A FALTA DE CONHECIMENTO DA GRANDE COMISSÃO, É A CAUSA DA GRANDE OMISSÃO

 


Dirigindo-se aos seguidores mais próximos, Jesus diz: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, IDE e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28:18–20).

Observamos na história do mundo os resultados alcançados por um pequeno grupo de discípulos que simplesmente obedeceram rigorosamente a essa ordem e sem nenhuma “Omissão”.

Nos dias atuais as pessoas que constituem nossas igrejas, pressupõem de modo precipitado ou irrefletidamente que a Grande Comissão de Jesus deve ser realizada apenas em outros países. Essa ideia se deve, em parte, ao uso do termo “nações” usada para traduzir o grego ethne, quando uma tradução mais apropriada seria nossa expressão contemporânea “grupos étnicos” ou, ainda, “pessoas de todo tipo”.

Este equívoco, tem nos levado de modo inadvertido a excluir as “pessoas de nosso tipo” do universo daqueles que devem ser transformados em discípulos de Jesus.

Outros há que, acreditam que, “nós” não precisamos de discipulado, afinal somos nós que estamos certos. Mas, na verdade, o principal campo missionário da Grande Comissão nos dias de hoje é constituído das igrejas da Europa e da América do Norte. Essas são as regiões em que a Grande Omissão é mais visível e de onde ela ameaça se espalhar para o restante do mundo.

Daí porque, nossa responsabilidade é levar adiante a Grande Comissão exatamente onde estamos, ou seja, começando por Jerusalém e suas adjacências e,  não apenas intensificar os esforços para obedecer à sua ordem em outros lugares. E nem mesmos desejarmos alcançar os Confins da terra, ou concluímos esta tarefa aqui para só então nos preocuparmos com os que estão distantes.

É preciso considerarmos que se não começarmos a tarefa aqui, também não seremos bem-sucedidos em levá-la adiante ou em outras partes do mundo. Se não formos capazes de produzirmos frutos aqui muito menos seremos capazes de produzirmos distantes de nossa igreja local.

Antes de voltar para os céus podemos notar que Jesus foi cuidadoso em proferir estas palavras da maneira como fez. Algumas pessoas inadvertidamente cometem um erro trágico afirmando que, ao partir, Jesus estava dizendo aos seus discípulos para começarem igrejas, conforme a definição do   conceito conhecemos nos dias atuais. É claro que não queremos nem de longe afirmar ou sermos contra a plantação ou implantação de igrejas. De tempos em tempos, é necessário e apropriado começar uma igreja.  Mas o que queremos afirmar é que os objetivos de que, os objetivos de Jesus para nós são muito mais genéricos que isso. Ele deseja que estabeleçamos o reino de Deus onde quer que estejamos. É desse modo que a promessa de Deus alcançaria toda a terra e todos os povos seriam abençoados (Gn 12:3).

Como discípulos somos parte do plano de Deus para o mundo. Mas é preciso lembrar sempre que a execução desse projeto é o efeito prático, e não a vida em si.  Não é um acréscimo ao plano ou algo que pode ser negligenciado ou omitido. A vida eterna da qual fluem vários efeitos profundos e gloriosos é um relacionamento interativo com Deus e com seu Filho e Jesus. A vida eterna é a Caminhada do reino, na qual, em unidade perfeitamente coesa. Aprendemos a andar desse modo pelo aprendizado com Jesus.

Talvez algumas pessoas se espantem com a ideia de que a “Igreja” — os discípulos reunidos — na verdade não precisa de mais pessoas, mais dinheiro, construções e programas melhores, mais ensino ou mais prestígio. Foi no período em que esses elementos se mostraram escassos ou inexistentes que o povo de Deus reunido, a Igreja, mais se aproximou de sua verdadeira essência. A única coisa de que a Igreja precisa para cumprir os propósitos de Cristo na terra é a qualidade de vida que ele torna real em seus discípulos. Com essa qualidade, a Igreja prosperará em tudo o que realizar ao longo do processo de tornar clara e disponível na terra a “vida que é vida de verdade”. Sempre haverá muitas batalhas a travar, mas a luta não será mais contra a presença constante e sombria da Grande Omissão e a ilusão de que ela é tudo o que Cristo tem a oferecer à humanidade.

Portanto, a maior questão que o mundo de hoje enfrenta, com todas as suas necessidades aflitivas, é definir se aqueles que são culturalmente identificados como “cristãos” se tornarão discípulos — alunos, aprendizes, praticantes — de Jesus Cristo, aprendendo constantemente com ele como viver a vida do reino dos céus em todas as áreas da existência humana. Esses discípulos transcenderão as igrejas a fim de se tornarem a Igreja de Cristo — a fim de serem, sem força nem violência humana, seu exército poderoso lutando pelo bem no mundo, conduzindo as igrejas aos propósitos eternos de Deus? Esse, em termos de proporção, é o maior problema que o ser humano tem de enfrentar, cristão ou não.

As expectativas de Jesus a nosso respeito não são complicadas nem confusas. Em alguns casos, exigirão mudanças naquilo que estamos fazendo. Mas a Grande Comissão — o plano de Jesus para a formação espiritual, o crescimento da Igreja e o serviço ao mundo — é bastante óbvia. Então, mãos à obra! Ele proverá todo o preparo e apoio necessários

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