PERSEGUIÇÃOAOS CRISTÃOS NO CONTINENTE LATINO AMERICANO




  Pastor Leopoldo, do México


·         Leopoldo é um pastor mexicano casado com Silvia. Eles cresceram, viveram e criaram os três filhos em San Juan Ozolotepec, uma pequena cidade no interior do México onde a religião católica é predominante. Apesar de terem a mesma fé, eles foram perseguidos por serem cristãos evangélicos, algo que não é aceito naquela comunidade. 

·         Ambos eram católicos e viviam uma vida pacífica, mas tudo mudou quando, em 2002, uma pessoa disse a Leopoldo para ler a Bíblia. Isso despertou algo nele e, seguindo esse conselho, ele viu que a forma de vida que levava estava errada. Algumas pessoas na comunidade começaram a ver a mudança na vida de Leopoldo e se uniram para criar uma congregação. Em cinco anos, Leopoldo se tornou pastor de um pequeno grupo e foi aí que a perseguição começou.

·         A comunidade não gostou do crescimento do grupo e, em uma tentativa de detê-lo, começou a persegui-lo. Como líder do grupo, o pastor Leopoldo e sua família eram o alvo principal. Desde então, a família tem sofrido represálias: a comunidade cortou a água e eletricidade da casa, baniu os filhos do casal de frequentar a escola, eles não podem ser atendidos na clínica médica da cidade, até mesmo danos a sua casa foram causados. 

·         Entretanto, em meio a isso, a família permaneceu firme em Deus. Esses foram anos difíceis com muita luta. Mas em 2013 algo aconteceu que mudou tudo. Era uma manhã normal para a família. Leopoldo, Silvia e um dos filhos estavam tomando café quando ouviram uma multidão se aproximando. O objetivo: matar o pastor. Quando eles chegaram à casa, pegaram o pastor à força e o arrastaram para o centro da cidade. Silvia, não sabendo o que fazer, seguiu a multidão por um momento, mas com medo de ser pega também, voltou para casa e não viu o que aconteceu com o marido. 

·         Momentos de desespero 

·         Em casa, ela podia ver pela janela uma multidão se movendo ao redor da casa. Ela achou que eles estavam atrás dela e do filho, por isso ficou lá dentro, olhando e cuidando do filho. Entretanto, depois de alguns momentos, ela percebeu que a multidão queria destruir a igreja, que ficava em frente à casa. Silvia viu o templo ser destruído e podia ouvir as pessoas dizendo que a casa dela seria a próxima.

·         Orando e sem ter o que fazer, Silvia pediu ajuda para seus parentes pelo telefone antes da conexão com a internet cair. Enquanto isso, Leopoldo estava nas mãos da comunidade. Ele foi levado para o centro da cidade, onde um grupo estava reunido gritando: “Matem ele, queimem ele”. No meio de todos esses gritos, um em particular chamou a atenção do pastor: “Nós queremos ver o Deus que você prega, o Deus que você acredita, se ele pode salvá-lo de nossas mãos”. Naquele momento, ele sentiu paz no coração e, em sua mente, estava a palavra de Deus e o sofrimento de Jesus. 

·         “Quando eu ouvi aquelas ameaças e tudo que eles estavam gritando para mim, era algo que não me deixou com medo, porque eu sabia que a palavra do Senhor estava se cumprindo. Eu nunca pensei que minha vida poderia ser como um instrumento nas mãos de Deus”. 

·         As pessoas começaram a despi-lo, chutá-lo, puxar seu cabelo, mas ele continuou clamando a Deus por ajuda, e que eles apenas o colocassem na prisão. Naquele momento, uma pessoa veio de longe e o chutou nas costelas, fazendo-as quebrar. Ele não podia mais se mexer. Foi quando alguém o arrastou até a prisão e ele estava livre da multidão, mas seu corpo estava machucado. E a multidão queria procurar outros cristãos. 

·         Leopoldo ficou na prisão por quatro dias, sem qualquer assistência médica e sem poder receber visitas. Depois desse tempo, a polícia negociou a soltura do pastor da prisão, mas ele teve que ser levado escondido em um carro para que a multidão não o atacasse novamente. Silvia e o filho também saíram da cidade escondidos, deixando para trás casa, pertences e a cidade onde sempre viveram. 

·         Tratando as cicatrizes deixadas no coração 

·         Esse episódio de perseguição afetou grandemente a família de Silvia e Leopoldo. A Portas Abertas, por meio de colaboradores de campo, ofereceu ajuda à família. Um projeto financeiro foi preparado: um mototáxi. Por meio disso, a família poderia se sustentar. Além disso, a família participou de um seminário pós-trauma, realizado em parceria com um especialista no assunto. O seminário tinha como foco ajudar cristãos perseguidos no México a lidar com seus traumas e alcançou diversas famílias. 

·         Apesar de tudo, Leopoldo continua grato a Deus: “Eu sou grato ao Senhor porque ele nos mostrou sua vontade por meio desse testemunho. Hoje, nós podemos dizer que há gratidão em nós porque Deus nos permitiu viver essa situação para que o nome dele seja glorificado e proclamado em cada um daqueles que passam por perseguição”.

 

Comentários

POSTAGEM MAIS VISITADA

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA

MISSÕES E EVANGELISMO

ANTROPOLOGIA CULTURAL