A NECESSIDADE E OS CLAMORES ESPIRITUAIS DA CHINA
“Livra os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, Não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquela que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem, segundo as suas obras?”. (Prov. 24.11, 12).
É uma verdade solene e grave que cada ato nossa na presente vida – e também cada omissão nossa – tem um resultado direto e importante tanto em nosso próprio bem-estar futuro como no de outros. E, na qualidade de crentes, convém que tudo que venhamos a fazer, que o façamos em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Em Seu nome e com sincera oração pedindo a Sua bênção, é que estas páginas foram escritas; em Seu nome e com sincera oração pedindo a Sua bênção, que sejam lidas. O escritor sente profundamente que tem a obrigação de apresentar os fatos contidos nestas páginas aos corações e consciências do povo do Senhor, na qualidade de mordomo fiel. Ele crê também que estes fatos devem produzir algum fruto no coração de cada leitor cristão. O fruto legitimo vai indubitavelmente ser – não palavras vãs de simpatia oca, mas – oração fervorosa e eficaz, e um esforço extenuante e altruísta par a salvação dos chineses ignorantes. E, se em qualquer caso deixarem de produzir este fruto, o autor insiste na consideração das solenes palavras do cabeçalho deste artigo: - “Livra os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?”
Logo no começo do Seu ministério, o Senhor Jesus ensinou ao Seu povo que eles deviam ser a luz – não de Jerusalém, nem da Judéia, nem mesmo da nação judaica, mas – do mundo. E Ele os ensinou a orar – não como pagãos, que usam repetições vãs e sem significado; nem como pessoas do mundo, que primeiro e principalmente pedem (quando não é só isso que fazem) por suas próprias necessidades e benefícios particulares: “Porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. Portanto, vós orareis assim:”
“Pai nosso que estás nos céus,
Santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino,
Faça-se a tua vontade,
Assim na terra como no céu”.
E só depois destes pedidos, em um segundo plano, é que devem ser apresentadas as posições pessoais. Até mesmo o comedido: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” vem a seguir. Nos dias de hoje esta ordem não tem sido invertida com demasiada freqüência? Os cristãos não sentem realmente quase sempre, como também agem, como se tivessem sido incumbidos de começar com “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje”, virtualmente concluindo com, “se for consistente com isto, que o Teu nome seja santificado também”? E será que Mateus 8.33, “Buscai, pois, em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”, não tem sido praticado assim, até mesmo entre os discípulos professos de Cristo: Buscai primeiro todas estas coisas (alimento e roupa, saúde, riqueza e conforto) e, então, o reino de Deus e a Sua justiça? Em lugar de honrá-lO com as primícias de nosso tempo e energia, será que não nos contentamos em lhe oferecer os fragmentos que restam quando nossas próprias supostas necessidades já foram supridas? Enquanto nos recusamos a levar os dízimos à Sua casa do tesouro, e dessa forma provar o Senhor, será que podemos nos admirar que Ele não abra as janelas do céu e não derrame sobre nós a plenitude da bênção que desejamos?
Temos lum exemplo notável de como poderíamos buscar primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, na vida e na morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Ao ressuscitar dos mortos, antes de subir ao alto. Ele comissionou o Seu povo a proclamar em todo o lugar as boas novas da salvação – plena e livrement4e – pela fé em Sua obra consumada. Este dever Ele transmitiu a nós da maneira mais inequívoca e exata, dizendo: “Ide por todo o mundo lê pregai o evangelho a toda criatura”. Infelizmente a igreja falhou no cumprimento desta ordem. É triste observar que tão perto do fim do século XIX da era cristã, ainda existem porções imensas de nosso globo totalmente destituídas, ou muito inadequadamente providas dos meios da graça e do conhecimento da salvação.
Para capacitar nossos leitores e perceberem a vasta extensão dos distritos mais remotos do império chinês, sugerem uma comparação desses distritos com aqueles países que estão mais próximos de nós.
