O ESPÍRITO SANTO E MISSÕES NA IGREJA PRIMITIVA
O ESPÍRITO SANTO E MISSÕES NA IGREJA
PRIMITIVA
O período em que a igreja cristã
viveu seu maior crescimento foi o do primeiro século de nossa era. Ali começou
o movimento de missões.
Os oito primeiros capítulos do livro de Atos dos Apóstolos explicam a razão
desse crescimento. Os discípulos deveriam estar revestidos de poder, v. 4,
antes de sair para alcançar as nações com o Evangelho.
Em Atos 1: 8
encontramos a base e a amplitude do plano de Deus para que a igreja executasse
missões. Focalizaremos neste artigo a igreja primitiva e a obra missionária.
I - A IGREJA ESTABELECIDA EM JERUSALÉM, Atos 1 a 6
A igreja
nasceu em Jerusalém e seus membros se estruturaram para dar continuidade à obra
de Jesus. Assim, três aspectos foram observados por essa
igreja:
a) VISÃO
MUNDIAL, At 1 - O desafio de Jesus é global, v. 8, e
não existe distinção entre missões mundiais, nacionais ou evangelismo local.
Todos são vitais e um não pode excluir o outro. Tudo faz parte da grande
comissão, Mt 28: 18-20.
A partir de então, tornou-se claro para os discípulos que o
movimento da igreja não deveria ser apenas em Jerusalém, mas também fora de
seus limites.
b) PODER, At
2 - A incumbência que Jesus havia dado aos discípulos de
levar o evangelho ao mundo inteiro parecia uma tarefa difícil. E, de fato,
teria sido, se o derramar do Espírito Santo não tivesse acontecido, At 2: 1-3.
Em poucos dias, aquele grupo de cento e vinte pessoas tornou-se uma multidão de
salvos, At 2: 41; 4: 4 e 5: 14.
c) ENVOLVIMENTO
TOTAL, At 5 e 6 - A igreja de Jerusalém era uma família, de modo que
as necessidades de cada irmão eram supridas e havia cooperação de todos os
membros para ajudar os apóstolos, At 6: 1-3. Instituíram o diaconato,
escolhendo para tal função homens que deveriam possuir três requisitos básicos:
bom testemunho (aspecto social), serem cheios do Espírito Santo (aspecto
espiritual) e de sabedoria (aspecto intelectual). Para os apóstolos ficaram
reservadas a prática da oração e da pregação da Palavra, At 6: 4.
Toda a igreja era, então, completamente envolvida com a
obra de Deus.
II - A IGREJA ESPALHADA, At 7 a 12
A perseguição
foi o instrumento usado por Deus para desaglutinar a igreja de Jerusalém e
alcançar outros povos.
a) JERUSALÉM
E JUDEIA - A igreja inicialmente se concentrou em Jerusalém.
Entretanto, Deus estava firme em seu propósito de levar a bênção do Evangelho
às outras regiões e, por fim, a todas as nações. Ocorreu então que, com a
perseguição vinda diretamente contra a igreja de Jerusalém, os que foram
dispersos começaram a pregar em toda parte por onde passavam, At 8: 1, 4 e 5:
11, 19, 20 e 13: 46, 47. Com a morte de Estêvão, At 6 e 7, as testemunhas de
Jesus foram espalhadas.
b) SAMARIA - Felipe prega em Samaria, At 8: 4-8, e em missão
transcultural prega ao etíope, um alto oficial da rainha de Candace, que crê e
pede para ser batizado naquele mesmo dia, At 8: 26, 28-36 e 39. A história
indica que aquele etíope pode ter preparado o caminho para o posterior
estabelecimento de milhares de igrejas no longínquo vale do Nilo, na África.
c) GENTIO
ROMANO - Pedro prega para Cornélio, um centurião romano. Foi
difícil para Pedro, ainda que cheio do Espírito Santo, aceitar a conversão de
um gentio. Mas, após uma visão, entendeu que Deus não faz acepção de pessoas,
At 10: 9, 23, 34 e 35
d) “ATÉ OS
CONFINS DA TERRA” - Saulo, escolhido por Deus para
levar a mensagem aos gentios, At 9: 15, 16, cumpre com êxito a sua tarefa. Em
pouco mais de dez anos, e em três viagens missionárias, ele estabelece a igreja
em quatro províncias do Império Romano: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia, At
13: 2, 14: 28, 15: 40, 18: 23 e 21: 17.
III
- A IGREJA ENVIANDO, At 13 e 14
A expressão
“...até os confins da terra” já não parecia uma utopia; tornou-se realidade. A
Igreja de Antioquia foi a primeira no envio de missionários. Podemos aprender
muito através de seu exemplo:
a) COLABORAÇÃO,
At 13: 1-3 - Em Antioquia, temos o verdadeiro início de missões.
Naquela igreja havia profetas e mestres: Lúcio de Cirene, Simão Níger, Manaém,
Saulo e Barnabé, v. 1. Nenhum deles era natural de Antioquia; todos eram
estrangeiros. Numa reunião de oração, em Antioquia, quando a igreja estava
orando e jejuando, Deus separou dois deles para a obra missionária. Os três que
ficaram podem ser chamados de colaboradores. Eles representam a igreja que
ficou na retaguarda. Os dois que foram enviados representam os missionários.
Notemos que eles foram enviados por Deus e pela igreja, vv. 2 e 3.
b) COMUNICAÇÃO,
At 14: 27, 28 - Paulo e Barnabé seguem em frente, sempre dando
relatórios de seu trabalho à igreja que ficou na retaguarda, orando e
sustentando-os com suas ofertas. Por onde passaram, deixaram a semente da
Palavra e outros irmãos foram também chamados a colaborar. Assim, a obra
cresceu ao ponto de Paulo poder dizer que o evangelho fora pregado a toda a
criatura debaixo do céu, Cl 1: 23.
Concluindo,
veja o valor da tarefa evangelizadora assumida pela igreja primitiva e a
importância de manter bem informados daquilo que estão realizando tanto os
irmãos que sustentam os missionários como as igrejas e entidades que os enviaram.
É pregando o Evangelho que vamos alargando as fronteiras do Reino de Deus e
arrancando vidas das mãos do diabo.
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Fonte:
Revista de Estudos
Bíblicos Aleluia
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