TEMPOS DIFÍCEIS PARA A OBRA DE DEUS
CRISE ECONÔMICA, CRISE DE FÉ, OU CRISE DE INCREDULIDADE?
Por: Pastor David Botelho - Missão Horizontes
Depois daquele fatidico 11 de
setembro de 2004, quando as companhias áreas enfrentaram a maior crise da história e os
governos tiveram que socorrê-las. Como uma “reação em cadeia” várias empresas
despediram empregados. O resultado é que houve um aumento nos índices de
desemprego. A instabilidade econômica teve efeitos em escala global.
Hoje,
estamos vivendo um período crítico em relação aos investimentos em missões,
pois infelizmente o primeiro corte na área financeira sempre é nesta área. Os
especialistas em marketing dizem que em tempo de crise é hora de investir. Para
o Senhor não há crise, mas sim uma ordem de fazê-lo conhecido, principalmente
para aqueles que ainda não tiveram uma oportunidade (Ageu 1.6-8).
No
Brasil, recentemente vimos um aumento especulativo no valor do dólar e isso
afetou tremendamente o sustento dos missionários, afinal o sustendo deles é
enviado cotado pela moeda americana.
Em chinês, a palavra “crise” é registrada com um caractere que possui dois significados: “perigo” e “oportunidade”. Para os norte-americanos e britânicos têm sido um grande perigo trabalhar na região onde vivem os muçulmanos, mas para os latinos há grandes oportunidades, por não sermos associados com nações beligerantes.
Neste momento, muitos missionários que
estão no campo, tiveram o sustento diminuído. Isso ocorreu quando eles já
estavam vivendo no limite de suas finanças. Alguns estão exercendo outras
atividades para complementar o sustento. Os missionários e missionárias
acabaram tornando-se professores, estão fazendo artesanato para vender e até
trabalhando como babás. Eles fazem isso para não precisarem voltar dos campos
onde estão, pois as igrejas e mantenedores não corrigiram o sustento. O que é
pior: algumas delas inclusive diminuíram ou atrasaram o envio de verbas.
Infelizmente, houve até mesmo aqueles que chegaram ao cúmulo de cortarem
totalmente o investimento. Ao pensar nisto, vem a minha mente o texto de
Hebreus 11 que menciona a “galeria dos heróis da fé” e diz que “o mundo não
era digno deles...” (v. 38).
Há
outro exemplo forte disso: o Timor Leste, uma ilha que era dominada pelos
muçulmanos, mas que agora se abriu para a proclamação das Boas Novas. Quando o
então presidente Xanana Gusmão veio ao Brasil pedir professores de português
para formar uma geração com uma nova língua portuguesa. Parece que somente
alguns líderes e pastores ouviram esse clamor.
Mas
uma coisa é certa: este acontecimento mostrou que a Igreja não estava preparada
para tal abertura, pois não tinha obreiros preparados com muito amor, paixão e
compaixão para ajudar esta nação devastada.
O que está acontecendo com a Igreja brasileira? Esta é uma oportunidade única! Iremos desperdiçá-la? Será que não conseguimos ver o que Deus está nos proporcionando? O que a história dirá de nós?
Conclusão - Irmãos, depois de pensarmos
sobre todas essas coisas, nos resta uma reflexão e também uma ação concreta. Um
ano depois de 11 de setembro será que não poderemos comemorar o lançamento do
maior movimento missionário da história de nosso país? O que está faltando para
que os evangélicos brasileiros, que afirmam ser mais de 30 milhões, assumam o
compromisso de enviar e sustentar mais missionários para alcançar os povos
não-alcançados? É preciso que abramos os nossos olhos e oremos.
Oremos
pelos pastores brasileiros. Peçamos a Deus para que eles tenham visões,
revelações e sonhos, assim como os muçulmanos estão tendo, e venham a investir
mais em vidas do que em “mega-catedrais”.
Oremos
também por homens de Deus dispostos a irem aos não-alcançados. As estatísticas
mostram que número de mulheres que estão trabalhando entre os menos alcançados
pelo evangelho é o dobro do que os de homens.
Fiquei
envergonhado ao ver mais uma vez que os homens continuam orando assim: “Eis-me
aqui, envia minha irmã...” Baseados em Mt. 9.36-38, vemos que certas orações
são perigosas, pois o Senhor pode decidir enviar a pessoa que ora para
responder a sua própria oração.
Tenho
certeza e entendo que nós podemos e devemos ser a geração que trará Jesus de
volta (conforme Mt 24.14). Portanto, apressemos e trabalhemos “enquanto é dia,
pois a noite vem quando ninguém pode trabalhar...”
Ao
refletir sobre as orações de milhões de pessoas ao redor do mundo, feitas na
década passada em favor dos povos muçulmanos e pedindo por obreiros, concluo
que esta primeira década do Novo Milênio será o tempo em que veremos milhões
de muçulmanos vindo a Jesus! Oremos por isto e pelas nações e governantes
muçulmanos. Peçamos a Deus por uma abertura para o Príncipe da Paz, o Senhor
Jesus.
Por
aqueles que são negligenciados e esquecidos pela igreja, mas amados pelo Senhor
Jesus – os povos muçulmanos.
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