Todo o continente europeu tem uma área de 9.607.749 quilômetros quadrados; a área da Manchúria, a Mongólia, os territórios do noroeste e o Tibete juntos são de 10.233.380 quilômetros quadrados. Estas extensas regiões contêm muitos milhões de seres que são nossos semelhantes, mas, exceto os nossos quatro missionários em Yangkow, eles não têm qualquer missionário. Estão perecendo e ninguém os socorre. Nenhum missionário reside entre eles para revelar aquela sabedoria, o bem do qual se diz que “melhor é o lucro que dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino”. Por todo esse imenso território, maior do que todo o continente da Europa, com a exceção mencionada acima, não há um só embaixador de Cristo enviado por qualquer igreja protestante da Europa e da América para levar a palavra da reconciliação e para falar aos homens em nome de Cristo. “Rogamos que vos reconcilieis com Deus”. Quanto tempo este estado de coisas vai continuar?
Pense nos mais de oitenta milhões que estão fora do alcance do evangelho nas sete províncias onde os missionários estão há mais tempo. Pense nos mais de 100 milhões nas outras onze províncias da China propriamente dita, fora do alcance dos poucos missionários que estão lá. Pense nos mais de vinte milhões que habitam as vastas regiões da Manchúria, Mongólia, Tibete e dos territórios do noroeste, que excedem toda a extensão da Europa – um total de mais de 200 milhões fora do alcance de todas as agências existentes – e diga como poderá.
O nome de Deus ser santificado por eles,
O seu reino vir entre eles, e
A Sua vontade ser feita por eles?
O nome e os atributos de Deus são coisas de que eles nunca ouviram. O Seu reino não está sendo proclamado entre eles. A Sua vontade não lhes tem sido revelada!
Você crê que destes milhões cada um tem uma alma preciosa? E que “não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que eles sejam salvos”, além do nome de Jesus? Você crê que só Ele é “a Porta do aprisco”, “o Caminho, e a Verdade e a Vida”? “Que ninguém vem ao Pai senão por Ele”? Neste caso, pense no estado daqueles que não estão sendo salvos e examine solenemente o seu coração à vista de Deus, para ver se está fazendo o lseu máximo lpara torna-lo conhecido entre eles.
Apresentamos uma visão resumida e superficial da situação e necessidades da China. Para apresentar em detalhes cada província, teríamos de dedicar mais tempo e espaço do que dedicamos à consideração de todo o império. Vimos como Deus abençoou os esforços que foram despendidos, e tentamos apresentar as facilidades que atualmente existem para uma evangelização mais extensa deste país. Temos buscado obedecer à grande ordem do nosso Salvador ressuscitado: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, e destacamos que em Mateus 25, na parábola do Senhor, não foi um estranho, mas um servo; não um imoral, mas um inútil, que foi lançado nas trevas exteriores, onde há choro lê ranger de dentes. “Se me amais”, disse o nosso mestre, “guardareis os meus mandamentos!; e um deles foi: “De graça recebestes, de graça daí”. Mostramos que nas sete províncias da China propriamente dita, ficando para os missionários protestantes e seus assistentes nativos muito mais do que eles podem possivelmente realizar, continua uma multidão imensa também ainda fora do alcance do evangelho. Mostramos que existem, outrossim, outras onze províncias na China propriamente dita ainda mais carentes – onze províncias das quais a menorzinha excede a população da Birmânia, ou da Escócia e Irlanda juntas. E o que dizer das vastas regiões da Tartária e do Tibete – mais extensas do que todo o continente da Europa, todas sem nenhum missionário protestante a não ser os quatro em Yangkow? As reivindicações de um império como este deveriam não só ser certamente admitidas, mas também satisfeitas! Será que os interesses eternos de um quinto da raça humana não despertam as mais profundas simpatias de nossa natureza, os mais extenuantes esforços de nossas capacidades que foram compradas com sangue? Será que os gemidos da miséria desamparada e sem esperança ouvidos lentos em ouvir e não despertam nosso espírito, alma e corpo, para um grande, continuo e insuperável esforço no sentido de salvar a China? Que na força e no poderes de Deus, possamos arrebatar a presa das mãos dos poderosos, que possamos arranca-la do fogo eterno lê salvar aqueles cativos da escravidão do pecado e de Satanás, para exaltar o triunfo do Rei soberano e para reluzir para sempre como estrelas na Sua coroa!
