APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
ORIENTAÇÕES GERAIS E SUGESTÃO DE PRÁTICA DE
APRENDIZADO
Escrevo este texto tendo em mente aqueles que tem pela frente a tarefa de aprender
com fluência uma língua local e faria bom uso de algumas orientações gerais bem
como de uma proposta de prática de aprendizado.
Aprender uma língua é um processo complexo que envolve contato e
trânsito cultural, centenas de horas de trabalho duro, estudo intencional e um
claro alvo em mente. Ou seja, ninguém chega lá se não estiver motivado.
Tire tempo para ver o valor e relevância da língua a ser
aprendida em sua vida e ministério antes de dar o primeiro passo. Certifique-se
que está disposto a investir parte dos seus próximos anos nesta jornada.
A relevância do aprendizado e uso da língua falada pelo povo
alvo é acentuada, seja para uma boa interação com o mesmo ou para o
desenvolvimento de um projeto ou ministério. Nenhuma pessoa poderá de fato comunicar
uma mensagem relevante, profunda e complexa como o Evangelho senão na língua
daquele que ouve. Qualquer outra tentativa, mesmo que pontualmente viável, virá
com um certo grau de frustração.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES.
1.
O método é importante, mas não
determinante
Alguns que aprendem bem uma segunda ou terceira língua, bem como
aqueles que se frustram na tentativa, costumam atribuir o resultado ao método.
Observo, porém, que o método (a técnica mais amiúde) é menos importante do que
julgamos. Isto porquê todos nós nascemos com a capacidade de aprendizado de
língua, o qual foi aplicado para nos dar fluência em nossa língua materna.
Assim vemos pessoas que jamais estudaram ou aplicaram um método específico
aprendendo bem uma segunda ou terceira língua, apenas com orientações gerais.
Não me refiro aqui à análise de uma língua (ato mais técnico)
mas sim ao aprendizado de uma língua (ato mais intuitivo). O método é bem
importante, porém não determinante neste processo.
Lembre-se que o aprendizado de uma nova língua não é uma
atividade puramente lingüística, mas também cultural [1]. Assim, devemos ter em
mente que o maior valor no processo de aprendizado está com o povo (que detém o
conhecimento da língua) e não na metodologia de estudo da mesma.
2. Invista no método escolhido
O método tem a capacidade de lhe direcionar e não permitir que
você perca o foco. O método escolhido (seja um método aprendido ou desenvolvido
por você) deve ser claro, simples, objetivo e aplicável. Pense nestas quatro
características.
Você deve ser capaz de explicá-lo de maneira objetiva e clara. Se tiver
duvidas, simplifique o processo. Se você parte da coleta de termos, composição
de idéias e prática, por exemplo, invista nisto durante um bom tempo. Se você
utiliza a análise interativa como método não deixe para trás na primeira
dificuldade. Cada pessoa tem um perfil. Adapte o método a você e não o
contrário.
3. É mais fácil não aprender a língua
Após alguns meses de ânimo no estudo da nova língua é possível
que você seja tentado a perder o foco. Se isto acontecer tudo ao seu redor lhe
parecerá mais urgente do que o aprendizado da língua. Pelo fato do aprendizado
ser algo contínuo de médio e longo prazo, será mais fácil desistir. É certo que
há alguns apaixonados pelo aprendizado de línguas, mas a realidade é que para a
maioria será necessária uma boa dose de disciplina. Após chegar ao nível 1, o
mais fácil será jamais sair deste nível. Você já conhece as saudações, os
termos chaves, já interage um pouco e não está mais perdido no meio de uma
conversa.
Mais de 80% dos que se propõe a aprender uma língua não chegam
ao nível 3 (de 0 a 5) que é de fluência. Tenha um claro alvo em mente. Talvez
seu alvo seja aprender uma língua no nível 1 apenas. Mas caso seja no nível 3,
ou outro acima, mantenha este alvo claro, de forma constante, em sua mente e
coração. De toda forma, seja qual for seu alvo, não desista!
Alguns métodos
O aprendizado de língua é um processo que se dá a partir do
desejo de se comunicar com o outro que coexiste em um ambiente lingüístico e
cultural distinto. Para tal é necessário haver iniciativa, motivação, técnica e
perseverança.
