DESAFIOS NO CAMPO MISSIONÁRIO
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DESAFIOS CONSIDERÁVEIS PARA O MISSIONÁRIO DE HOJE
Alguma vez você já parou para pensar como é imenso
desafio das missões mundiais? Quero dizer, realmente tratou de compreender o
propósito geral e o objetivo final das missões?
Quando se considera tudo o que entra nesta
grandiosa tarefa, é que nos damos conta de que, as missões mundiais são algumas
das tarefas mais difíceis do planeta. Permitam-me explicar brevemente os cinco
desafios que os missionários enfrentam com freqüência.
1. SACRIFÍCIO
As missões mundiais requerem uma enorme e
inevitável dose de sacrifício para o enviador e para os enviados. No livro de
Atos, a igreja em Antioquia, sob a orientação do Espírito, enviou os primeiros
missionários (Atos 13: 1-4).
Pode-se imaginar a sensação de sacrifício que
sentiram os anciãos em Antioquia enquanto jejuavam, oravam e impunham as mãos
sobre Barnabé e Paulo, antes de enviá-los nessa primeira viagem missionária.
Além disso, a realidade é a mesma, talvez até mais
crítica, para aqueles que são enviados hoje como missionários.
Deixar para trás a família, os amigos, a identidade
vocacional, o ambiente familiar e, em alguns casos, as conveniências modernas
para cruzar barreiras geográficas, culturais e/ou lingüísticas, pode ser
extremadamente desafiante.
Portanto, a sensação de sacrifício tanto para o
enviador como para o enviado é digna de menção extraordinária.
2. CONTEXTO ESTRANGEIRO
Como se deixar a família, os amigos e o ambiente
familiar não fossem suficientemente desafiantes, os missionários são, com freqüência,
enviados a um contexto e a uma cultura completamente estranhos e desconhecidas.
Aqui há una breve lista de alguns dos assuntos comuns, que surgem imediatamente
após o missionário entrar em um novo lugar.
§ Está
perdido em termos de direção (esforça-se para encontrar seu caminho!).
§ Está
mentalmente esgotado, tratando de conduzir sua vida em um novo contexto (nada é
familiar ou simples).
§ Está
sendo bombardeado com novos sabores, sons e odores.
§ É
vulnerável como um estranho e luta para saber em quem confiar.
§ Faltam
a ele amizades significativas e luta com seu lugar de pertencimento.
Os exemplos anteriores capturam somente alguns dos
muitos desafios associados à vida em um contexto intercultural. Não se pode
subestimar a sensação de perda que resulta por deixar um ambiente familiar
constituído para entrar em um contexto estrangeiro.
Sentir-se perdido, confundido e inquieto são
emoções reais para os missionários, à medida que se movem para um contexto
estrangeiro.
3. APRENDIZAGEM DE
IDIOMAS
Muitos de nós temos como certa nossa capacidade de
nos comunicarmos em um idioma comum. Na maioria dos contextos do mundo, os
missionários não podem comunicar-se em sua chegada. Imagine o desafio de não
poder expressar seus pensamentos ou idéias de maneira verbal aos que o rodeiam!
Além disso, a linguagem é muito mais que uma mera
expressão verbal. A linguagem também abriga idéais e práticas culturais.
Portanto, aqueles que não possuem fluidez na linguagem perdem os sinais
culturais e lutam para compreender adequadamente toda a comunicação não verbal
que está ocorrendo a seu redor.
A aprendizagem de idiomas requer um tempo e uma
prática muito intencional. Em alguns contextos, a aprendizagem de idiomas em
tempo integral é necessária durante dois ou três anos antes que alguém seja
realmente capaz de se comunicar bem em um novo contexto.
Deixe essa realidade afundar por um momento. As
pessoas competentes e inteligentes, com freqüência, passam vários anos tratando
de aprender a falar e a se comunicar em um novo contexto. A aprendizagem de
idiomas é sempre um grande obstáculo.
