SAIBA MAIS SOBRE O MISSIONÁRIO CHARLES STTUD

 



  CHARLES T. STUDD  

O ATLETA QUE PERDEU PARA GANHAR

 

Um dos fortes movimentos missionários que causou muito impacto no mundo, no século XIX, foi o movimento jovem – Movimento Voluntário Estudantil, que nasceu em 1886, nos EUA. Esse movimento missionário durou cerca de 50 anos e enviou cerca de 20.500 estudantes para o campo missionário estrangeiro. Concentrou-se na China, Índia e África.

O que inspirou a criação desse movimento estudantil foi o fato de sete jovens da Universidade de Cambridge terem feito um pacto de sacrificar tudo o que tinham para se entregar ao trabalho missionário na China. C. T. Studd é considerado o mais famoso de todos os estudantes voluntários ao campo missionário. Era ele filho de pai abastado e possuidor de uma grande fortuna, além de ser um destacado atleta universitário.

Recebeu do pai uma parcela de sua grande fortuna, quando fez 25 anos, já na China, e decidiu doar toda ela para Cristo. Doou parte para o Instituto Bíblico de Moody; parte para o orfanato de George Müller, Inglaterra. Reservou parte para sua noiva Priscilla Stewart e, no dia do casamento, quando ele estendeu a mão para lhe entregar o valor, ela lhe perguntou: “O que o Senhor mandou o jovem rico fazer?” Ele lhe disse: “vende tudo”. Ela disse: “Então vamos começar só com o Senhor no dia de nosso casamento”. Então doaram tudo para a obra do Senhor.

Foi muito difícil o trabalho dele na China entre os viciados em ópio. Passaram muita escassez financeira. Ficou lá até 1894, uma década, mas devido aos problemas de saúde retornou para a Inglaterra. Lá tornou-se um missionário itinerante, realizando conferências missionárias, como também nos Estados Unidos, para o despertamento de jovens, a fim de se envolverem com o MVE. Centenas se envolveram com o trabalho missionário.

Em 1900, Studd se mudou com a família para a Índia e ali permaneceu seis anos, pregando aos agricultores. Devido à má saúde, retornou novamente à Inglaterra e para as conferências; todavia seu coração estava inquieto. Ao ver um aviso numa porta com os seguintes dizeres: “Canibais Querem Missionários”, o curso de sua vida mudou totalmente. Soube que na África Central havia milhares de tribos que jamais tinham tido o privilégio de ouvir o evangelho. Decidiu ir para o continente africano, mesmo que sua saúde e a de sua esposa estivessem péssimas.

Sem dinheiro, reprovado pelo médico, abandonado por um grupo de empresários que concordaram em apoiá-lo, mas convicto quanto ao chamado de Deus para ir, mais uma vez Studd apostou tudo na obediência a Deus. Sua resposta ao grupo de empresários foi: “Senhores, Deus me chamou para ir e eu vou. Vou abrir o caminho, mesmo que minha sepultura se torne apenas um trampolim para que os mais jovens possam seguir”.

Deixando sua esposa e mais quatro filhos na Inglaterra, Studd rumou para o coração da África em 1910, até o ano de sua morte em 1931. C. Studd colheu muitos frutos para o Salvador enquanto permaneceu na África; perdeu a maioria de seus dentes e sofreu vários ataques cardíacos; enfrentou muitas durezas lá.

Numa carta que escreveu à família, Studd deu a seguinte retrospectiva de alguns eventos marcantes de sua vida: 

“Como creio que minha partida deste mundo está se aproximando, tenho algumas coisas para nelas me alegrar. São estas:

1. Que Deus me chamou para a China e eu fui, apesar da grande oposição de todos os meus queridos;

2. Que fiz exatamente o que Cristo disse para o jovem rico fazer;

3. Que eu, ouvindo prontamente ao chamado de Deus, ao me ver sozinho no navio Bibby em 1910, me entreguei totalmente a este trabalho, que era para ser, doravante, não apenas para o Sudão, mas para todo o mundo não evangelizado. Minha única alegria é a de que quando Deus me confiava uma obra para realizar, jamais a recusava”.

Em julho de 1931, logo após as 22:30, Charles Studd foi para os braços de seu Senhor, a quem havia amado de forma tão terna e servido tão fielmente. A última palavra que pronunciou foi “Aleluia!”.

Rev. José João de Paula

 

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