MISSÕES E FINANÇAS


Contribuição Financeira para Missões:
É um dos assuntos mais desgastante em missões e não tem como falar em missões sem contribuição financeira. Sempre vamos nos deparar com pessoas que vão nos perguntar porque contribuir com o trabalho missionário ?

Porque há desafios a serem vencidos, novos trabalhos para serem iniciados, igrejas a serem plantadas e organizadas, almas para serem salvas, obreiros para chegar ao campo, lideres para serem treinados.

No Brasil há 222 municípios com menos de 2% de evangélicos;


Pequenas Igrejas e congregações sem pastores, seminários sem recursos;

Obreiros sem sustento digno, projetos missionários sem suporte financeiro;

Há 90 povos indígenas no Brasil totalmente não alcançados;
Um total de 8000 povos no mundo que nunca ouviram falar de Jesus;
Há mais de 3000 línguas sem tradução da Bíblia.

Quando uma Igreja não contribui para a Missão:

Está se opondo à pregação do Evangelho;

Fecha o canal das bênçãos. Fp. 4:17-19;

Os membros contribuem diretamente para outras igrejas ou missionários.

Quando uma Igreja contribui para Missão:

Ajuda no avanço da pregação do Evangelho;

É abençoada, de acordo com a lei da semeadura. II Cor. 9:6.

Os membros da igreja são abençoados individualmente (QUEIROZ, 1996)

Missões num contexto de Pobreza

“ Missões no Mundo dos Dois Terços são missões num contexto de pobreza. E isso muitas vezes confunde os de fora”.

Um amigo do ocidente me perguntou certa vez: “Como vocês podem enviar missionários para fora da Índia quando existe tanta necessidade em seu próprio país?” E ele continuou perguntando:”Como vocês podem financiar um programa missionário quando existe tanta pobreza em seu país?”. Duas boas perguntas mas baseadas em suposições erradas.

Primeiro, é errado supor que missionários devem ser enviados de um país somente quando este estiver sido completamente evangelizado. Jesus disse para seus discípulos: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At. 1:8). Ele não disse que, somente, após terem terminado o trabalho em Jerusalém, deveriam ir à Judéia e depois à Samaria e aos confins da terra. O testemunho deveria ser simultâneo em todos estes lugares. Se os primeiros missionários da América do Norte ou da Europa tivessem esperado até que os seus países estivessem completamente evangelizados, nós ainda não teríamos ouvido o Evangelho!

Segundo, é errado supor que o Evangelho nos primeiros dias veio dos “que não tinham”. Se a igreja de Jerusalém tivesse olhado para a sua pobreza e concluído que não tinha condições para enviar missionário, o evangelho não teria saído da cidade. Mas condições financeiras não tinham importância

Princípios Bíblicos

• Envolvimento missionário está baseado na consagração total do indivíduo e de suas possessões ao Senhor. Os detalhes deste envolvimento são trabalhados a partir desta consagração. Daí precisa ser parte deste envolvimento. Paulo escreveu sobre os cristãos na Macedônia: “Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários... mas deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus” (II Co. 8:3-5). Compromisso com o Senhor e com as pessoas é condição essencial para um envolvimento de importância em missões. E isto inclui dar dinheiro.

• A riqueza ou a pobreza das pessoas não deve decidira participação em missões. Os macedônios deram ‘além de suas posses'. Os cristãos em Antioquia deram ‘conforme suas posses' (At. 11:29). Os pobres não se desculparam com base em sua pobreza. Não devemos deixar a pobreza nos levar um ‘um complexo de receptor'. Cada crente deve fazer o que pode por missões e estar disposto a sacrificar além de suas posses.

• Precisa ser resultado de um firme compromisso com missões e de um sentimento correto de mordomia. Isto vem através de um ensino contínuo e uma pregação da Palavra de Deus que leva o povo à consagração total aos propósitos divinos, e a uma aceitação de sua responsabilidade missionária. Os cristãos na igreja de Antioquia foram ensinados por Paulo e Barnabé por um período de um ano e ficaram conhecidos como discípulos. Uma marca deste discipulado foi que cada um deu ‘segundo as suas posses' quando ouviram acerca da fome que os cristãos na Judéia estavam passando. (Teodore Williams).

Princípios Aplicáveis para o Financiamento de Missões

O Princípio do Mandato Divino
Missão não depende de prosperidade ou opulência econômicas. Na Igreja primitiva, missão saiu daqueles que não tinham dinheiro para aqueles que tinham! A igreja na Macedônia é um exemplo de ofertar, que ocorreu a partir de extrema pobreza (II Co. 8:1-3)

O Princípio da Igreja Local
A Igreja Local deve ser o agente primário do qual as finanças fluem para avançar a obra do Senhor através das missões no Mundo.

À medida que nos preocupamos com agências missionárias, associações nacionais e organizações internacionais, corremos o risco de esquecer a centralidade da igreja local que o povo de Deus é desafiado a fazer de Jesus seu Senhor e de responder positivamente, sendo bons mordomos e dando voluntariamente para o empreendimento missionário.

O Princípio da Mútua Prestação de Contas
No corpo de Cristo somos responsáveis pela prestação de contas uns dos outros. A prestação de contas não deve ser uma ferramenta de controle, mas uma proteção contra o mal. Deve ser estabelecida através de um acordo entre as partes envolvidas na cooperação, a fim de resguardar a integridade do ministério e do nome de Jesus Cristo.

O Princípio do “Grande Vintém”
Usando como modelo a parábola de Jesus sobre a pequena oferta da viúva (Mc. 12:42), Ajith Fernando de Sri Lanka, sugere que a contribuição das nações mais pobres para a obra missionária internacional tem grande valor no sistema de contabilidade de Deus.

O Princípio da Cooperação
• “ Cooperação inclui compartilhamento de todos os recursos para o avanço do Evangelho (Fil. 2:25; 4:15; Rom. 15:24). É uma forma normativa de levar o Evangelho avante, especialmente quando introduzida desde o começo”.

• Cooperação exclui o senhorio de uma parte para a outra. O apóstolo Paulo nunca legislou cooperação, porém a encorajou para o desenvolvimento de missões.

• A cooperação é um relacionamento que nasce de um profundo nível de comunhão e fraternidade. Comunhão no compartilhar, comunhão no Espírito, comunhão no sofrimento de Cristo, comunhão nas necessidades do apóstolo e comunhão em missões”. (Luis Bush)

Princípios de Finanças para a Igreja
A igreja deve estar associada a um missionário (Fp. 4:14-15)

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