OPORTUNIDADES PARA SE FAZER MISSÕES
TODOS PODEM FAZER MISSÕES
Por: Elaine Manzano
“Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que
complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus” (At 20.24).
I –
FAÇA MISSÕES SEM SAIR DE CASA
Quando
entendemos nosso papel de testemunhas, começamos a perceber as muitas
oportunidades que temos para servir ao Senhor. “Aproveitai as oportunidades”
(Cl 4.5).
1.
MINHA CASA, MEU CAMPO
As pessoas em
seu lar também precisam da salvação em Jesus. Mesmo que tenham nascido em um
lar cristão, precisam ser evangelizadas para caminhar com o Senhor, e você tem
o privilégio de aproximá-las cada vez mais do Pai.
a.
Preparando
Você já pensou
em preparar seus filhos para o campo missionário? Você pode plantar no coração
deles o amor por missões desde pequenos, contando histórias missionárias,
compartilhando a realidade dos povos sem Jesus e sem a palavra de Deus,
contribuindo com missões.
Em nossos dias
temos acesso a excelentes livros com biografias e histórias missionárias
contadas para o público infanto-juvenil. Você pode montar um cantinho especial
em sua casa, o “cantinho da oração”.
Coloque um
mapa do mundo com os países e marque o nome dos missionários nos locais onde
atuam. Seus pés podem nunca pisar em outro país, mas você pode alcançar o mundo
com seus joelhos, em oração.
Orem como
família, juntos; escrevam cartas aos missionários; estimule seus filhos a que
escrevam para crianças da mesma idade.
Não se esqueça de orar pelos amiguinhos de
seus filhos, que são o campo missionário deles.
Coloque
países, autoridades, famílias aos pés do Senhor. Clame a Deus por misericórdia.
Alcance
pessoas e nações do sofá da sua sala. Faça missões!
b.
Recebendo
Todo
missionário tem um período de visita às igrejas. Ofereça hospedagem, chame para
uma refeição. Você pode abençoar muito a família missionária, e sua família
será grandemente abençoada também.
É comum os
missionários voltarem do campo esgotados e cansados, precisando de amigos,
refúgio, cuidados e férias de verdade. Os que têm filhos precisam de tempo como
casal.
Enfim, os
missionários têm necessidades como todas as pessoas e, quando estão fora do
campo, precisam recarregar as forças emocionais e físicas, e renovar a visão.
Aproxime-se,
seja sensível. Abra seu coração e sua casa para acolher os que têm dado a vida
no campo missionário.
c.
Suprindo
Procure
conhecer as reais necessidades. Temos a ideia de que missionários só precisam
de dinheiro. O sustento financeiro é importante, mas não é tudo. Muitos
precisam de palavras de encorajamento, cartas, bons livros, bons louvores e,
com certeza, de oração. Você e sua família podem fazer muita diferença na vida
de missionários e respectivas famílias.
2.
MINHA CASA, CASA DE DEUS
Na igreja
primitiva, os cristãos entendiam que tudo o que tinham, inclusive as casas, era
para serviço ao Senhor. Os lares estavam sempre abertos para oração, comunhão e
refeições
(At 2.42-47).
A sua casa pode ser um local de refúgio para os vizinhos angustiados e corações
abatidos. Você pode abençoar muitos com estudos bíblicos, em pequenos grupos.
Gastamos muito tempo cuidando de coisas, mas o Senhor nos chama para cuidar de
pessoas. Por isso é preciso planejar, separar tempo, convidar pessoas e
investir em relacionamentos. Não precisa ser nada muito elaborado e nem caro. O
objetivo é desenvolver relacionamentos e estar aberto ao que Deus quer fazer.
Faça um bolo e
chame algumas vizinhas para um chá à tarde, leia um texto bíblico, compartilhe
sua fé; ouça os outros. Busque as pessoas. Quando a igreja primitiva tinha a
casa aberta, “acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que indo sendo salvos”
(At 2.47).
3.
MINHA CASA, MINHA VIDA, MEU TUDO
Para abordar
as necessidades do campo missionário, oferece-se ao cristão uma escolha entre
três opções: orar, ir ou contribuir. Mas a Bíblia não coloca essa divisão;
somos chamados a fazer as três coisas, e uma não exclui as outras! Se o nosso
coração estiver em missões, nossos joelhos estarão dobrados, nosso testemunho
alcançará pessoas e nosso bolso estará investindo no que é eterno! (Mt 6.19-21)
a.
