BIOGRAFIAS QUE NOS INSPIRAM
A
HISTÓRIA DO MISSIONÁRIO JIM ELLIOTI
“Aquele
que dá o que não pode manter, para ganhar o que não pode perder, não é um tolo.
A história de Jim Elliot e seus quatro amigos é uma das histórias missionárias mais empolgantes e inspiradoras.
Jim Elliot nasceu em 8 de outubro de 1927 na cidade de Portland, no estado
americano de Oregon. Jim pertencia a uma família cristã dedicada ao Senhor;
desde cedo foi instruído nos caminhos de Deus, e veio a receber a Cristo como
seu salvador aos 8 anos de idade. Fred, um pastor batista, e Clara Elliot, seus
pais, eram bastante cuidadosos quanto à instrução bíblica de seus filhos e
exerceram forte influência na formação de suas vidas.
Jim revelou-se um jovem bastante talentoso, destacando-se em
todas as atividades que se envolvia. Era líder de sua classe, e detentor de uma
brilhante oratória. Elaborou um aclamado discurso de honra em homenagem ao presidente
americano, Franklin D. Roosevelt, por ocasião de seu falecimento. Graduou em
“desenho arquitetônico” na High School e depois se transferiu para a faculdade
cristã de Illinois, a Wheaton College, onde se graduou com as mais elevadas
honras.
Convicto de sua vocação e chamada, Jim prioriza seus estudos com o intuito de alcançar a melhor preparação possível para o seu ministério. Empenha-se no estudo do grego, já visando uma possível tradução do evangelho para alguma lingua nativa. Segundo o registro de seu diário, sua vida tinha sido profundamente impactada pelos testemunhos de missionários como David Brainerd e Hudson Taylor. Jim Elliot orava constantemente: “Consuma minha vida, Senhor. Eu não quero uma vida longa, mas sim cheio de Ti, Senhor Jesus. Satura-me com o óleo do teu Espírito…”.
Durante seus estudos conheceu Elizabeth Howard,
que também tinha um chamado para missões transculturais. Apesar de seus
sentimentos um pelo outro, aguardaram em oração a confirmação de Deus, e
somente após a graduação eles se casaram. Jim e Elizabeth se casaram em 1953,
na cidade de Quito (Equador) e em 1955, nasceu sua filha Valerie.
Jim recusou convites para pastorear em algumas igrejas nos
ministérios da juventude. Para alguns líderes, Jim tinha um futuro bastante promissor
no ministério pastoral nas igrejas do EUA. Por esta razão foi criticado quando
insistia em sua decisão em levar o evangelho de seu Salvador aos índios na
Amazônia. Jim convenceu dois de seus amigos (Ed mcCully e Peter Fleming) que
trabalhavam com ele numa rádio de difusão do evangelho a participarem da escola
linguística, juntamente com ele e Elisabeth. Mais tarde , os três amigos e suas
esposas (Jim e Elisabeth casaram-se no Equador) partem ao Equador para
trabalharem com os índios Quechua. No Equador, um piloto missionário, Nate
Saint, e sua esposa juntaram-se ao grupo. Conseguiram estabelecer uma estação
da missão entre os índios Quechua. Jim e Elizabeth trabalharam na tradução do
Novo Testamento para a língua dos quechuas. Nesse tempo Jim se lembrou dos
índios aucas (hoje conhecidos como Huaoranis) que tinham a fama de serem muito
violentos e que não possuiam nenhum contato com o mundo exterior. Com o
propósito de levar o evangelho aos índios huaoranis, o grupo começou a elaborar
um plano que ficou conhecido como Operação Auca.
Roger Youderian, um novo missionário, com sua esposa pediram
para se juntar ao grupo. Nate Saint, conseguiu avistar alguns índios aucas
sobrevoando algumas áreas que foram demarcadas no mapa da operação. A partir de
então começaram sistematicamente sobrevoar as áreas dos huaoranis durante
quatro meses levando presentes. Amarrado por uma corda, um balde cheio de
roupas, bugicangas, cereais e fotografias dos missionários era levado pelo
avião que em vôos baixos deixava cair os presentes. Os índios aucas chegaram a
colocar no balde um papagaio e alguns enfeites de suas vestimentas. Diante do
progresso alcançado, os cinco jovens missionários resolvem montar um
acampamento às margens do rio Curray. Através de uma estação de rádio comunicavam
constantemente com suas esposas que tinham ficado na base da missão.
Pouco tempo depois, um grupo de quatro índios visitaram os missionários em seu acampamento. Os missionários deram-lhes presentes e alimentos como um sinal de paz. Outros contatos foram feitos por mais algumas vezes e um daqueles índios chegou a voar com Nate Saint em seu avião, sobrevoando sua própria aldeia. Incentivados por uma visita no dia 7 de Janeiro, os missionários decidiram ir até a aldeia dos huaoranis.
Acordaram cedo
e louvaram ao Senhor na manhã de 8 de Janeiro. Nate e Jim sobrevoando a área da
aldeia dos aucas avistaram um grupo de 20 a 30 índios se movendo em direção ao
acampamento. Através do rádio comunicaram com suas esposas e decidiram ás 16:30
entrarem em contato novamente.
Ao chegarem na praia de seu acampamento, Nate e Jim avisaram aos
outros que os aucas estavam vindo. Munidos de armas decidiram não utilizá-las.
Pouco tempo depois chegaram os aucas e pouco esses cinco jovens puderam fazer.
Foram mortos pelos aucas naquele dia de 8 de Janeiro de 1956. Angustiadas pela
demora do contato de seus maridos, suas esposas solicitaram imediatamente
ajuda. Helicópteros e forças do exercito equatoriano sobrevoando o rio Curray
encontraram os corpos de quatro missionários (não foi encontrado o corpo de Ed
McCully). Seus corpos foram encontrados brutalmente perfurados por lanças e
machados. O relógio de Nate Saint foi encontrado parado em 15:12 minutos, do
que se deduz a hora em que foram mortos.
As esposas desses missionários, apesar da grande dor que
sofreram, decidiram continuar com a missão, e algum tempo depois foram
sucedidas na evangelização dos aucas. A tribo foi evangelizada e alguns anos
mais tarde, o assassino de Jim Elliot, agora convertido ao Senhor Jesus e líder
da igreja na aldeia batizou a filha de Jim e Elizabeth no rio onde seu pai
tinha sido morto.
A vida e o testemunho desses cinco missionários martirizados por amor ao evangelho têm inspirado até hoje centenas de jovens a dedicar suas vidas ao Senhor da seara. Jim Elliot procurou servir a Jesus com todas as suas forças e a maior parte de sua vida e de seu ministério é contado por sua esposa Elizabeth em dois livros publicados posteriormente. Sua célebre frase, encontrada em seu diário nos inspira a entregar sem reservas a nossas vidas nas mãos do Mestre: “Aquele que dá o que não pode manter, para ganhar o que não pode perder, não é um tolo”.
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