Há diversos métodos de aprendizado de línguas como de
Larson[2], Stone, Allison, Marshall[3], Thompson e outros.
Durante anos, na África, a WEC utilizou L.A.M.P[4] com o silogismo baseado em
GLUE.
Get what you need (obtenha o que precisa)
Learn what you get (aprenda o que você obteve)
Use what you learn (use o que você aprendeu)
Evaluate what you use (avalie o que você usou)
Boa parte dos missionários da WEC e SIM aprenderam as línguas africanas
utilizando este silogismo e há vasto material explicativo sobre o assunto passo
a passo[5].
GET. (Obtenha)
A idéia é de você observar o que você precisa, ao
seu redor, para sobreviver e interagir. As pessoas de sua localidade, por
exemplo utilizam o rio para pesca, banho e transporte. A vida gira em torno da
aldeia.
A floresta é fonte de subsistência. Portanto aí estão alguns dos
elementos que procura. Você precisa saber articular rio, igarapé, água, peixe,
isca, anzol, canoa, remo, casa, aldeia, mata, caça, comida, fruta…
Escreva em seu caderno, ao andar pela aldeia ou cidade, o que
você (através da observação) percebe que precisa aprender. Use a comunidade
(mais que o informante lingüístico) para obter o que você precisa. Neste caso a
obtenção será um ato mais informal, diário, relacional.
Estude e aprenda o que você obteve seja com o informante lingüístico ou com a
comunidade. Separe os verbos, os substantivos, liste um vocabulário crescente,
entenda o sistema lingüístico daquilo que você obteve.
Ouça tudo o que gravou várias e várias vezes, em diferentes
horários. Neste caso 20 minutos, três vezes ao dia, lhe renderá bem mais do que
uma hora corrida. Seu cérebro absorverá mais, e com menos cansaço, as
informações.
USE.
Para tal é necessário sair e estar com o povo. Use de forma
intencional e também não intencional, informal. Use com crianças, conhecidos e
também desconhecidos. Teste o quanto eles compreendem suas expressões. Peça
para que lhe corrijam. Transite em meio à comunidade e, estando lá, evite
utilizar sua própria língua. Procure selecionar e estar nos ambientes que
precisa para aprender. Se naquele dia os termos são mandioca, farinha, beiju,
forno, comida, transite pela casa de farinha ou cozinha das famílias mais
próximas e use seu vocabulário. Neste momento o importante não é o quanto você
analisa (sabe explicar) mas sim o quanto você comunica.
Avalie o caminho de seus estudos. Tanto a sua eficácia quanto
sua facilidade. Use métodos simples e claros para você. Se necessário
simplifique o processo. Avalie os termos aprendidos, a compreensão gramatical e
também a prática. Estas áreas precisam estar em equilíbrio.
Os níveis
Seguiremos, para nos guiar, os níveis divididos de 0 a 5. Fiz
uma adaptação de algumas escalas para nos dar uma orientação clara da distinção
entre eles e facilitar a avaliação ou autoavaliação.
Estes são os níveis que oficialmente seguiremos para a avaliação
daqueles que estarão aprendendo novas línguas locais.
Pontuei cada nível de tal forma que já há neles uma orientação sobre áreas que
podem ser desenvolvidas, a cada etapa.
Nível 1
– Possui no mínimo 300 palavras básicas em seu vocabulário
inicial.
– Articula bem, foneticamente, este vocabulário inicial, de
forma que é compreendido pelo nativo.
– Identifica este vocabulário inicial quando utilizado em meio a
uma conversação a qual ele ouve.
– Identifica, assim, o ‘assunto’ das conversas ao seu redor na maioria das
vezes.
– Interage, mesmo que de forma pontual, com frases curtas, em
algumas conversas ao seu redor, dentro do vocabulário proposto.
– Consegue utilizar o vocabulário inicial na composição de frases curtas, de
saudação e de perguntas e respostas objetivas.
– Consegue associar algumas frases curtas, formando frases maiores.
– Consegue ser compreendido e subsistir (de forma simples) em
uma comunidade apenas com a língua estudada.
– Consegue manifestar seus desejos básicos como fome, sede, sono, descanso e
outros.
– Conhece os numerais básicos.
– Conhece as cores básicas.
– Consegue articular bem sobre forma e localização de objetos e
pessoas.
– Consegue falar sobre o clima e a família.
