COMO OUVIRÃO?


INTRODUÇÃO

Quando se fala em alcançar com o evangelho aqueles que nunca ouviram a respeito da salvação que há unicamente na pessoa de Jesus Cristo, somos logo confrontados com justificativas segundo as quais não deveríamos nos envolver com o trabalho missionário entre os povos não alcançados.

Eis algumas das mais comuns:

1) há muitos perdidos aqui mesmo. Trabalhemos primeiro aqui e depois, que os de perto forem salvos, pensaremos nos de longe;

2) primeiro temos que evangelizar "nossa Jerusalém";

3) é muito difícil enviar um missionário, somos pobres e não temos dinheiro para tanto;

4) há tantos lugares aqui mesmo em nosso estado sem os "nossos princípios", para que então evangelizar outros povos?

5) meu irmão, não se preocupe com isto! Quem nunca ouviu é inocente, por isso não vai para o inferno;

6) eles são salvos por observarem a criação de Deus. Afinal, o Salmo 19 diz que "os céus proclamam a glória de Deus".

Todas estas justificativas são fruto de u'a má compreensão daquilo que a Bíblia fala sobre missões. As quatro primeiras derivam-se de uma visão extremamente limitada da tarefa missionária da Igreja. 

Uma delas (a terceira) demonstra uma falta de confiança no Deus que supre todos os recursos para a expansão da Sua obra. Demonstram, também, uma maior preocupação em implantar nossos "santos" princípios denominacionais, do que fazer conhecido em toda a Terra o nome de Jesus. É bom termos em mente que o nosso chamado primordial é para pregar a salvação em Cristo Jesus e não nossos princípios eclesiásticos.

A quinta "desculpa" pode ser respondida até mesmo pela lógica. Se a "inocência" por não ter ouvido fosse base para a salvação, a questão da queda e conseqüente perdição seria facilmente resolvida. Deus deixaria a humanidade na mais completa ignorância quanto à sua condição espiritual e todos, por não saberem, seriam salvos. Ele nem precisaria ter passado o terrível desconforto de ver o seu Filho amado morrer na cruz. Jesus também não precisaria ter se feito homem e sofrido o escárnio, açoites, e, por fim, o horror da cruz.

A cruz foi o acontecimento mais horrendo, terrível e cruel da história. Se houvesse qualquer outro meio, um único, por menor que fosse, Jesus a teria evitado. Se houvesse qualquer outro caminho que pudesse substituir o Calvário, Ele o teria trilhado. Se fez-se necessária a morte do Filho de Deus pelos pecados da humanidade é porque não havia, em todo o universo, outra possibilidade de salvação para nós, pecadores.

Todas as justificativas são infundadas, porém, as duas últimas são as mais perigosas, pois tem levado os cristãos a um profundo comodismo em relação aos povos não alcançados. Se isso não fosse, por si só, um mal terrível, as duas, quando examinadas com a devida atenção, se mostram totalmente destituídas de qualquer apoio bíblico. Veremos, mais à frente, que não há sequer um homem inculpável em todo o mundo e que a criação não leva ninguém à salvação, à vida eterna.

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