QUAL A MOTIVAÇÃO PARA A OFERTA MISSIONÁRIA?
Dinheiro sempre é um tema delicado. A
relação entre missões e finanças é complexa e muitos crentes e igrejas
acreditam que pelo simples fato de participarem financeiramente em algum
projeto missionário, eles estão automatica e completamente fazendo missões.
Ou seja, tudo que uma igreja ou
pessoa pode fazer para a obra missionária é dar dinheiro ao missionário. Como
se essa fosse a única necessidade do campo, como se a culpa pela não propagação
completa do Reino no mundo fosse falta de dinheiro. Isso também leva as igrejas
a rejeitarem envolvimento com projetos missionários, por considerarem que não
têm dinheiro suficiente.
Os recursos financeiros são essenciais para a manutenção da obra missionária,
claro, e uma igreja não está obedecendo totalmente sua vocação missionária
enquanto não participa também financeiramente da missão. A questão aqui não é
se envolver ou não financeiramente, mas sim as motivações que levam a esse
envolvimento.
É equivocada a ideia de que o missionário só precisa de dinheiro. O
que o missionário mais quer é que a igreja local se apaixone tão decididamente
pela ideia de ver convertidos nos campos missionários que se lance por completo
nesse propósito, participando com o missionário com todo seu esforço emocional,
espiritual e financeiro. O que se espera é que o compromisso
financeiro da igreja com o projeto missionário seja o resultado do
compromisso com a glória de Deus entre as nações, com a conversão
dos povos e a expansão do Reino.
Sempre que existir um real compromisso com a glória de Deus entre as
nações, e paixão por ver vidas salvas e transformadas nos campos,
a igreja irá, de uma forma ou de outra, se envolver tanto emocional, espiritual
quanto financeiramente. Essa deve ser a motivação.
Uma vez que nos livremos dos estereótipos e dos mitos relacionados
à missão, poderemos desfrutar não apenas de uma correta obediência
missionária, como sermos concretamente abençoados por ela. Aí
então podemos começar a construir os fundamentos bíblicos da
missão e, como resultado disso, as estruturas eclesiásticas que nos
permitam pôr as mãos na obra.
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Rev. Amós Cavalcanti, missionário da APMT no Chile.
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