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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

SOBRE A DOR

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Bráulia Ribeiro Enquanto o fagote avança no lúgubre primeiro movimento da Sinfonia 6 de Tchaikovsky, a melodia da dor vai se desenhando. A vida ainda se debate na valsa propositalmente desequilibrada do segundo movimento e na marcha do terceiro. Vida à procura de sentido, de equilíbrio. A vida na dor finalmente cede à morte no quarto movimento e vai se esvaindo até o silêncio. Picasso brinca com o rosto humano e o descobre torto, desconexo. Então pinta “Guernica”, o quadro da dor da guerra, no qual homens e animais, aos pedaços, se debatem no lençol negro da incompreensão. O sol é uma lâmpada sem força. Não há outra expressão além da dor soberana, e as gentes que se entregam à morte. A dor transforma o homem; porém, ainda bela, nos comove e vai comover as gerações que virão. Na intensa prova do Ironman em Kona, os corpos perfeitos das primeiras horas da chegada dão lugar à beleza da resistência. Os triatletas renomados chegam oito horas depois do início. Porém, não são el

OS 10 MAIORES DESAFIOS DA ASIA

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“E me esforcei para anunciar o Evangelho onde Cristo nunca fora anunciado”. Rom. 15.20 O texto acima traz a visão ministerial paulina, que é de sempre ir onde o evangelho ainda não fora anunciado, e isto para não edificar sobre fundamento alheio. O contraste hodierno é a proliferação de igrejas onde se concentra a maioria dos recursos econômicos. A realidade brasileira comprova isto, pois abandonamos as tribos indígenas que tem 151 tribos sem um obreiro sequer, o sertão nordestino e os povos ribeirinhos. Agora tente imaginar o grande desafio de levar os cristãos brasileiros a amarem os povos menos alcançados da terra que estão distantes dos nossos olhos!!! É interessante perceber o contexto da passagem em que o apóstolo Paulo menciona que já iria para outro lugar, pois havia concluído a tarefa de evangelizar as quatro províncias do Império romano – Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia proconsular –, desde Jerusalém até a atual Bósnia, e isto em apenas 10 anos de trabalho árduo e em di

MISSÕES - A COMIDA QUE DURA

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Os seguidores de Jesus, na sua maioria, perderam a perspectiva do ponto de vista de onde Jesus está olhando. O olhar dele é de infinita compaixão e ele vê o mundo inteiro. Um mundo mergulhando na mais densa escuridão. Os discípulos que perderam a visão dele e da sua obra têm seus olhos voltados para baixo em direção horizontal numa triste demonstração de vergonha e derrota. O diagnóstico do Mestre amado e a receita para uma renovação de metas, propósitos e uma vida de constantes vitórias é apresentado por ele quando diz: “Mas olhem e vejam bem os campos: o que foi plantado já está maduro e pronto para a colheita” Jo. 4.35b NTLH O compromisso com o mundo e com as coisas que no mundo há, está impedindo os discípulos de trabalharem com afinco na seara do Mestre Amado. O que foi e está sendo plantado, já está maduro e pronto para a colheita, necessitando de trabalhadores animados e dispostos a cumprir a ordem de atuar com muita dedicação na colheita dos frutos, já prontos;

CRISE VOCACIONAL E A OBRA MISSIONÁRIA

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Até os anos 90, a igreja evangélica brasileira “ensaiou” um avivamento missionário. O tema das missões tornou-se um assunto em pauta no Brasil, e por aproximadamente duas décadas muitos missionários foram despertados de todas as regiões do país para todos os limites do mundo. Líderes brasileiros de missões passaram a configurar globalmente entre os mais influentes pensadores da área; agências missionárias verdadeiramente brasileiras começaram a emergir; as denominações históricas e até mesmo as mais novas começaram a despertar suas igrejas locais, e o resultado foi estrondoso: o Brasil tornou-se indubitavelmente um dos três maiores celeiros missionários do mundo. Hoje, porém, é evidente que há uma “baixa” no despertamento missionário. Tenho percorrido organizações missionárias e percebo que elas já não recrutam obreiros com a mesma facilidade que tinham alguns anos atrás. As conferências missionárias ainda acontecem, mas são mais escassas e já não contam