx 3.10). b- “A quem enviarei, e quem irá por nós?” (Is 6.8). c- “Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás” (Jr 1.7). d- “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos” (Mt 10.16). e- “Portanto, ide e fazei discípulos de todas os povos (...)” (Mt 28.19). f- “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20.21). g- "(...) disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. (...) estes, pois, enviados pelo Espírito Santo (...)” (At 13.2-4). Com base nestes textos e em mui

NOSSA IDENTIDADE CULTURAL E O DESAFIO DE MISSÕES

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Certo dia, eu conversava com um bem-sucedido médico paraguaio que passara um bom tempo de sua vida profissional na cidade do Rio de Janeiro. Ele me disse que tinha uma clínica, muitos clientes, casa própria; enfim, tudo o que um profissional almejaria possuir. No entanto, vendeu tudo e voltou ao Paraguai para começar tudo de novo. Admirado, indaguei-lhe por que fizera isso. Ele me respondeu que a única coisa que lhe faltava era justamente o Paraguai, e, obviamente, não poderia tê-lo em outro lugar. Creio ser esse um bom exemplo de identidade cultural. Essa aliança familiar é uma ligação muito forte que temos com o que chamamos de “nosso vale”. Esses laços, quando bem usados, são de proveito para o trabalho missionário. Podemos ver valores fortes embutidos neles e, quando lhes são acrescentados os princípios bíblicos, esses laços podem se tornar alicerces fortes na vida de cada um. Infelizmente, porém, o que mais vemos é a nossa falta de parâmetros culturais e ligaçã

COMEÇAR DE NOVO

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Uma Convite à Reflexão sobre a Missão Transcultural Brasileira Já reparou quantas vezes Deus teve que recomeçar? Logo no jardim, depois com Noé, Abraão, Moisés… A cada nova geração Deus reafirma seu propósito de seguir adiante. Faz isto assegurando novas oportunidades a antigos parceiros, ou conferindo a novos parceiros a oportunidade de compartilharem de seus sonhos. Deus é otimista. Sonhador. Persistente. A encarnação de Jesus e todo projeto de igreja é um recomeço. O perdão Nele nos garante que recomeçar é possível. Ele estabeleceu o padrão e nos encoraja a fazer o mesmo, seja nos relacionamentos, seja conosco mesmos, seja com a missão que compartilhamos. Ser filho de Deus, parecido com Cristo, é estar aberto a recomeçar. É chegado o tempo de recomeçar a missão! Esta tarefa cabe a todos nós, igrejas, agências, pastores, líderes, missiólogos, professores e missionários. Se formos sábios, aprenderemos da nossa história. Nossa geração, formada aos pés de Lausanne e Comibam, aprendeu

FINANÇAS MISSIONÁRIA

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O cuidado pastoral de missionários na área de finanças deveria incluir um preparo pré-campo, um acompanhamento no campo, e um apoio nas transições. Antes de enviar o missionário, é importante avaliar o custo de vida no lugar para onde o enviaremos. Calculado o custo e avaliada a possibilidade de sustento, é preciso um compromisso. Os enviadores se comprometem a enviar o sustento com fidelidade, os enviados se comprometem a viver dentro dos recursos disponíveis, de forma a serem benção para o povo a quem são enviados. Para que isso seja possível, é necessário que o missionário possa contar com seu sustento todo mês, evite ser um peso para a igreja local e possa ter o suficiente para abençoar, isto é, sem se tornar pedra de tropeço por ter demais, ele deveria poder ser hospitaleiro e doador. Estou me lembrando de amigos queridos que, ao trabalharem na Amazônia, precisavam dividir o pouco que recebiam com outros, que tinham menos ainda! No decorrer da carreira do mis