– Consegue distinguir e identificar os principais membros da
família.
Nível 2
– Possui no mínimo 600 palavras básicas em seu vocabulário.
– Articula bem, foneticamente, este vocabulário de forma que é compreendido
pelo nativo.
– Identifica este vocabulário quando utilizado em meio a uma conversação.
– Identifica o ‘assunto’ e detalhes (desenvolvimento) das
conversas ao seu redor.
– Interage com frases completas nas conversas ao seu redor.
– Desenvolve frases não memorizadas, associando palavras e frases curtas, de
forma inovadora (não planejada) em uma conversa.
– Não necessita de sua língua materna para conseguir descobrir novos termos e
significados na língua estudada, a não ser em casos complexos.
– Consegue manifestar seus desejos mais complexos como
aprendizado, amizade, relacionamento, privacidade e outros.
– Consegue conversar (conversação com uma outra pessoa) sobre assuntos
específicos, pré-escolhidos, de forma tranqüila e com boa compreensão mútua.
– Consegue articular bem sobre elementos concretos dentro e fora
da comunidade.
– Consegue distinguir todos os membros da família, suas funções
e relações.
Nível 3
– Possui no mínimo 1.000 entradas básicas em seu vocabulário.
– Desenvolve uma conversação fluente em qualquer área da vida diária, com uma
pessoa ou entre um grupo.
– Interage sempre com frases completas e explicadas. Faz perguntas e provê
respostas em plena interação com o grupo que conversa.
– Explica, gramaticalmente, o fundamento da língua como tempos
verbais, preposições e uso dos adjetivos.
– Produz frases sem cansaço ou dificuldades, montando pensamentos de forma
livre, não pre-memorizada.
– Interage plenamente na língua estudada não necessitando de sua língua materna
para pesquisa ou compreensão. Significados culturais ou lingüísticos são
explicados na própria língua alvo.
– Consegue manifestar seus desejos mais complexos.
Consegue também explicá-los e aplicar esta explicação em um
contexto próprio, para quem lhe ouve.
– Consegue discursar em um certo assunto durante 30 minutos, sem
dificuldades.
– Participa integralmente de uma reunião para discussão de
idéias.
– Consegue conversar (conversação com uma pessoa ou um grupo) sobre assuntos
não específicos, não pré-escolhidos, de forma tranqüila e com boa compreensão
mútua.
– Consegue articular bem sobre elementos concretos bem como sobre elementos
subjetivos dentro e fora da comunidade.
– Consegue desenvolver um discurso familiar aceitável para um membro da família.
Nível 4
– Pensa na língua alvo.
– Possui mais de 2.000 entradas básicas em seu vocabulário.
– Desenvolve uma conversação fluente em qualquer área da vida diária bem como
em assuntos específicos da história do povo.
– Consegue explicar mitos e lendas do povo, de tempos recuados,
levantando perguntas e expondo pensamentos.
– Faz piadas na língua de forma natural.
– Explica seus pensamentos e idéias sem dificuldades.
Pondera sobre eles com o grupo.
– Consegue manifestar, explicar e conversar sobre assuntos
complexos como medo, esperança, compreensão, tolerância, violência.
– Consegue discursar em um certo assunto durante um tempo
ilimitado, sem dificuldades.
– Participa integralmente de uma reunião para discussão de
idéias. Questiona e explica idéias.
– Articula facilmente sobre elementos concretos e
subjetivos da sociedade, sua religiosidade, seus tabus e seus valores.
– Desenvolve um discurso familiar pleno, como um membro da
família.
Nível 5
– Pensa e fala tanto em sua língua materna como na língua alvo,
de forma fácil e natural, sem reservas.
– Possui um vocabulário compreensivo, não descobrindo mais do que 10 novas
palavras ao ano em meio a conversações.
– Desenvolve uma conversação fluente em qualquer área da vida, em assuntos da
história do povo e em assuntos relacionados aos valores culturais do povo.
– Consegue explicar os mitos, lendas, valores e nuances culturais do povo.
– Interage e se comunica bem em qualquer nível de discurso.
– Faz piadas na língua de forma natural e também as ouve e compreende de forma
natural.
– Explica seus pensamentos e idéias sem dificuldades. Compreende
pensamentos e idéias do outro, ou do grupo, sem dificuldades.