4. COSMOVISÃO – VIISÃO
DE MUNDO - (REALIDADES FÍSICAS E ESPIRITUAIS)
Talvez o desafio mais difícil de todos na missão,
seja a inevitável cosmovisão, que se produz cada vez que os missionários tentam
compartilhar o evangelho de Cristo.
O apóstolo Paulo lembrou aos cristãos em Éfeso que
“Porque
a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal, nas regiões celestiais” (Efésios 6:12).
Cada vez que o evangelho de Cristo é apresentado em
um mercado asiático, em um deserto africano ou em um café europeu, se produz um
choque de visões de mundo.
O missionário, o enviado de uma igreja local como
embaixador de Cristo, apresenta a verdade eterna que inevitavelmente entra em
choque com os mitos, as mentiras e a cosmovisão predominante daqueles inseridos
na cultura receptora.
O choque de visão de mundo se manifesta de várias
maneiras. Às vezes, os corações e os ouvidos dos ouvintes estão fechados para a
verdade. Outras vezes, as pessoas se agitarão e se irritarão pela verdade que o
missionário compartilha.
Às vezes, porém, os corações das pessoas se
suavizam e o Espírito Santo se move e trabalha de uma maneira única, na medida
em que se desenvolve a narração do Evangelho. Em tudo, deve-se recordar que há
uma verdadeira batalha espiritual que tem lugar cada vez que se proclama o
evangelho. Ao final, o objetivo deste choque cultural é uma mudança fundamental
no pensamento e na vida.
Reconhecer a crença no evangelho em muitas partes
do mundo significa uma rejeição do que se tem crido e praticado durante
milhares de anos em alguns contextos.
Abraçar o evangelho costuma ser percebido pela comunidade
circundante como aceitação de uma religião estrangeira (em geral com uma
bagagem histórica) e uma linha de pensamento que não se encaixa ou tem sentido
em sua cosmovisão particular.
O choque da visão de mundo apresenta una variedade
de desafios e obstáculos significativos para o trabalho missionário.
5. DESAFIOS AMBIENTAIS
Além dos muitos desafios graves já mencionados,
estão os desafios sempre presentes de saúde, clima e geografia.
Muitos missionários enfrentam graves problemas de
saúde, que impactam negativamente e criam dificuldades para seu trabalho. Em
alguns casos, as enfermidades e os problemas de saúde podem ser tão graves que
os missionários se vêm obrigados a regressar para suas casas.
Alguns missionários lutam para morar e ministrar em
contextos de clima intenso e em lugares que apresentam desafios geográficos
únicos. Os desertos, as florestas, as montanhas e as ilhas possuem obstáculos
climáticos e geográficos inerentes ao esforço missionário.
DIFICULDADES EXTREMAS
COM UMA ESPERANÇA DURADORA
Basta dizer que as missões globais são talvez
alguns dos trabalhos mais difíceis do planeta. Há inúmeros desafios e
dificuldades relacionadas com a realização da tarefa missionária, mas essas
dificuldades podem ser vencidas com uma esperança duradoura.
Frente a todas as dificuldades mencionadas
anteriormente, os missionários são lembrados de que a única esperança que têm
se encontra em Cristo e em sua obra providencial e soberana no mundo. A tarefa
missionária, por todos os motivos mencionados anteriormente, é impossível a
partir de uma perspectiva humana.
A boa notícia é que nosso Deus não atua e trabalha
dentro das limitações humanas. Ele é todo-poderoso, sabe de tudo e está
presente em todas as partes. Ele tem o poder e a capacidade de alterar
corações, mudar mentes e transformar vidas.
Esse reconhecimento e
realidade muda tudo e dá aos missionários e às igrejas uma esperança duradora
que lhes permite persistir e perseverar, na medida em que dão seu tempo,
energia e vidas ao trabalho mais difícil do planeta.
Paul Akin é líder da equipe de avaliação e
implementação na IMB.
Fonte: International Mission Board
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