ENVIO DE MISSIONÁRIOS

 



A IGREJA LOCAL E O ENVIO DE MISSIONÁRIOS

 

Igreja Local é a mãe que dá seus filhos para a Obra, mas que deve, sob pena de perder muito, cuidar deles com sabedoria. Este é um ponto de grande importância em nossos dias. Devemos cuidar dos nossos missionários como filhos que nascem nas Igrejas, pois são vidas que foram alcançadas pelo Evangelho de Cristo, ali cresceram e foram chamadas pelo Senhor. Este é o primeiro entendimento. 

O RECRUTAMENTO

Por recrutamento entendemos a ação da igreja em receber os que Deus já direcionou para o trabalho missionário. Podemos dizer que o recrutamento exige um cuidado muito grande por parte da Igreja local. Quando temos uma pessoa, ou casal, membros da igreja, que querem dedicar tempo completo para o Senhor, que devemos fazer? 

Ao depararmos com um candidato a Missões. Precisamos observar algumas qualificações necessárias: 

1. O CANDIDATO DEVERÁ SER UM CRENTE COM VIVÊNCIA APRECIÁVEL NA VIDA CRISTà

a)  Candidato sem preparo formal

 

Este está se candidatando a um tempo de treinamento numa Escola Teológica. Muito bem, mas que maturidade o tem para enfrentar as adversidades comuns desta época? Sem maturidade, estes jovens sofrem e, muitas vezes, abandonam todo o treinamento.

A Igreja precisa definir um preparo “não formal” antes de enviá-lo a uma Escola Teológica. Este preparo deve ser aplicado pelo Conselho de Missões e supervisionado pelo Pastor ou por um líder capacitado para tal, havendo um processo de avaliação sério, quanto ao chamado recebido. Muitos se candidatam por um estímulo emocional! Isto é um perigo. Vamos checar as informações dadas pelo candidato, sem medo de estar pecando. Pecado é crer em tudo, sem sabedoria e discernimento, pois poderemos estar cooperando com a destruição de um ministério futuro.

 

b)  Candidato com preparo formal 

Estes já passaram por uma Escola e se apresentam a igreja para o trabalho propriamente dito. Bem, a igreja precisa procurar saber seu empenho durante o tempo de treinamento, seu testemunho na Escola, seu envolvimento com a prática ministerial etc. 

Um candidato já preparado formalmente precisa ser avaliado, também, quanto ao seu preparo espiritual, seu caráter, sua seriedade no trabalho etc. Não devemos presumir que um preparo formal já concedeu o suficiente para o futuro missionário. 

2. O CANDIDATO DEVERÁ TER SUFICIENTE MINISTÉRIO NA IGREJA LOCAL 

Quem verdadeiramente envia o obreiro é a Igreja. Quem avalia a vida e o trabalho do missionário é a Igreja Local. Foi o que aconteceu em Atos dos Apóstolos 13, vemos Saulo e Barnabé sendo enviados pela igreja de Antioquia. Eles eram os mais capacitados dentre a equipe pastoral, e a Igreja, reconhecendo o ministério de ambos, enviou-os sem medo! Havia confiança para tal procedimento. 

3.  O CANDIDATO DEVERÁ ESTAR SUBMISSO ÀS DECISÕES DO CONSELHO MISSIONÁRIO 

A Igreja precisa entender que não é uma Agência de Turismo, pronta para satisfazer os desejos das pessoas. É necessário que o Conselho Missionário tenha estratégias bem claras, como, por exemplo: nações não alcançadas, definição dos povos e países a serem alcançados, dentro de certas áreas (Ex: Janela 10/40), e priorizá-las. Se um candidato não se encaixa nas estratégias da Igreja, poderá haver um consenso sobre o assunto, até se entender uma mudança de planos. 

4.   O CANDIDATO AO CAMPO DEVE SER ALGUÉM QUE NÃO TENHA MEDO DE SE PREPARAR ADEQUADAMENTE 

Alguns candidatos desejam ir para o campo o mais rápido possível e se rebelam contra qualquer um que aconselhe um treinamento mais prolongado. Por que sair correndo? Poderemos, com um bom preparo, ganhar alguns anos no campo; mas, sem ele, certamente iremos perder muito mais.

Quanto casos de missionários frustrados, despreparados cultural e linguisticamente e que acabam por “queimar” todo trabalho outrora iniciado? 

5.  O CANDIDATO PRECISA SER ALGUÉM QUE SAIBA OUVIR E ESTEJA SEMPRE PRONTO A APRENDER 

O candidato precisa ser avaliado, quanto à facilidade com que aprende, sua humildade diante dos que o estão ensinando. Os que demonstram soberba e egocentrismo precisam ficar de fora! Não há lugar para os que se posicionam independentes de liderança e ensino adequado! Como fará no campo, diante de uma liderança local? 

6.  O MISSIONÁRIO DEVE TRAZER PLANOS BEM DEFINIDOS, QUANTO AO SEU ENVOLVIMENTO COM MISSÕES 

Muitas igrejas tem ficado à margem do processo missionário, no que diz respeito ao conhecimento das atividades a serem desenvolvidas pelo obreiro no campo missionário. Não é importante apenas conhecermos o obreiro e o país destinatário. Precisamos envolver-nos no trabalho missionário como um todo. Vejamos por quê:

 

a)  O sustento não envolve apenas salário

 

Um trabalho sério leva em consideração todo um projeto de atuação no campo. Pode haver a necessidade de veículo, material de trabalho, ajuda de nacionais, viagens, seguro médico etc. A igreja precisa acompanhar tudo isto e o missionário precisa falar, sem medo, de suas necessidades!

 

Não pode haver insegurança quando um obreiro apresenta seus planos, alguns, já iniciam a conversa sobre seu sustento como um perdedor, como alguém que não vai conseguir ajuda! Por que esta síndrome de miséria?

 

b)  Um trabalho missionário não envolve apenas plantar igrejas.

 

Podemos enviar missionários que irão ficar em posição de apoio? É certo mandarmos para o campo uma pessoa que irá cooperar na área financeira de uma Missão?

Plantar igrejas, é claro, é a área mais determinante de um trabalho missionário; mas não é só isto. Há lugares em que precisamos de pilotos de avião, mecânicos, construtores, médicos, enfermeiros, etc.

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