ESQUECERAM DE MIM...
Ao longo do tempo envolvido e comprometido com a tarefa de fazer missões, temos deparado com a lamentável constatação de que em se tratando da obra mais importante confiada à igreja, muitos missionários estão sendo enviados ao Campo, estando os mesmos completamente despreparados.
Quando o missionário chega ao
campo, encontra as primeiras barreiras. A insegurança e a saudade são fatores
que precisamos enfrentar, o fato de estar distante de sua terra natal, o
desafio de aprender um novo idioma, as dificuldades de adaptação climáticas e
culturais, a falta de informações gerais de seu país de origem, e tantos outros
fatores preponderantes e que são muitas vezes desconhecidos do missionário
recém chegado ao seu local de trabalho.
A situação é agravada em se
tratando de remessa financeira, pois surgem fatos desconhecidos não só de
muitos pastores e igrejas, como também do próprio missionário.
Como, por exemplo, o fator
(moeda), creio não ser do conhecimento de alguns, que quando enviamos receita
para outros países, pagamos impostos, e isto não é barato. De forma que muitas
das vezes quem trata do envio do missionário desconhece as implicações
burocráticas, bem como leis e normas governamentais, situações estas que
provocam um grande desgaste em vários sentidos, ocasionando um desânimo em
manter o missionário. O que faz com que o mesmo acabe sendo esquecido.
A igreja vem deixando de
cumprir os seus deveres e obrigações, o que tem trazido um grande prejuízo para
a obra missionária.
Dentre muitos casos de abandono
de missionários poderia citar o caso de um missionário, que em 1987 encontrei
na Colômbia, mais exatamente na cidade de Cúcuta quando da realização do
primeiro Encontro de Missionários realizado naquele país. O mesmo se encontrava
naquele evento mas era missionário brasileiro no Equador país no qual se
encontrava completamente esquecido por sua igreja, o que eu atribuo a uma falta
de convicção, (às vezes da igreja, às vezes do missionário). Conversando com
este casal eles nos relataram que devido
ao abandono de sua igreja, há tempos não sabiam o que era comer uma macarronada
simples e que há quinze anos não vinham ao Brasil para descanso e uma necessária
reciclagem geral, por falta de entendimento e compreensão ministerial por parte
dos seus enviadores.
Lamentavelmente muitos não
estão percebendo que esses acontecimentos são criados pelo inimigo de nossas
almas, que tem usado desta artimanha para enfraquecer a obra missionária.
Este fato aconteceu numa noite,
após o culto quando nos reuníamos para jantar uma deliciosa macarronada que nos
era servida.
Ao conversarmos com esses missionários ficamos sabendo que a última vês que contactaram com seu pastor solicitando a concessão de férias para virem ao Brasil, receberam a resposta idêntica a que foi dada ao Pastor José Satiro quando foi enviado ao Campo missionário. (Entre outras palavras que eles sabiam que ao sair para o Campo deveriam levar apenas as malas e o caixão funerário...).
(ADAPTADO)
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