COMO SUSTENTAR O MISSIONÁRIO
Existem três modos de nos envolvermos com a obra de missionária:
PRIMEIRO, indo para o campo missionário;
SEGUNDO, orando por aqueles que estão no campo;
TERCEIRO,
sustentando financeiramente, o obreiro que está no campo.
Tudo o que existe no mundo pertence a Ele: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1).
Deste modo, o corpo, a mente, o tempo, os talentos, os serviços, o dinheiro, as propriedades – tudo pertence a Deus. Quando nos dispomos a cooperar financeiramente com a sua obra, estamos simplesmente devolvendo-Lhe parte do que dEle recebemos. Deus recebe a oferta que oferecemos aos missionários, e se compromete abençoar-nos e suprir todas as nossas necessidades.
As missões são sustentadas exclusivamente com as
nossas contribuições. Se não contribuirmos, o Reino de Deus sofrerá.
A Bíblia nos ensina que aqueles que com sinceridade se dedicam à proclamação da
Palavra de Deus devem ser sustentados pelo que, desse trabalho, recebem bênçãos
espirituais: “O que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com
aquele que o instrui” (Gl 6.6).
Exemplos:
1) “Não atarás a boca ao boi, quando trilhar” (Dt 25.4).
2) “Digno é o operário do seu alimento” (Mt 10.10).
3) “Digno é o obreiro do seu salário” (Lc 10.7).
4) “Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário”
(1Tm 5.18).
Os missionários e os obreiros em geral são sustentados financeiramente pela
igreja. A fonte ou origem desses recursos é a própria igreja.
Foi Deus quem estabeleceu que o crente contribuísse para que o seu povo tenha os recursos suficientes para a expansão do evangelho e manutenção da obra do Senhor.
DÍZIMOS E OFERTAS
1. Dízimos. O dízimo é a décima parte da renda de uma pessoa. À luz
de 1 Co 16.2 é a contribuição financeira mínima que o crente deve oferecer para
a obra de Deus. Já existia antes da lei (Gn 14.20; 28.22); instituído por
Moisés na lei (Lv 27.30; Dt 14.22).
O povo devia levar para os levitas e sacerdotes,
pois não tiveram possessão da terra (Nm 18.21-24; Hb 7.5), para que haja
mantimento na Casa de Deus (Ml 3.10). Eles, por sua vez, pagavam deles os
dízimos dos dízimos (Nm 18.26). O Senhor Jesus manteve os dízimos na Nova
Aliança (Mt 23.23).
2. Ofertas alçadas. Além
dos dízimos havia também as ofertas alçadas para fins específicos, como na
construção do tabernáculo, no deserto (Êx 25.2). Convém lembrar que oferta
alçada não é o mesmo que dízimo (Ml 3.10). Ambos são bíblicos e atuais, mas são
diferentes.
As ofertas alçadas são esporádicas, principalmente
para construção de templos. Os dízimos são contínuos. O culto ao Deus verdadeiro,
conforme encontramos em toda a Bíblia, constitui-se dos elementos: oração,
leitura das Escrituras, pregação ou testemunho, cânticos e ofertas.
3. Os métodos de Deus. Para a construção do tabernáculo Moisés precisava
dessas ofertas alçadas, de um povo pobre que vivia pela misericórdia de Deus,
do maná.
Davi, para construir o templo de Jerusalém, deu uma
oferta de cento e cinco toneladas de ouro, sem contar a prata (1 Cr 29.3,4),
considerando-se um talento equivalente a 35 quilos segundo as tabelas de
conversões de pesos e medidas.
O rei Davi, no entanto, fez um apelo para quem quisesse contribuir para a Casa de Deus (1 Cr 29.5). Nos versículos seguintes ficamos sabendo que o povo contribuiu voluntariamente e com alegria.
4. Deus quer que seus filhos participem dos projetos divinos. Moisés
não dispunha de recursos para a construção do tabernáculo e por isso levantou
do povo uma oferta alçada. Entretanto, o rei Davi já dispunha dos recursos para
a construção do Templo de Jerusalém. Por que convidou ele o povo para ofertar?
O método de Deus, porém, é diferente do nosso. A vontade de Deus é que seus
filhos participem de seus projetos.
