A IMPORTÂNCIA DA IGREJA ENVOLVIDA COM MISSÕES

Quando pensamos sobre a Igreja de Antioquia descobrimos que ela era uma igreja que se envolvia com as dificuldades, com os problemas, e eu quero dizer duas coisas aqui.

Primeiro, é envolvimento missionário no sentido de enviar, de treinar, de capacitar. Mas deixe-me falar uma coisa muito importante e peço que, por favor, leiam com atenção. Eu vejo muito claro, no Novo Testamento, um amor muito grande de Paulo pelas igrejas por onde ele tinha passado. Agora, vejam só. Nós somos uma comunidade internacional, amém? Há uma igreja aqui, uma igreja ali. E a nossa igreja no Brasil precisa amar esses irmãos que estão distantes, não é ser paternalista, mas, amar, abençoar...

Será que a igreja no Brasil não tem nada a fazer pelas outras igrejas? E eu não estou falando de mandar missionário para plantar igrejas, mas, missionários que abençoem as igrejas que já existem.

Da história podemos tirar os exemplos de amor pelo Senhor. De trabalho constante, profundo, amoroso. Dela, nós aprendemos que vale a pena sofrermos hoje, de sacrificarmos o nosso conforto, o nosso bem-estar, para alcançarmos vidas. Vale a pena treinarmos eficazmente os nossos obreiros e nos envolvermos plenamente.

Da História nós aprendemos a resistir ao marasmo, a rejeitar o engessamento da instituição. Aprendemos que não é possível salvar esse mundo fazendo apenas manutenção da fé, ou melhor, vivendo sem perspectivas de enfrentamento espiritual sério. Homens foram usados por Deus, não organizações! Homens foram usados por Deus, mas, toda uma Igreja foi mobilizada. Vidas foram tocadas pelo Espírito e atearam fogo nas estruturas mortas, nas estruturas medievais da religião. Deus continua usando vidas, hoje, e procura vidas, pessoas, que paguem o preço por um avivamento que acelera a obra missionária, que paguem o preço por um avivamento que acelere a obra missionária. Talvez hoje e através desta leitura, Deus esteja sarando os nossos corações e ateando fogo santo, que não se apaga, para sermos sacerdotes reais neste mundo pagão e insano. Da eclesiologia, do estudo da Igreja nós aprendemos que estamos debaixo de uma aliança. Uma aliança com Deus, a nova aliança de Cristo, com os mesmo objetivos de Israel, o de ser luz para as nações.

Somos um povo santo, aleluia! Um povo escolhido com propósito definido, de seguir fazendo discípulos, de continuar anunciando e batizando em toda a Terra. Qualquer visão menor do que esta deverá ser rechaçada por todos nós. Somos atalaias. Somos os sacerdotes do Senhor. Somos um povo missionário por natureza, por essência. Nossas comunidades locais precisam acordar do sono profundo. Não há mais tempo para nos preocuparmos apenas com o nosso bairro, com a nossa cidade. O mundo está esperando! E esta não é, apenas, uma frase de impacto, ou que contém uma grandeza inatingível. Absolutamente. Somos um povo missionário por natureza, por essência. Absolutamente. Somos um povo forte porque o nosso Deus é forte. Somos um povo rico, pois o nosso Deus é rico. Somos um povo real, pois o nosso Deus é Rei, Rei de toda a Terra. Somos um Reino de sacerdotes, seguindo o Sumo Sacerdote, Jesus Cristo! Aleluia! E é só essa verdade que nos impulsiona para o trabalho. À nossa frente, hoje mesmo, nós temos nações, povos, sem Deus. Vamos continuar esperando que as agências missionárias façam tudo o que é necessário? Vamos esperar que os nossos candidatos sejam treinados e enviados, somente, pelos nossos Seminários? Vamos esperar que alguém se levante que alguém trabalhe? Não, amados! Chega.

Em nome de Jesus, chega de empurrarmos a nossa responsabilidade para os outros! É tempo de obedecermos a Palavra de Deus, como igrejas locais, e nos envolvermos totalmente. Essa obra não é obra de um só homem e nem de uma só igreja. Esta obra pertence ao povo de Deus, que reconhece o seu lugar, no corpo, e que, munido de seus dons espirituais, segue anunciando a glória de Deus.

Eu sonho com igrejas locais que orem pelos Povos Não Alcançados, os “povos adotáveis”, com igrejas que não se envergonham de se envolver em estratégias de batalhas espirituais.
Eu sonho com igrejas, que enxerguem muito, mas, muito mais longe, do que os limites de sua cidade ou país.

Eu sonho, com igrejas que tenham planos definidos para os seus vocacionados, que se envolvam eficazmente no treinamento desse povo que foi chamado pelo Senhor.

Eu sonho com igrejas fortes, saudáveis, que não tenham medo do sacrifício, da dificuldade, da dor ou do sofrimento.

Eu sonho sim, com igrejas locais que sustentem os seus obreiros, dignamente, sem avareza ou constrangimento, mas com alegria.

Enfim, eu sonho com igrejas locais que sejam basicamente bíblicas. Obedientes à Palavra do Senhor, que venham salgar esta Terra, iluminar os povos, cooperar com as igrejas locais de outras nações, a fim de que o mundo creia.

Acima de tudo, sonho que a unidade do povo de Deus se estabeleça definitivamente. Mesmo respeitando as nossas diferenças históricas, que sejamos “um”.

Competição é saudável no mercado aí fora, no mercado de trabalho. Na Igreja permanece o amor, que nos aproxima, que nos faz sensíveis às alegrias e tristezas do próximo. Compartilho a minha alegria por ver tantos brasileiros preocupados com a obra missionária, e a minha alegria maior, por saber que após esta reflexão estaremos mais comprometidos com Deus. Não com estratégias, não com modelos pré-fixados, mas, comprometidos com o “Senhor da História”, que nos unge para o ministério.

Eu gostaria, em nome de Jesus, de terminar este texto orando, clamando, pedindo perdão à Deus porque muitas das nossas igrejas locais não querem fazer a obra missionária, porque têm medo do trabalho, têm medo de sofrer, têm medo das dificuldades. Porque pastores estão mais preocupados em ter nome do que em tornarem o nome de Jesus conhecido.

É tempo de nos arrependermos, em nome de Jesus.

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