IGREJAS MISSIONÁRIAS MUDARÃO O MUNDO

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Nas comunidades cristãs em geral, é normal que as pessoas se sintam desconfortáveis quando se deparam com os “incômodos índices missionários” divulgados nas conferências. Na verdade, são milhões que ainda desconhecem Jesus como Senhor e Salvador do mundo. Aliás, vale a pena sempre lembrar que temos, de fato, cerca de 02 bilhões de pessoas, para sermos mais realistas e precisos. Também temos cerca de 02 mil idiomas sem a tradução das escrituras, entre as línguas orais, de sinais (para surdos), ágrafas (sem escrita), etc. Um número considerável de nações têm um número de cristãos menor que os da comunidade onde você se reúne livremente aos Domingos. Em algumas realidades, os próprios pais matam seus filhos brutalmente se souberem que eles se tornaram cristãos. O desafio dos povos não-alcançados ou pouco evangelizados ainda permanece aí, diante de nós. Algumas organizações se empenham em alcançá-los, outras em estudá-los, outras em enviar os poucos dispostos, outras a orar, contribuir,

O PREPARO PRÉ-CAMPO MISSIONÁRIO

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A modernidade trouxe progressos consideráveis nos mais diversos campos do conhecimento humano, ampliando os horizontes científicos, mas também exigindo uma especialização cada vez maior no exercício profissional. Justamente esta especialização do conhecimento científico requer crescentes investimentos em educação, porém, educação e conhecimentos aprofundados não são os únicos requisitos para alcançar-se o sucesso nos dias atuais, pois há uma crescente demanda por competência. Portanto, devemos ter sempre presente que os investimentos em educacão e preparo específico, acadêmico como também emocional, crescerão na mesma proporção em que aumentará a responsabilidade a ser assumida. Vejamos como estas constatações tem profundas implicações na vida de um missionário. Normalmente, o missionário, no seu dia a dia, convive com pessoas de culturas diversas da sua. Sua vida, seu estilo de vida e o modo de se portar são parâmetros para os membros da comunidade na qual está in

O SOFRIMENTO NA VIDA MISSIONÁRIA

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O sofrimento faz parte da carreira missionária dos que seguem os passos e o ministério de Jesus. Foi assim com nosso mestre e Ele nos advertiu de que também sofreríamos e nos chamou a calcular os custos para ver se estamos dispostos a ir até ao fim (Lucas 9:23, 57-62; 14:25-33). Jesus não facilitou a vida dos seus seguidores. Hoje estamos acostumados a uma fé evangélica consumista, buscando os cultos e programas e o louvor que mais nos agradam, e o lugar onde podemos obter mais bênçãos com menor custo. Esse não é o caminho da cruz a que Jesus nos convida a andar, seguindo os seus passos. Não quero buscar intencionalmente o sofrimento, mas se queremos alcançar os perdidos menos alcançados, teremos de servir em selvas, entre grupos que vivem muito longe da civilização, e onde nossa presença vai ser questionada, vamos ter inimigos simplesmente por estarmos ali em nome de Cristo. Teremos de servir entre povos orgulhosos de sua cultura e da sua religião, que as defendem porque represe

A IGREJA E SUA MISSÃO NO PLANTIO DE IGREJAS

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Autoria de: Ronaldo Lidório O assunto plantio de igrejas deve ser observado dentro da perspectiva da missão, ou seja, o resultado do desejo de Deus que envolve a ação da Igreja. Um dos maiores perigos existentes no processo de plantar igrejas é defrontar-se com um cenário onde a Missão da Igreja está desassociada da Missão de Deus, a Missio Dei. E isto ocorre quando a Igreja segue sua própria agenda, de plantio ou crescimento, por motivações próprias e não bíblicas. Não para a glória de Deus mas para a glória da igreja. Não para alcançar os perdidos mas para fortalecer a denominação. Não para exaltar Jesus mas para exaltar os seus líderes. Michael Green[1] em seu comentário do evangelho segundo Mateus[2] expõe que, na Igreja Primitiva, a missão era um conceito fácil de ser compreendido. O desejo de Cristo, de ser anunciado a todos era claro para cada crente. Esta missão, porém, apesar de clara e facilmente compreendida era complexa em sua execução pois demandava sair de Jerusal