Aqui já não é questão de necessidade. Deus é dono
do céu e da terra (Gn 14.19; Sl 24.1), do ouro e da prata (Ag 2.8), mas Ele
conta com nossa participação. Deus abençoa o povo para que seus filhos possam
contribuir para a sua obra.
II. BASES BÍBLICAS PARA O SUSTENTO DO MISSIONÁRIO
1. A igreja de Corinto não era generosa. Os irmãos da igreja de Corinto
eram insensíveis às necessidades do apóstolo. Outras igrejas sustentaram Paulo
para que o mesmo pudesse servir aos coríntios (2 Co 11.8). Depois que o
apóstolo deixou a cidade, apresentou a sua defesa.
Partindo de um raciocínio lógico, “quem jamais
milita à sua própria custa?” (v.7), ele busca no sistema sacerdotal,
estabelecido na lei de Moisés, o argumento para fundamentar essa verdade (1 Co
9.9,10), e também nas palavras do próprio Senhor Jesus (1 Co 9.14). Essa é uma
referência a Mt 10.10; Lc 10.7, como ele deixa mais claro em outro lugar (1 Tm
5.17,18).
2. Fazedores de tendas. Na cultura judaica era comum os pais ensinarem ao filho
uma profissão alternativa; a de Paulo era a de fazer tendas (At 18.3).
Utilizou-se dela para levantar seu sustento, pois temia escandalizar os irmãos
e não queria correr o risco de ser interpretado como aventureiro, em Corinto.
Hoje, “fazedores de tendas” é o nome que se dá aos
profissionais liberais que são enviados como voluntários para prestarem
serviços sociais às populações carentes nos países onde ser cristão ainda é
crime.
É um recurso usado para colocar legalmente um
missionário num país desses; do contrário, ele nunca poderia ser aceito.
3. A igreja de Filipos era generosa. A igreja de Corinto não era como a
dos filipenses (Fp 4.15-19). Nenhuma igreja se preocupou com as necessidades do
apóstolo, exceto a igreja de Filipos. Enviava oferta na hora em que ele mais
precisava. Paulo agradecia a Deus essas ofertas “como cheiro suave e aprazível
a Deus” (Fp 4.16,18).
É dessa mesma maneira que ainda hoje Deus recebe a
oferta que você oferece para o sustento missionário. Além disso você tem a
garantia de que o Senhor suprirá todas as suas necessidades (4.19).
III. COMO APOIAR OS MISSIONÁRIOS
1. O papel da igreja. Sãos os crentes que apóiam os missionários com suas
contribuições, através da secretaria ou departamento de missões da igreja. A
igreja ora, intercedendo por eles, e acompanha o seu trabalho através de
relatórios escritos e também por meio de testemunhos de outros que visitam o missionário
no campo.
Esses responsáveis pelo sustento e pelo apoio espiritual devem entender também que fora do seu convívio a situação é muito diferente. Se não houver essa confiança, corre o risco de o trabalho no campo ficar travado.
2. Apoio aos missionários. O sustento missionário inclui alimento, vestuário,
moradia, educação e saúde dele e da esposa e filhos. É necessário um estudo
sobre o padrão de vida do país para onde vai ser enviado o missionário, a fim
de que a igreja possa enviar o suficiente para o sustento dele.
Nem sempre as igrejas têm acesso a essas
informações, por isso existem inúmeras agências missionárias inter
denominacionais, espalhadas no Brasil e em todo o mundo, com o propósito de
orientar as igrejas.
CONCLUSÃO
Nossos dízimos e ofertas são uma maneira de reconhecermos a soberania de Deus
em nossa vida.
A vontade de Deus é a salvação dos perdidos da
terra (1 Tm 2.4). Para que essa meta seja alcançada, Deus conta com cada um de
seus filhos, com todos os seus dons e talentos.
O nosso apoio aos missionários deve ser a oração,
contribuição através da igreja ou de sua secretaria ou departamento de missões,
contato com eles por carta, telefone, Internet, etc.
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Nota: Extraído da Revista "Lições Bíblicas" Jovens e Adultos - Lições
do 3o. trimestre de 2000 / CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus.
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