Não podemos deixar de crer que a contemplação destes fatos solenes já despertou muitas orações sinceras. “Senhor, o que queres que eu faça, para que o Teu nome seja santificado, o Teu reino venha e a Tua vontade possa ser cumprida na China?” É o meditar nestes fatos e com oração e a percepção cada vez maior dos terríveis problemas da China, destituída de tudo o que pode tornar o homem verdadeiramente feliz, que constrange o autor a colocar as suas reivindicações como um pesado fardo sobre os corações daqueles que já experimentaram o poder do sangue de Cristo, e buscar, primeiro com o Senhor e, então, com o Seu povo, os homens e os meios para levar o evangelho a todas as partes desta terra não civilizada. Temos de nos haver com Ele que é o Senhor de toda força e poder, cujo braço não foi encurtado, cujo ouvido não está surdo; com Aquele cujas palavras imutáveis levam-nos a pedir e a receber, para que o nosso gozo seja completo; e abrir bem as nossas bocas, para que Ele possa enchê-las. E faríamos bem em nos lembrar de que este Deus gracioso, que condescendeu em colocar o Seu poder excelso as ordens da oração da fé, não olha com leviandade para a culpa de sangue daqueles que negligenciam o bem-estar dos que perecem; pois Ele disse: “Livra os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquela que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?”
Tais considerações levaram o autor a sentir, em 1865, de tal modo a imensa necessidade de mais obreiros para a China, que, conforme ficou declarado na primeira edição deste apelo, ele não hesitou em pedir ao grande Senhor da seara que chamasse, que enviasse, vinte e quatro europeus e vinte e quatro evangelistas nativos, a fim de implantarem o símbolo da cruz em todos os distritos não evangelizados da China propriamente dita e da Tartária chinesa.
As mesmas considerações nos levam hoje a clamar a Deus por muito mais. Aqueles que nunca foram chamados para provar a fidelidade do Deus que cumpre as alianças, no suprimento, na resposta às orações, nas necessidades financeiras dos Seus servos, talvez achem que é uma experiência perigosa enviar evangelistas a uma terra pagã distante, tendo “apenas Deus para cuidar deles”. Mas para aqueles cujo privilégio tem sido já há muitos anos experimentar a fidelidade de Deus, em diversas circunstancias – em casa e no estrangeiro, por terra e por mar, na enfermidade e na saúde, nas necessidades, nos perigos e diante da morte – tais apreensões seriam totalmente indesculpáveis. O autor tem visto Deus, em resposta às orações, acalmando tempestades, alterando a direção do vento e dando chuva no meio de prolongada seca. Ele O tem visto em resposta às orações, acalmando os impulsos irados e as intenções assassinas de homens violentos, e reduzindo a nada as maquinações dos inimigos do Seu povo. Ele O tem visto em resposta às orações, restaurando a saúde dos moribundos quando todo o auxílio humano era vão, ele o viu preservar da epidemia que se propaga nas trevas e da destruição que ataca ao meio-dia. Por mais de vinte e sete anos ele tem experimentado a fidelidade de Deus em suprir os meios financeiros para as suas próprias necessidades temporais, e para as necessidades da obra na qual se tem ocupado. Ele tem visto Deus, em resposta à oração, levantando muitos obreiros, não apenas uns poucos, para este imenso campo missionário; suprindo os meios necessários para suas roupas, passagens e sustento; e derramando bênçãos sobre os esforços de muitos deles, tanto entre os cristãos nativos como entre os chineses pagãos nas quatorze das dezoito províncias mencionadas.