Sobras para o Senhor?
Nossa cultura
tem o costume de dar para missões aquilo que não serve mais.
Com muita tristeza,
missionários recebem roupas rasgadas e completamente fora de moda, medicamentos
vencidos, brinquedos quebrados, livros rasgados e por aí afora.
A obra
missionária não deve ser feita com nossos restos, mas com aquilo que revela o
amor do Pai.
Em 1Crônicas
21.23-34, Davi se recusa a dar ao Senhor algo que não lhe custasse nada. Ele
queria pagar o preço, investir! Davi era generoso com as coisas de Deus, e o
povo seguiu seu exemplo, dando voluntariamente e liberalmente ao Senhor (2Cr
29.9).
b.
Dar é melhor que receber (At 20.35)
Esse não é o
estilo de vida do mundo, mas é o ensino do Senhor. É uma questão de mordomia:
tudo o que temos vem de Deus e deve ser usado para Sua glória! Só aprendemos
que dar é melhor quando começamos a dar, a dividir, a ofertar. Experimente e
veja o resultado!
Já
tinha parado para pensar que missões começa em casa? Consegue abrir as portas
de sua casa para servir os que estão servindo o Senhor nos confins da terra?
II –
EXPEDIÇÕES MISSIONÁRIAS
O modelo de
missões hoje é o de Missão Integral, que vê a pessoa em todas as suas
necessidades e abre portas para muitas opções de ministério.
CUIDADO: Ação
Social não é um pretexto para se pregar o Evangelho! Em muitos casos, a própria
pregação do Evangelho é a maneira de dizer “Deus te ama tanto que quer te
ajudar a viver melhor, diminuir teu sofrimento”.
Jesus nunca
disse ‘Deus te abençoe’ e foi embora. Ele curou os enfermos, libertou os
possessos, curou os aflitos, tratou suas dores (Lc 6.17-19). Ele nos deixou o
exemplo a seguir (1Pe 2.21).
Entre ser
missionário de tempo integral ou ficar na igreja, existe um leque de opções na
obra missionária.
1.
MISSÕES DE CURTO PRAZO
São expedições
missionárias que contam com voluntários cristãos disponíveis em períodos de uma
semana a um mês, como férias, por exemplo. Os voluntários se inscrevem e são
orientados quanto às tarefas que poderão executar. Esse modelo de missões
geralmente é um trabalho de impacto, em que se concentra muita atividade em
pouco tempo, e deve ter a retaguarda de uma igreja para o acompanhamento dos
convertidos e discipulado.
a.
Os pre-requisitos
Além do
compromisso com o Senhor, alguns requisitos são necessários. O voluntário ou
missionário estarão em culturas diferentes (mesmo dentro do seu país).
É preciso ter
disposição para se adaptar ao clima, à alimentação, às condições de hospedagem,
ao ritmo de trabalho, às estratégias de evangelismo.
É importante
verificar os cuidados de saúde para a região aonde vai, como vacinas, por
exemplo.
É necessário
respeitar a realidade que encontramos; não diminuir as pessoas; não fazer
piadas com as diferenças entre seu contexto e o do outro; estar disposto a
demonstrar amor, apesar das diferenças!
b.
As expectativas
O perfil dos
voluntários em missões de curto prazo é bem variável. Apesar de todas as
orientações, não é raro encontrar aqueles que chegam mais interessados em
conhecer novos lugares do que pregar o evangelho.
Outros acham
que é algo como retiro da igreja, acampamento. Outros ainda acham que são algum
tipo de super-herói cristão, um Indiana Jones missionário.
As motivações
podem ser diferentes, mas é certo que Deus trabalha em todos os lados: nas
pessoas que recebem a atenção e nas que se dispõem a servir. Em cada vida Deus
tem algo pessoal a fazer, e Ele faz!
c.
As limitações
É muito comum
ser invadido por um sentimento de frustração frente às limitações. Temos a
impressão que podemos fazer tão pouco ou quase nada, diante de tantos problemas
sociais, econômicos, familiares, espirituais.
Nesses
momentos, levante os olhos, olhe para o Senhor e creia que Deus pode e usa o
seu pouco para alcançar e abençoar o outro. O pouco aos seus olhos, colocado
nas mãos do Pai, se transforma em muito.
d.
