ENTENDA O QUE É E COMO PLANTAR UMA IGREJA

 




O QUE É PLANTAÇÃO DE IGREJAS?

 

 

Um dos grandes desafios a ser enfrentado nos dias atuais, sem dúvida é a Plantação de Igrejas. Para enfrentar esse desafio tem surgido nos últimos tempos, tanto no Brasil quanto no mundo alguns movimentos que buscam entender esse conceito da melhor maneira possível.

Numa definição simples, a Plantação de Igrejas se entende um processo de multiplicação de cristãos através do evangelismo e do discipulado, multiplicando as comunidades do Reino de Deus que por sí só, se reproduzem natural e intencionalmente.

Entendemos que este processo é parte intrínseca da natureza da Igreja de Jesus.

A história do cristianismo e o surgimento de novas  igrejas trazem um importante incentivo, bem como cooperam para o cumprimento do “Ide de Jesus” que entendemos como “A GRANDE COMISSÃO”. 

O Novo Testamento nos mostra como esse processo acontecia de forma dinâmica e criativa. Desta maneira o povo de Deus espalhavam o Evangelho por todo o mundo  através do discipulado e evangelismo.

Em Atos 13.1-3, vemos a igreja enviando Barnabé e Saulo para realizar a obra missionária plantando igrejas entre os gentios.

Em Atos 19.8-11 ficamos sabendo que Paulo aluga uma sala na escola de Tirano e discipula pessoas durante dois anos, afim de que, através delas, o Evangelho fosse anunciado por toda a Ásia.

Em Atos dos apóstolos podemos encontrar muitos outros testemunhos a plantação de igrejas.

A SITUAÇÃO DO BRASIL, SEGUNDO O IBGE (2000):

  • 71 cidades com menos de 1% de evangélicos
  • A média de evangélicos nas regiões brasileiras é de 15,41%. Porém, no Nordeste a média é de 10,26%.
  • Em 12 estados brasileiros a taxa está acima de 20%. Porém, no Nordeste não há nenhum estado com mais de 15% de evangélicos. Em 6 estados do Nordeste a população de evangélicos está abaixo de 10% (AL, CE, PB, PI, RN e SE).
  • Desses 6 estados, a Paraíba é o que possui a maior concentração de cidades com menos de 5% de evangélicos.
  • Alagoas possui a maior concentração de cidades com menos de 1% de evangélicos.
  • O Piauí é o que possui a população com o menor percentual de evangélicos do país.
  • 11 cidades brasileiras possui o índice de “0” (zero) evangélicos.
  • O Rio Grande do Sul é o estado com o maior número de cidades com índice “zero” de evangélicos (9 cidades).
  • Existem 11 cidades no Brasil sem nenhuma presença evangélica: Queluzito (MG), Carrapateira (PB), Boa Vista do Sul (RS), Nova Alvorada (RS), Nova Roma do Sul (RS), Protásio Alves (RS), Relvado (RS), Santo Antônio do Palma (RS), São Jorge (RS), União da Serra (RS), Vespasiano Correa (RS). Fonte: Intercessão Mundial e Censo 2000 do IBGE.

Diante desse triste fato consideramos a necessidade de desenvolvermos cada vez mais projetos de plantação de igrejas e contribuímos com a multiplicação. 

PLANTAÇÃO DE IGREJAS NO CONTEXTO TRANSCULTURAL

Não podemos ignorar que existe o desafio da plantação de igrejas em contexto transcultural.

Para termos uma visão panorâmica do desafio transcultural no Brasil, ressaltamos a necessidade de plantar igrejas entre os seguimentos socioculturais menos evangelizados: indígenas, ciganos, quilombolas, sertanejos, ribeirinhos, estrangeiros que constituem os grupos minoritários no Brasil.

Por isso, o fato do movimento evangélico estar crescendo no Brasil, não nos faz perceber que estamos perto de superar o desafio que temos. 

Alguns princípios se destacam na experiência de plantar igrejas:

1) oração;

2) divulgação abundante do evangelho;

3) plantação intencional e não casual de igrejas;

4) liderança local;

5) igreja célula ou igreja-casa.

Da mesma forma, percebe-se que algumas atitudes podem atrapalhar a plantação e crescimento de igrejas: 

1) exigir requisitos não bíblicos;

2) reproduzir padrões da igreja “mãe” que não tem a ver com o contexto da plantação de igrejas;

3) exigir estruturas “pesadas” e difíceis de manter;

4) plantação a partir de igrejas estéreis.

Nos movimentos de plantação de igrejas identifica-se que seu desenvolvimento e consequente autonomia, estão ligados ao conceito de igreja autóctone.

Para isso, identifica-se as características do autosustento (estrutura a partir das condições locais), autogoverno (formação de liderança locais) e autoproclamação (difusão do Evangelho).

Entende-se que o conceito de autonomia não pode ser reduzido somente à situação financeira da igreja. Podemos ter igrejas que mantêm-se financeiramente, mas são extremamente frágeis na difusão do Evangelho e na capacidade de multiplicar líderes através do discipulado.  

Uma forma eficaz para plantar igrejas sadias é plantar a partir de uma igreja “mãe”. A igreja “mãe”, tem condições de treinar e capacitar as pessoas que estarão envolvidas na plantação, acompanhar, supervisionar e pastorear estas que serão enviadas para este empreendimento.

Uma das grandes dificuldades dos plantadores de igrejas é superar um falso senso de solidão e “abandono” quando se sai para plantar, mas o acompanhamento e pastoreio exercido pela igreja “mãe”, supre e não permite que isso se instale na vida deles.

A noção de ser parte de algo muito maior, de participar de reuniões regulares do corpo, seguir uma agenda comum, compartilhar os recursos financeiros e humanos, traz segurança e superação a todos. 

EXTRATÉGIAS PARA A PLANTAÇÃO DE IGREJAS

Existem diversas estratégias para a plantação de igrejas, as mais conhecidas são:  

1. Plantador pioneiro;

2)  equipes missionárias;

3)  igrejas satélites;

4)  geração espontânea;

5)  projeto tribal;

6)  adoção;

7)  transplante de famílias.

O que percebemos em todas estas estratégias, é o fato de que no processo de plantação devemos valorizar o desafio de se criar relacionamentos na comunidade onde a igreja está sendo plantada e desenvolver um discipulado eficaz. 

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