(Extraído de China’s Spiritual Needs and Claims (“As Necessidades e os Clamores Espirituais da China”), por J. Hudson Taylor, 1895).
É uma verdade solene e grave que cada ato nossa na presente vida – e também cada omissão nossa – tem um resultado direto e importante tanto em nosso próprio bem-estar futuro como no de outros. E, na qualidade de crentes, convém que tudo que venhamos a fazer, que o façamos em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Em Seu nome e com sincera oração pedindo a Sua bênção, é que estas páginas foram escritas; em Seu nome e com sincera oração pedindo a Sua bênção, que sejam lidas. O escritor sente profundamente que tem a obrigação de apresentar os fatos contidos nestas páginas aos corações e consciências do povo do Senhor, na qualidade de mordomo fiel. Ele crê também que estes fatos devem produzir algum fruto no coração de cada leitor cristão. O fruto legitimo vai indubitavelmente ser – não palavras vãs de simpatia oca, mas – oração fervorosa e eficaz, e um esforço extenuante e altruísta par a salvação dos chineses ignorantes. E, se em qualquer caso deixarem de produzir este fruto, o autor insiste na consideração das solenes palavras do cabeçalho deste artigo: - “Livra os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?”
Logo no começo do Seu ministério, o Senhor Jesus ensinou ao Seu povo que eles deviam ser a luz – não de Jerusalém, nem da Judéia, nem mesmo da nação judaica, mas – do mundo. E Ele os ensinou a orar – não como pagãos, que usam repetições vãs e sem significado; nem como pessoas do mundo, que primeiro e principalmente pedem (quando não é só isso que fazem) por suas próprias necessidades e benefícios particulares: “Porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. Portanto, vós orareis assim:”
“Pai nosso que estás nos céus,
Santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino,
Faça-se a tua vontade,
Assim na terra como no céu”.
E só depois destes pedidos, em um segundo plano, é que devem ser apresentadas as posições pessoais. Até mesmo o comedido: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” vem a seguir. Nos dias de hoje esta ordem não tem sido invertida com demasiada freqüência? Os cristãos não sentem realmente quase sempre, como também agem, como se tivessem sido incumbidos de começar com “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje”, virtualmente concluindo com, “se for consistente com isto, que o Teu nome seja santificado também”? E será que Mateus 8.33, “Buscai, pois, em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”, não tem sido praticado assim, até mesmo entre os discípulos professos de Cristo: Buscai primeiro todas estas coisas (alimento e roupa, saúde, riqueza e conforto) e, então, o reino de Deus e a Sua justiça? Em lugar de honrá-lO com as primícias de nosso tempo e energia, será que não nos contentamos em lhe oferecer os fragmentos que restam quando nossas próprias supostas necessidades já foram supridas? Enquanto nos recusamos a levar os dízimos à Sua casa do tesouro, e dessa forma provar o Senhor, será que podemos nos admirar que Ele não abra as janelas do céu e não derrame sobre nós a plenitude da bênção que desejamos?
Temos lum exemplo notável de como poderíamos buscar primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, na vida e na morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Ao ressuscitar dos mortos, antes de subir ao alto. Ele comissionou o Seu povo a proclamar em todo o lugar as boas novas da salvação – plena e livrement4e – pela fé em Sua obra consumada. Este dever Ele transmitiu a nós da maneira mais inequívoca e exata, dizendo: “Ide por todo o mundo lê pregai o evangelho a toda criatura”. Infelizmente a igreja falhou no cumprimento desta ordem. É triste observar que tão perto do fim do século XIX da era cristã, ainda existem porções imensas de nosso globo totalmente destituídas, ou muito inadequadamente providas dos meios da graça e do conhecimento da salvação.
Para capacitar nossos leitores e perceberem a vasta extensão dos distritos mais remotos do império chinês, sugerem uma comparação desses distritos com aqueles países que estão mais próximos de nós.
