MISSIONÁRIO SOLTEIRO E SUEUS DESAFIOS NO CAMPO
O
MISSIONÁRIO SOLTEIRO E SUAS PARTICULARIDADES
Certamente,
vários itens mencionados anteriormente serão válidos igualmente para o
missionário (a) solteiro (a). Entretanto, podemos alistar alguns aspectos mais
pertinentes aos solteiros.
A
história de Missões tem demonstrado que muitos possuem o dom do celibato ou uma
disposição nata para um ministério solo. Entretanto, faz-se de suma importância
uma reflexão madura sobre esta área tão sensível. Apaixonar-se no campo por um
colega de campo, não raro acontece e os resultados são muito positivos.
Mas
dissabores podem ocorrer quando um relacionamento sentimental não resolvido foi
deixado para trás, uma carência afetiva profunda se viu à mercê de uma paixão
inadequada (ex: por um estrangeiro não crente), e mesmo se for por um colega,
este tiver um chamado bem diferente, e neste caso, um dos dois terá que abdicar
de sua missão particular.
O
missionário solteiro (a) deve ter no coração uma convicção forte do sentido de
sua vida e existência. Deixar tudo para trás sem uma forte reflexão e
compreensão do porque e para que da decisão de investir seu futuro na obra
missionária pode redundar em muito sofrimento e fracasso, tanto espiritual
quanto ministerial.
Missionários
solteiros (as) que não possuem família crente precisam de maior respaldo em
todos os sentidos: emocional, espiritual, relacional
e Igualmente cabe ao missionário estar ciente e deixar os
familiares cientes dos possíveis custos inclusos na missão que
irá abraçar.
Em alguns campos
missionários, a probabilidade de enfermidades graves e mesmo
de perseguição e morte, é bem elevada.
Em certas situações os
progenitores do missionário, já velhinhos/ enfermos e dependentes,
precisarão de apoio constante e cabe ao mesmo organizar,
com a igreja e mantenedores, uma rede de ajuda e auxílio aos pais.
O futuro missionário deve levar em conta desde cedo a probabilidade de vir de previdência (INSS/seguro, etc.), que lhe permita ter meios de subsistência no futuro. Neste âmbito, luma moradia própria deve ser levada em consideração.
Devido a imprevisibilidade da vida, por causa das
fraquezas e limitações mantenedores, quando, após um tempo no campo, ele
concluir que não se enquadra naquele habitat e ministério. A salvação e o
chamado para servir antecedem a ida para o campo e não são invalidados por uma
experiência frustrante no mesmo.
Ademais,
a não adaptação num determinado campo pode abrir espaço para um serviço
missionário mais efetivo e prazeroso em outro. A história de missões revela que
alguns missionários não acertaram na primeira tentativa, mas foi bênção mais
tarde.
O
missionário solteiro precisará sempre de alguns amigos mais próximos pessoas maduras, com as quais poderá se
descontrair, se divertir e desabafar nos momentos necessários. Fica evidente
que, com os amigos nacionais, haverá certas precauções a serem tomadas no que
tange a hábitos e costumes isso para evitar mal entendidos e fofocas
desnecessárias.
As
mesmo tempo, quando possível, um mentor espiritual confiável ajudará deve estar
na categoria acima, para possibilitar, a plena neutralidade emocional e
espiritual ao mentor, a fim de exercer sua função eficazmente.
O missionário solteiro com mais tempo para se dedicar ao trabalho, uma carga mais pesada, em particular, quando têm filhos. Em paralelo, o solteiro deve tomar cuidado com a síndrome messiânica (trabalhar sem descanso e lazer algum), pois assim ele entrará em stress e abatimento desnecessários e causará bastante dissabor e mal estar tanto aos seus colegas quanto aos irmãos nacionais.
Ele deve também entender que cada um tem seu ritmo e jeito particular de servir a Cristo. Ativismo e esgotamento, quando feitos obsessivamente, não glorificam a Deus, e fazem mal à saúde e aos outros.
Por fim, o missionário solteiro deve
amar e aceitar seus colegas tanto particularidades. De certa maneira, uma
equipe missionária compõe um casamento entre seis ou dez pessoas. A convivência
precisa de um compromisso e aliança de amor, graça, humildade e misericórdia,
onde haja espaço para perdão e reconciliação. As diferenças são naturais e
devem ser tratadas através do amor de Cristo, para sua glória.
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