CRISTÃOS PERSEGUIDOS NO MÉXICO
FAMÍLIA
EVANGÉLICA NO MÉXICO PERDE ACESSO A ÁGUA POR NÃO NEGAR A FÉ
Líderes de comunidades ameaçam e multam famílias que se recusam a negar sua fé.
As famílias de Nemesio Cruz Hernández e Eligio
Santiago Hernández, que são da Primeira Igreja Batista na área de La Mesa
Limantitla, no estado de Hidalgo, no México, foram ameaçadas durante uma
reunião comunitária na segunda-feira.
No encontro, as famílias evangélicas foram proibidas de falar
enquanto eram ameaçadas. Líderes comunitários, identificados como José Marcos
Martínez e Julio Alvarado Hernández, fizeram ameaças e instruíram a interrupção
dos serviços de adoração na casa de Bartolo Martínez Hernández, que também foi
multado por permitir serviços em sua casa.
Em janeiro de 2019, muitas famílias evangélicas foram
obrigadas a assinar um acordo renunciando à sua fé. Enquanto
oito famílias assinaram, as famílias de Cruz Hernández e Santiago Hernández se
recusaram a assinar.
Então, os líderes da comunidade bloquearam o acesso das duas
famílias à água, serviços de esgoto, programas de benefícios do governo e a
usina comunitária por um ano até que em Janeiro de 2020 elas assinaram um
acordo renunciando o direito de realizar serviços religiosos.
O acordo dizia que cada família teria que pagar uma multa ilegal
de aproximadamente três mil dólares. As autoridades estaduais pagaram parte da
multa, mas as famílias continuaram sendo ameaçadas de deslocamento forçado nas
reuniões de acompanhamento em 2020 e 2021.
No México, esses acordos extra legais são frequentemente usados ao
invés de mecanismos de justiça adequados quando os direitos das minorias
religiosas são violados.
“As autoridades do estado devem intervir com urgência. Se o
governo estadual se recusa a proteger os direitos das minorias religiosas, o
governo federal deve intervir”, disse a chefe de advocacia da CSW, Anna-Lee
Stangl.
Este não é um incidente isolado de perseguição cristã no México,
que aumentou devido à violência do cartel de drogas, à perseguição por
católicos tradicionalistas e à discriminação violenta por grupos de esquerda
anti cristãos.
“O governo, tanto estadual quanto federal, deve
abordar a cultura da impunidade que permitiu que violações como essas não
fossem controladas por tempo demais, garantindo que famílias como as do Sr.
Cruz Hernández e do Sr. Santiago Hernández sejam livres para praticar qualquer
religião ou crença de sua escolha sem serem forçadas a pagar multas ilegais ou
enfrentar pressão para renunciar a suas crenças sob ameaça de ações
criminosas”, acrescentou Stangl, segundo The
Christian Post.
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