Todo o continente europeu tem uma área de 9.607.749 quilômetros quadrados; a área da Manchúria, a Mongólia, os territórios do noroeste e o Tibete juntos são de 10.233.380 quilômetros quadrados. Estas extensas regiões contêm muitos milhões de seres que são nossos semelhantes, mas, exceto os nossos quatro missionários em Yangkow, eles não têm qualquer missionário. Estão perecendo e ninguém os socorre. Nenhum missionário reside entre eles para revelar aquela sabedoria, o bem do qual se diz que “melhor é o lucro que dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino”. Por todo esse imenso território, maior do que todo o continente da Europa, com a exceção mencionada acima, não há um só embaixador de Cristo enviado por qualquer igreja protestante da Europa e da América para levar a palavra da reconciliação e para falar aos homens em nome de Cristo. “Rogamos que vos reconcilieis com Deus”. Quanto tempo este estado de coisas vai continuar?
Pense nos mais de oitenta milhões que estão fora do alcance do evangelho nas sete províncias onde os missionários estão há mais tempo. Pense nos mais de 100 milhões nas outras onze províncias da China propriamente dita, fora do alcance dos poucos missionários que estão lá. Pense nos mais de vinte milhões que habitam as vastas regiões da Manchúria, Mongólia, Tibete e dos territórios do noroeste, que excedem toda a extensão da Europa – um total de mais de 200 milhões fora do alcance de todas as agências existentes – e diga como poderá.
O nome de Deus ser santificado por eles,
O seu reino vir entre eles, e
A Sua vontade ser feita por eles?
O nome e os atributos de Deus são coisas de que eles nunca ouviram. O Seu reino não está sendo proclamado entre eles. A Sua vontade não lhes tem sido revelada!
Você crê que destes milhões cada um tem uma alma preciosa? E que “não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que eles sejam salvos”, além do nome de Jesus? Você crê que só Ele é “a Porta do aprisco”, “o Caminho, e a Verdade e a Vida”? “Que ninguém vem ao Pai senão por Ele”? Neste caso, pense no estado daqueles que não estão sendo salvos e examine solenemente o seu coração à vista de Deus, para ver se está fazendo o lseu máximo lpara torna-lo conhecido entre eles.
Apresentamos uma visão resumida e superficial da situação e necessidades da China. Para apresentar em detalhes cada província, teríamos de dedicar mais tempo e espaço do que dedicamos à consideração de todo o império. Vimos como Deus abençoou os esforços que foram despendidos, e tentamos apresentar as facilidades que atualmente existem para uma evangelização mais extensa deste país. Temos buscado obedecer à grande ordem do nosso Salvador ressuscitado: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, e destacamos que em Mateus 25, na parábola do Senhor, não foi um estranho, mas um servo; não um imoral, mas um inútil, que foi lançado nas trevas exteriores, onde há choro lê ranger de dentes. “Se me amais”, disse o nosso mestre, “guardareis os meus mandamentos!; e um deles foi: “De graça recebestes, de graça daí”. Mostramos que nas sete províncias da China propriamente dita, ficando para os missionários protestantes e seus assistentes nativos muito mais do que eles podem possivelmente realizar, continua uma multidão imensa também ainda fora do alcance do evangelho. Mostramos que existem, outrossim, outras onze províncias na China propriamente dita ainda mais carentes – onze províncias das quais a menorzinha excede a população da Birmânia, ou da Escócia e Irlanda juntas. E o que dizer das vastas regiões da Tartária e do Tibete – mais extensas do que todo o continente da Europa, todas sem nenhum missionário protestante a não ser os quatro em Yangkow? As reivindicações de um império como este deveriam não só ser certamente admitidas, mas também satisfeitas! Será que os interesses eternos de um quinto da raça humana não despertam as mais profundas simpatias de nossa natureza, os mais extenuantes esforços de nossas capacidades que foram compradas com sangue? Será que os gemidos da miséria desamparada e sem esperança ouvidos lentos em ouvir e não despertam nosso espírito, alma e corpo, para um grande, continuo e insuperável esforço no sentido de salvar a China? Que na força e no poderes de Deus, possamos arrebatar a presa das mãos dos poderosos, que possamos arranca-la do fogo eterno lê salvar aqueles cativos da escravidão do pecado e de Satanás, para exaltar o triunfo do Rei soberano e para reluzir para sempre como estrelas na Sua coroa!
