CONFLITOS E FRACASSOS NA VIDA MISSIONÁRIA
JOHN KAYSER
As
razões por que os missionários às vezes fracassam são muito complexas. A
seguir, alguns dos fatores que podem causar conflitos e fracassos iniciais,
segundo alguns pesquisadores:
1. QUESTÕES PESSOAIS,
como falta de disciplina, falta de conhecimento e habilidades, necessidades
físicas, espirituais ou emocionais, baixa autoestima, e estar sempre na
defensiva.
2. QUESTÕES INTERPESSOAIS,
incluindo a incapacidade de se relacionar com colegas missionários e líderes de
campo, bem como dificuldade de resolver conflitos tanto com a liderança, como
com pessoas locais.
3. ESTRESSE e Mudanças relacionados
à adaptação cultural e lingüística, desafios com a educação das crianças,
fatores estressantes da comunicação e questões referentes à mudança e realocação
em uma nova cultura.
4. QUESTÕES TRANSCULTURAIS,
incluindo a incapacidade de se relacionar com a cultura ou outras pessoas,
recusa ou incapacidade de mudar e adaptar-se a diferentes maneiras de trabalhar,
pensar e falar, e falta de flexibilidade para trocar de função e ministérios.
5. QUESTÕES MINISTERIAIS DA MISSÃO,
tais como desafios do trabalho, falta de dons ministeriais, falta de visão e
expectativa exagerada (expectativas que tenham sido manifestas).
Embora
tudo isso pareça negativo, devemos entender que servir em missões
transculturais é uma das transições mais difíceis que uma pessoa pode fazer.
Por isso, o papel da igreja é vital, tanto como parceira no envio, como
apoiando o missionário.
Então,
o que a igreja pode fazer para manter seus missionários no campo? É muito
importante envolver-se completamente com eles, independente de qual estágio do
processo de filiação na missão eles estejam.
PRIMEIRO,
ensine os jovens a terem disciplina em sua vida pessoal e espiritual. Procure
transmitir-lhes visão de trabalho com povos não alcançados e providencie para
que tenham experiência com evangelismo (antes de irem para o campo).
Incentive-os a serem pessoas flexíveis, por causa da variedade de experiências
ministeriais que eles terão em vários contextos, bem como a ter disposição para
servir debaixo de liderança, e junto com outras pessoas.
SEGUNDO,
avalie juntamente com eles o seu chamado para missões e seu andar com Deus.
Este é um chamado sagrado – precisamos honrar o desejo deles em servir dessa
maneira. Invistam no crescimento de sua capacidade de administrar, interações
interpessoais, e dons ministeriais.
Obviamente,
isso significa que haverá atividades e ministérios fora da igreja – em comunidades
e em contextos transculturais.
TERCEIRO,
caminhe com eles através do processo de candidatura, nos primeiros anos no
campo, e também no seu ministério em longo prazo. Não deixe a tarefa de
acompanhá-los somente para a organização missionária; escreva pra eles, ore por
eles, visite, aconselhe, incentive.
Conheça
seus planos de ministério, expectativas, programação e disciplinas diárias;
isso não será invasivo se você os estiver enviando e apoiando. Conecte-os à
missão, fazendo com que saibam da parceria que ela pretende com eles. É muito
bom quando o missionário, sua igreja, e a organização conseguem se unir para
desenvolver o ministério.
E,
por fim, certifique-se de que em suas viagens de furlough (um tipo de férias
pra levantar sustento e visitar mantenedores e familiares), os missionários
consigam separar algum tempo para o seu descanso pessoal. Eles freqüentemente
voltam ao campo mais exausto do que quando partiram, e isso por causa de todo o
esforço para manter e desenvolver sua equipe de mantenedores, e as visitas que
precisam fazer.
Acima
de tudo, crie equipes de oração que os apresentem constantemente ao Senhor,
para que possam superar essas dificuldades, e para que o Espírito os dirija e
os faça frutificar. DEUS AGE ATRAVÉS DA ORAÇÃO
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JOHN KAYSER nasceu e foi
criado na Etiópia, e juntou-se à Bethany International em 1993, como consultor
de treinamento missionário. Seu modelo de treinamento estimulou mais de 300
escolas de treinamento missionário, em dezenas de países.
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