-Consegue discursar por tempo ilimitado, sem cansaço, sem perda
de fluência ao final do dia.
– Articula plenamente sobre elementos concretos e subjetivos da
sociedade, religiosidade, valor pessoal, tabus e outros.
– Desenvolver um discurso familiar pleno. É um membro da família
e ensina a outros os valores da sua família.
SUGESTÃO BÁSICA PARA INICIANTES
Qualquer um, com ou sem um curso de aprendizado de línguas, pode
seguir um método básico e iniciar o aprendizado de uma língua alvo. Os
princípios gerais são muito parecidos de método para método. Proveremos abaixo
uma orientação básica para aqueles que desejam iniciar.
Entendemos que é necessário primeiramente organizar a sua agenda, seu horário
diário. Proporemos aqui 15 horas semanais (60 mensais), que é uma abordagem
para aqueles que possuem uma outra atividade principal a ser também
desenvolvida paralelamente ao estuda da língua, seja no lar ou fora dele.
Sugerimos o dobro (30 horas semanais) para quem possui condições de focar ou
priorizar o aprendizado da nova língua, sem grandes atividades paralelas.
FORMATO.
Tomaremos como sugestão geral 15 horas semanais pois esta talvez seja a
realidade da maioria que se organiza entre outras tarefas para aprender uma
nova língua.
Assim o formato seriam 3 horas diárias, de segunda a sexta perfazendo as 15
horas semanais. Diariamente seriam distribuídas da seguinte forma: uma hora com
o informante, uma hora de estudo individual com os dados colhidos, uma hora de
prática. Ao longo de 1 ano (com 10 meses de estudo) você terá estudado (e
praticado) 600 horas.
Escolha o melhor horário para sua hora com o informante, especialmente pensando
no informante em si. Inicialmente o casal pode compartilhar este momento, porém
é possível que o desenvolvimento de um seja mais rápido que do outro e assim o
tempo seja, em um segundo momento, melhor aproveitado separadamente. Será
houver dificuldade de manter o informante atento ou freqüente combinem este
momento (casais ou amigos) para aproveitarem melhor cada oportunidade.
Escolha o melhor horário para seu estudo individual.
Preferencialmente um momento tranqüilo em um ambiente no qual você possa ouvir
o que gravou, ler em voz alta o que escreveu e praticar sem problemas.
Escolha o melhor horário para o povo, para praticar. Dê
preferência ao momento em que estão mais tranqüilos mas também os acompanhe em
suas atividades diárias. Se você puder ajudá-los em algumas de suas tarefas
diárias poderá também utilizar este momento para sua prática do dia.
COM O INFORMANTE
Preparem-se com gravador (alguns preferem o digital com entrada
de USB, para o notebook), caderno de anotações e um ambiente tranqüilo, se
possível.
Preparem as lições com antecedência. Se puder, prepare-as com o
informante ou pelo menos mencione os assuntos para que ele tenha tempo de
pensar em como melhor explicá-los.
Seja flexível. Se o informante não aparecer, ou estiver muito indisposto
naquele dia, utilize o material que você dispõe para o estudo e prática. Se a
pontualidade e disposição do informante forem problemas em seu contexto pense
em contratar 2 ou mais informantes.
Deixe que o informante sugira o dia e hora de estudo. É
importante que ele se sinta a vontade e motivado. Planeje (e deixe claro em
acordo verbal, ao menos) o pagamento que ele receberá. Anote em um caderninho
as horas estudadas com ele e o pagamento a receber ou recebido, sempre anotando
perante ele para que tenha oportunidade de tirar alguma dúvida ou fazer
sugestões sobre o pagamento.
Confira os dados do informante com o povo local a fim de avaliar o quão são
acurados.
Grave toda a lição. Depois você poderá retirar o que lhe for
mais útil e separar em um arquivo específico.
Escreva os dados obtidos. Seja em um notebook ou um caderno de
estudos, trabalhe fazendo um rascunho que depois poderá ser melhorado. Não
gaste tempo demais, com o informante, organizando seu material.
Tenha momentos de revisão de todo o material pelo menos a cada
15 dias, com o informante. Seria uma revisão geral a cada duas semanas com o
objetivo de recapitular com o informante os dados colhidos e como estão sendo
utilizados.