Não podemos deixar de crer que a contemplação destes fatos solenes já despertou muitas orações sinceras. “Senhor, o que queres que eu faça, para que o Teu nome seja santificado, o Teu reino venha e a Tua vontade possa ser cumprida na China?” É o meditar nestes fatos e com oração e a percepção cada vez maior dos terríveis problemas da China, destituída de tudo o que pode tornar o homem verdadeiramente feliz, que constrange o autor a colocar as suas reivindicações como um pesado fardo sobre os corações daqueles que já experimentaram o poder do sangue de Cristo, e buscar, primeiro com o Senhor e, então, com o Seu povo, os homens e os meios para levar o evangelho a todas as partes desta terra não civilizada. Temos de nos haver com Ele que é o Senhor de toda força e poder, cujo braço não foi encurtado, cujo ouvido não está surdo; com Aquele cujas palavras imutáveis levam-nos a pedir e a receber, para que o nosso gozo seja completo; e abrir bem as nossas bocas, para que Ele possa enchê-las. E faríamos bem em nos lembrar de que este Deus gracioso, que condescendeu em colocar o Seu poder excelso as ordens da oração da fé, não olha com leviandade para a culpa de sangue daqueles que negligenciam o bem-estar dos que perecem; pois Ele disse: “Livra os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquela que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?”
Tais considerações levaram o autor a sentir, em 1865, de tal modo a imensa necessidade de mais obreiros para a China, que, conforme ficou declarado na primeira edição deste apelo, ele não hesitou em pedir ao grande Senhor da seara que chamasse, que enviasse, vinte e quatro europeus e vinte e quatro evangelistas nativos, a fim de implantarem o símbolo da cruz em todos os distritos não evangelizados da China propriamente dita e da Tartária chinesa.
As mesmas considerações nos levam hoje a clamar a Deus por muito mais. Aqueles que nunca foram chamados para provar a fidelidade do Deus que cumpre as alianças, no suprimento, na resposta às orações, nas necessidades financeiras dos Seus servos, talvez achem que é uma experiência perigosa enviar evangelistas a uma terra pagã distante, tendo “apenas Deus para cuidar deles”. Mas para aqueles cujo privilégio tem sido já há muitos anos experimentar a fidelidade de Deus, em diversas circunstancias – em casa e no estrangeiro, por terra e por mar, na enfermidade e na saúde, nas necessidades, nos perigos e diante da morte – tais apreensões seriam totalmente indesculpáveis. O autor tem visto Deus, em resposta às orações, acalmando tempestades, alterando a direção do vento e dando chuva no meio de prolongada seca. Ele O tem visto em resposta às orações, acalmando os impulsos irados e as intenções assassinas de homens violentos, e reduzindo a nada as maquinações dos inimigos do Seu povo. Ele O tem visto em resposta às orações, restaurando a saúde dos moribundos quando todo o auxílio humano era vão, ele o viu preservar da epidemia que se propaga nas trevas e da destruição que ataca ao meio-dia. Por mais de vinte e sete anos ele tem experimentado a fidelidade de Deus em suprir os meios financeiros para as suas próprias necessidades temporais, e para as necessidades da obra na qual se tem ocupado. Ele tem visto Deus, em resposta à oração, levantando muitos obreiros, não apenas uns poucos, para este imenso campo missionário; suprindo os meios necessários para suas roupas, passagens e sustento; e derramando bênçãos sobre os esforços de muitos deles, tanto entre os cristãos nativos como entre os chineses pagãos nas quatorze das dezoito províncias mencionadas.
(Extraído de China’s Spiritual Needs and Claims (“As Necessidades e os Clamores Espirituais da China”), por J. Hudson Taylor, 1895).
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