OFERTA MISSIONÁRIA, GRAÇA DE DEUS
Por Pr. Hernandes
A Bíblia diz
que a contribuição não é um peso, mas uma graça e graça é um dom imerecido (2Co
8.1). A contribuição não é apenas algo que oferecemos a Deus, mas sobretudo, um
favor que Deus concede a nós. Deus nos dá o privilégio de sermos parceiros no
grande projeto de evangelizarmos o mundo e assistirmos os santos. A
contribuição é uma semeadura e o dinheiro é uma semente. A semente que se multiplica
é a que semeamos e não a que comemos. Quando semeamos com fartura, colhemos com
abundância (2Co 9.6). Quando semeamos coisas materiais, recebemos bênçãos
espirituais na mesma medida que aqueles que semeiam as coisas espirituais,
recolhem bens materiais (1Co 9.11).
COMO DEVEMOS
CONTRIBUIR PARA A OBRA MISSIONÁRIA?
Em primeiro
lugar, devemos contribuir com alegria (2Co 9.7). A contribuição deve ser um
momento de grande alegria. Dar com tristeza para a obra de Deus não tem
sentido, pois antes de Deus aceitar a oferta, Ele precisa aceitar o ofertante.
O Senhor Jesus diz que mais bem-aventurado é dar do que receber (At 20.35).
Em segundo
lugar, devemos contribuir com proporcionalidade (1Co 16.2). A proporção é o
melhor sistema da contribuição. Não deve existir sobrecarga para aquele que tem
pouco nem insensibilidade por aquele que tem em abundância. O apóstolo Paulo
coloca esse princípio da seguinte maneira: “Porque, se há boa vontade, será
aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem. Porque não é
para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja
igualdade, suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo
que a abundância aqueles venha suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade,
como está escrito: o que muito colheu não teve demais; e o que colheu pouco não
teve falta.”
Em terceiro
lugar, devemos contribuir com regularidade (1Co 16.2). A contribuição deve ser
regular, metódica e sistemática. Assim como as necessidades dos missionários
são constantes, as ofertas precisam também ser constantes. As ofertas
missionárias não devem ser esporádicas e espasmódicas, pois as necessidades são
diárias. Não podemos reter em nossas mãos os recursos que devem promover o
avanço do reino de Deus e o sustento dos obreiros do reino. A obra missionária
é uma tarefa de toda a igreja. Aqueles que vão não devem receber nem menos nem
mais do que aqueles que ficam guardando a bagagem (1Sm 30.24).
Em quarto
lugar, devemos contribuir com sacrifício (2Co 8.3-5). Não contribuímos apenas
com as sobras, mas, sobretudo, com o que nos é essencial. Devemos dar não
apenas da nossa riqueza, mas também da nossa pobreza, sabendo que Deus é quem
multiplica a nossa sementeira para continuarmos investindo na sua obra (2Co
9.10). Os crentes macedônios nos dão o exemplo: “Porque eles, testemunho eu, na
medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários,
pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos
santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também se deram a si
mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus” (2Co 8.3-5).
Em quinto
lugar, devemos contribuir com senso de adoração (Fp 4.18). A oferta missionária
é como aroma suave e como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. Na mesma
medida que assistimos as necessidades dos santos, tributamos culto de adoração
a Deus com nossas ofertas. A contribuição cristã não é apenas algo financeiro.
Ela desencadeia reflexos no céu e na terra; ela toca o coração de Deus e o
coração dos homens.
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Rev.
Hernandes Dias Lopes
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