Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2011

REGRESSO DO MISSIONÁRIO AO SEU PAÍS

Imagem
Ajudar seu missionário a integrar-se, acontece em dois níveis: imediato e a longo prazo. INTEGRAÇÃO IMEDIATA a) Faça com que seu missionário seja recebido por pessoas da igreja no aeroporto. Não todo mundo, mas um bom grupo que diga: “Estamos contentes por você estar de volta!”. Ouvi de uma comissão de boas vindas que foi para o aeroporto dois dias depois que o missionário chegou. Felizmente, pelo menos seus pais tinham confirmado o dia certo da sua chegada e estavam lá para recebê-lo! b) Prepare um lugar para ele ficar: “Paulo e Barnabé ficaram ali muito tempo com os discípulos” (Atos 14.28)! É digno de nota que, das doze palavras gregas que traduzimos por “ficar” , a que é usada aqui significa “esfregar, gastar pelo uso”. Em outras palavras, sua estada com os discípulos em Antioquia foi longa o suficiente para limpar seu relacionamento de todo sentimento estranho. Quando você mora com alguém, você sabe onde as lâmpadas de reserva são guardadas. Você não está a

CUIDADOS PARA A REINTEGRAÇÃO DO MISSIONÁRIO

Imagem
“Meu pai foi um missionário de carreira. Minhas irmãs, meus irmãos e eu nascemos no campo missionário. Nossa vida foi lá. Papai fazia um bom trabalho dirigindo um seminário teológico que atendia boa parte do leste do país. Mamãe estava fiel ao seu lado. Nossa educação veio tanto de observar a vida deles quanto das lições em sala de aula. Durante os anos eles tinham passado por todo tipo de tempestades que atingem os missionários. Cada uma lhes proporcionava um grau maior de compromisso com o Senhor Jesus e com a causa da formação de liderança nacional. As tensões entre os cristãos nacionais e os missionários eram freqüentes. Meu pai, porém, era um pacificador. Ele sabia andar pelo caminho estreito da sensibilidade cultural. A falta de recursos era tão comum que todos sabíamos o que queria dizer “apertar o cinto”. O desânimo com alunos nacionais “promissores” que deram as costas ao ministério cristão apenas reforçava a determinação de papai de gastar sua vida com outras pe

E-ETAOW - NÃO DEIXE DE VÊ-LO

Imagem

QUEM É O CONTRIBUINTE DE MISSÕES NO BRASIL?

Imagem
Vamos agora conhecer o perfil do contribuinte de missões no Brasil, suas motivações, envolvimento e expectativas. Existe um texto no primeiro livro do profeta Samuel, em que o Rei Davi esclarece que tanto os que desceram à peleja quanto os que ficaram guardando a bagagem “receberão partes iguais” (3021-24), afinal, todos contribuíram para que a vitória contra o inimigo ocorresse. A exemplo das Sagradas Escrituras, entendo que o “contribuinte” de missões também é um missionário e tanto o que tem o ministério de ficar, quanto o que tem o ministério de ir, receberão sua parte ou galardão. É aquela velha história: um vai, outro financia e o outro ora. De qualquer forma TODOS são comissionados. A pergunta é qual a minha parte nessa história toda? Um dia, ouvi, aliás com muita propriedade, uma pessoa dizer que na Igreja você se enquadra em uma das duas únicas categorias de pessoas que existem: ou você é um missionário ou então, um “campo missionário”. E eu, feliz da vida, só pude dizer: AMÉM