Ao preparar uma sessão (não mais do que 1 hora e meia por dia, a não ser em
cada de um informante muito qualificado ou disponível) pense em um tema colhido
da vida diária, especialmente se você estiver no nível 1 ou 2. Por exemplo, o
beiju. A sessão, assim, deve circular entre os elementos (roça, mandioca,
colheita, ralo, farinha, tipiti, massa, forno, beiju etc), e as atividades (roçar,
plantar, colher, escolher, descascar, ralar, torrar, fazer, comer etc). Desta
forma você poderá focar bem no que deseja aprender naquela sessão.
Numa sessão você pode ter perguntas objetivas (leve um vocabulário a aprender),
uma atividade a ser feita com ele para colher informações não planejadas
(desenhos, figuras, representações etc) e prática pontual (normalmente
fonética) além de construção gramatical (discussão para compreensão da
estrutura da língua). Sessões bem preparadas são um grande impulso para o
aprendizado.
No estudo individual
Organize seu material de forma contínua (tenha um método) e
clara, para que possa ser rapidamente encontrado. Planeje primeiro a forma que
você irá se organizar e siga seu método.
Você pode separar arquivos utilitários. Por exemplo, um para
termos (vocabulário), outro para frases, outro para verbos e assim por diante.
Poderia ser algo como:
a)
Entradas gerais – termos
coletados
b)
Frases simples e complexas
c) Verbos e aplicações em frases simples
e complexas
d) Gramática geral
e) Sessões com o informante
Se não tiver um computador você pode separar cadernos para cada
área. De toda forma siga uma organização compreensível e simples para você.
Inicie o estudo individual organizando rapidamente seu material
e repassando a lição do dia aprendida na sessão. Ouça os termos principais
gravados, repasse e memorize o significado, junte o que foi aprendido das
sessões anteriores.
Retire um momento (normalmente não menos do que 20 minutos por dia) para estudo
e compreensão gramatical.
É importante saber que, em relação a uma língua, a quantidade de material
colhido não é determinante para a fluência mas sim o domínio que você tem do
material estudado. Assim não se preocupe em cobrir muitas áreas, termos,
expressões. Preocupe-se em dominar aquelas que você estuda.
Separe os termos ou frases nos quais você tem dificuldade
fonética. Divida-os em partes menores e faça exercícios de prática fonética.
Separe os termos ou frases nos quais você tem dificuldade de
compreensão gramatical. Estude-os posteriormente e separadamente.
Na prática diária
Gaste a primeira meia hora praticando aquilo que você estudou e
aprendeu.
Gaste a outra meia hora inovando, testando novas formas, ouvindo
e percebendo as nuances da língua.
Apesar de você separar apenas 1 hora diária para tal prática deverá aproveitar
as oportunidades para se expor ao contexto em que a língua é falada de maneira
informal. Exposição contínua a uma língua é um ato dos mais benéficos para o
seu aprendizado.
Tenha amigos preferenciais. São aqueles que gostam de lhe ouvir,
lhe corrigir ou simplesmente interagir com você. Transite entre eles durante
sua prática diária.
Tenha cuidado de não se aproximar demasiadamente, nesta altura,
de pessoas que não utilizam o dialeto que você estuda, em caso de distinção
dialetal.
Volte de sua prática tendo em mente (e escrevendo) aquilo no
qual você progrediu, se comunicou bem, e aquilo que precisa de investimento,
seja na fonética ou na gramática.
Avaliação
Você deve ter um método de avaliação ou pedir que alguém o avalie. É importante
saber onde está, quais são os pontos fortes e fracos, antes de ir em frente
durante um tempo prolongado.
Retire um tempo, a cada três ou quatro meses, para avaliar também sua motivação
e disciplina no estudo da língua. Não caminhe sozinho. Partilhe suas limitações
e dificuldades com alguém a fim de que possa melhor superá-las.
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[1] Leia o texto de Hesselgrave – Comunicação verbal e não verbal
http://www.antropos.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=82&Itemid=26
[2] Larson 1984: Guidelines for barefoot language learning (in Bibliography
(Language Learning)
[3] Marshall 1989: The whole world guide to language
earning (in Bibliography (Language Learning)
[4] Brewster and Brewster 1976: Language acquisition made practical (LAMP):
Field methods for language learners
[5] http://www.mk2mk.org/Language%20Learning%20Site/cf~stint.html
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