As diferenças
Pode ser um
grande desafio conviver e trabalhar ao lado de irmãos de outras igrejas,
denominações, estados ou países. No início, as diferenças podem parecer uma
barreira, mas se dermos liberdade à ação do Senhor, Ele pode nos dar o senso de
unidade necessário e usar nossas diferenças a favor de Sua obra.
e. O
retorno
Voltar à
rotina nem sempre é fácil. Você ganha nova visão dos objetivos de vida, das
bênçãos infinitas do Pai, da sua responsabilidade como cidadão e cristão. Não
guarde tudo num álbum de fotos. Compartilhe o que viu, ouviu, viveu. Conte na
sua casa, na igreja, conte no trabalho, na escola. Sua tarefa em favor das
pessoas que conheceu não terminou!
f.
Os frutos
Gostamos de
números, queremos ver mãos levantadas. Mas os frutos competem ao Senhor; a
nossa parte é lançar a semente. Muitas vezes Ele nos deixa ver alguns frutos
para não desanimarmos. Um planta, um rega, outro colhe, mas o crescimento vem
de Deus! (1Co 3.6-7)
2.
PROFISSIONAIS E MISSÕES
Existe uma
grande carência de profissionais que possam, por meio da profissão, demonstrar
o grande amor do Senhor, cuidando do corpo, da mente e da qualidade de vida das
pessoas. Em muitos países fechados à entrada de missionários, os profissionais
cristãos são instrumentos preciosos.
a.
Assistência direta
Acontece
quando a ação do profissional cristão atende a uma necessidade específica e
pessoal, por exemplo: assistência médica, dentária, emissão de documentos,
advocacia de pequenas causas, construção de casas, alfabetização, reforço
escolar e tantas outras.
b.
Assistência indireta/capacitação
Quando o profissional
participa na capacitação da pessoa, viabilizando a oportunidade de renda ou
melhor qualidade de vida, por exemplo: curso de corte e costura, manicure,
cabeleireiro(a), manejos agrícolas, criação de abelhas, hortas, culinária,
artesanato, inclusão digital (informática) e outras.
c. A
diferença
Assistência social por si só não é evangelismo. Muitas ONGs e entidades
humanitárias fazem uma boa assistência social. A diferença na ação cristã é que
além da ação tem a evangelização.
O cristão não
apenas atende as pessoas com amor (chama as pessoas pelo nome, olha nos olhos,
senta-se junto, interessa-se, relaciona-se, etc.), mas também anuncia que
Cristo morreu pelos nossos pecados (1Co 15.3-4).
d.
Um exemplo
Em algumas
organizações missionárias, por exemplo, como a missão Asas de Socorro, existem
equipes com profissionais de saúde voluntários e cristãos de todas as partes do
Brasil. Eles saem de sua cidade e chegam a uma de nossas bases na Região Norte.
Com barco ou avião, as equipes chegam às comunidades ribeirinhas ou indígenas,
isoladas e carentes. Montam os consultórios médicos, dentários e farmácia.
Realizam as consultas e atividades de educação em saúde.
A
infraestrutura é simples: dormem em redes, tomam banho em rio, comem na
comunidade. Durante o atendimento, evangelistas trabalham com crianças a
adultos e à noites, temos cultos evangelísticos.
O testemunho
dos profissionais fala alto, pois deixam seu conforto e trabalham duro, sem
ganhar dinheiro. Voltam cansados, mas muito animados com o que viveram e
receberam do Senhor.
e.
Opções
Outros
ministérios funcionam como braços da igreja, atendendo a grupos específicos de
pessoas, como: Mocidade Para Cristo, ABU (Aliança Bíblica Universitária), Mães
que Oram, Sopão, Capelania Hospitalar, ações em presídios, e outros. Em
situações de desastres naturais, como enchentes e desabamentos, a mobilização
da igreja tem feito muita diferença.
Temos
muitas opções e muito que fazer. Pedimos que o Senhor mande trabalhadores para
a Sua seara (Lc 0.2). Você está disposto a ir e fazer?
CONCLUSÃO
Deus procura
corações obedientes e dispostos a ficar em Suas mãos. Os grandes movimentos
missionários começaram com poucas pessoas, pequenos grupos reunidos em oração,
que tinham em comum o desejo de cumprir a vontade do Pai.
Faça o que
está ao seu alcance. Comece em sua casa. Mantenha o coração disponível ao
Senhor. Dê passos, busque envolver-se. Você verá as maravilhas do Senhor! Não
há privilégio maior!
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Fonte:Ultimato
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