MISSÕES E CUIDADO EM CONTEXTOS DE RISCO E DE SOFRIMENTO

Imagem
Graduada em Letras com Mestrado em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo e Doutorado em Missiologia pela Asia Graduate School of Theology, Filipinas. Serviu por 10 anos como Missionária em Angola. É professora e Coordenadora de Desenvolvimento da Escola de Missões do Centro Evangélico de Missões. O sofrimento faz parte da carreira missionária dos que seguem os passos e o ministério de Jesus. Foi assim com nosso Mestre. Ela nos advertiu de que também sofreríamos e nos chamou a calcular os custos para ver se estamos dispostos a servir e perseverar até ao fim. (Lc 9.23, 57-62; 14. 25-33). Jesus não facilitou a vida de seus seguidores, buscando os pregadores, os cultos, os programas e o louvor que mais nos agradam e o lugar onde podemos “obter” mais bênçãos com o menor custo. Nossa tendência é a de rejeitar qualquer coisa que exija um pouco de sacrifício. Esta não é a forma de tomar a cruz e renunciar a nós mesmos. Jesus nos convida a andar no seu caminho, segu

A EFICÁCIA DA ORAÇÃO NO CUIDADO MISSIONÁRIO

Imagem
“Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21) Como seguidores do Senhor Jesus, tendo-o por nosso supremo exemplo, queremos compreender a maneira com que ele se utilizou do exercício da oração como forma de cuidar de si mesmo e manter-se fiel ao Pai e aos objetivos da missão a que foi enviado. A ORAÇÃO ENTENDIDA COMO UM ESTADO DE PRESENÇA VENCE A SOLIDÃO. O cristão se fortalece com a presença divina percebida mediante a vida de oração. Deus nos proporciona um estado de sua presença que vence a solidão humana. Como homem o Senhor Jesus enfrentou lutas e necessitou de cuidados como qualquer enviado. A sensação da solidão foi vencida pela continua presença do Pai na sua vida: “Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só...” (Jo 8.29). Jesus vencia a solidão pela conversa constante com o Pai. Os evangelhos registram que ele sempre buscava um lugar onde pudesse estar a sós com o Pai. Para isso, despedia as multidões e subia o monte a fim de orar (Mt 14.23). A oração er

A COSMOVISÃO DE POVO E A PREGAÇÃO DO EVANGELHO

Imagem
“Quando chegou a manhã, lá estava Lia. Então Jacó disse a Labão. Que foi que você me fez? Eu não trabalho por Raquel? Por que você me enganou? Labão respondeu. Aqui não é costume entregar em casamento a filha mais nova antes da mais velha” (Gênesis 29. 25.,26) Mesmo tendo vivido por mais de sete anos na região de Padã-Arã, o texto bíblico parece indicar que Jacó não conhecia bem os aspectos da cultura local. Caso contrário, teria descoberto que era costume os pais oferecerem em casamento primeiro a filha mais velha. A mais nova só se casava depois que a primeira tivesse sido dada em casamento. O resultado do descompasso cultural foi que Jacó, além de permitir ser enganado, teve que trabalhar mais sete anos (um total de quatorze) para que pudesse pagar por Raquel, a filha mais nova. Em nossa jornada missionária, estamos sujeitos a tropeços semelhantes. Principalmente se desconsideramos que comportamentos, crenças e valores de um povo são determinados por sua visão de mundo (c

APRENDIZADO DE LÍNGUA NO CAMPO MISSIONÁRIO

Imagem
“Diziam. Então diga: Chibolete. Se ele dissesse, Sibolete, sem conseguir pronunciar corretamente a palavra, prendiam-no e matavam-no no lugar de passagem do Jordão. Quarenta e dois mil efraimitas foram mortos naquela ocasião” (Juízes 12.6). Oséias foi enviado para trabalhar como tradutor da Biblia para determinada língua, falada em uma das ilhas do Oceano Índico, na costa leste africana. Seu bom conhecimento de francês, em razão de sua descendência suíça, ajudou-o no princípio, quando as primeiras crises na adaptação surgiram. Mas, com o passar do tempo, sua habilidade com a língua oficial do país foi se tornando um obstáculo para aquilo que era um dos principais alvos do seu trabalho, o aprendizado da língua local e a produção de uma tradução bíblica que beneficiasse as comunidades isoladas no interior do país . O problema começou a se agravar ao longo dos primeiros meses e anos porque seu comodismo jamais fora confrontado por uma liderança de campo que exigisse uma pos