GANHADORES DE ALMAS
GANHADORES
DE ALMAS QUE ORAM, POR ALMAS
“Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. (Tiago 5:16).
Todos os
grandes ganhadores de almas foram pessoas de muita oração e de oração poderosa,
e todos os grandes avivamentos foram precedidos e levados a cabo pela
perseverança daqueles que prevaleciam em oração, de joelhos, sozinhos no quarto
com Deus.
Antes que
Jesus começasse Seu ministério, quando grandes multidões O seguiam, Ele passou
quarenta dias e noites a sós com Deus em oração e em jejum (Mateus
4:01 a 11).
Paulo orava
sem cessar. Dia e noite suas orações, súplicas e intercessões subiam a Deus (Atos
16:25; Filipenses 1:03 a 11; Colossenses 1:03, 09 a 11).
O batismo
pentecostal do Espírito e as três mil conversões em um dia foram precedidos por
dez dias de oração, louvor, sondagem do coração diante de Deus e estudo das
Escrituras. Depois disto continuaram orando, e num outro dia, cinco mil se
converteram, e “muitíssimos
sacerdotes obedeciam à fé” (Atos
2:04 a 06; 4:04; 6:04 a 07).
Lutero
costumava orar três horas por dia e com isso quebrou o feitiço de séculos e
colocou as nações cativas em liberdade.
John Knox
costumava passar noites em oração clamando a Deus dizendo: “Dá-me
a Escócia senão eu morro!” – e Deus lhe deu a Escócia.
Baxter manchou
as paredes do seu gabinete com o hálito da oração, e enviou uma maré de
salvação por toda aquela terra.
Inúmeras
vezes, o Sr. Wesley em seu diário, (que só perde para o livro de Atos dos
Apóstolos em termos de leitura interessante e viva), nos fala de noites
inteiras e metades de noites de oração, em que Deus se aproximava e abençoava
pessoas além da expectativa; desta forma ele e seus cooperadores foram
capacitados para resgatar a Inglaterra do paganismo e para enviar um avivamento
de religião pura e agressiva através de toda a terra.
David Brainerd
costumava deitar- se no chão gelado à noite, envolto em uma pele de urso,
cuspindo sangue, e clamando a Deus para salvar os índios. Deus o ouviu,
converteu e santificou aquelas pobres, ignorantes, briguentas e bêbadas
criaturas pagãs aos milhares.
Na noite
anterior ao maravilhoso sermão de Jonathan Edwards que deu início ao avivamento
que sacudiu grandemente a Nova Inglaterra, ele e alguns outros passaram a noite
em oração.
Um jovem
chamado Livingston, na Escócia, foi escolhido para pregar em uma das grandes assembleias.
Sentindo sua própria fraqueza ele passou a noite em oração e no dia seguinte
pregou um sermão onde quinhentas pessoas se converteram. Glória a Deus! Oh,
Senhor, levanta pessoas de oração!
O Sr. Finney
costumava orar até que comunidades inteiras fossem tocadas pelo Espírito de
Deus e os homens não pudessem mais resistir à poderosa influência. Certa vez
ele ficou tão abatido pelo seus trabalhos que seus amigos o enviaram ao Mar
Mediterrâneo para descansar.
Mas ele estava tão preocupado com a salvação dos homens que não conseguiu descansar e, na sua volta, entrou em agonia de alma orando pela evangelização do mundo. Por fim, a sinceridade e a agonia de sua alma se tornaram tão grandes que ele orava o dia todo, e só parava à noite quando recebia uma segurança profunda de que Deus efetuaria a obra.
Ao chegar a
Nova Iorque ele pregou suas “Palestras de Avivamento” que foram
publicadas no seu país e no estrangeiro e resultaram em avivamentos por todo o
mundo.
Havia um jovem
evangelista nos Estados Unidos que foi salvo, por Deus. Em todo lugar que ele
ia um “avivamento furacão” tomava conta do
lugar e centenas de pessoas se convertiam. Eu queria saber onde estava o
segredo do seu poder até que uma senhora em cuja casa ele esteve disse que ele
orava o tempo todo. Ela mal conseguia tirá-lo de suas lutas com Deus para
fazê-lo comer.
Certo dia,
antes de fazer parte do Exército de Salvação, eu estava conversando com o Dr.
Cullis, de Boston, um homem com uma fé simples que operava maravilhas. Ele
estava me mostrando fotografias e entre elas havia uma de Bramwell Booth, o
líder do Exército da Salvação.
“Este
homem dirige as mais poderosas reuniões de santidade em toda a Inglaterra”
disse o médico.
Então ele me
contou a respeito daquelas famosas reuniões de Whitechapel. Quando fui à
Inglaterra, estava determinado, se possível, a descobrir o segredo destas
reuniões.
“Tem um
detalhe”, disse um oficial, “o Sr. Bramwell costumava dirigir reuniões
de homens no escritório central naquela época e pedia a cada jovem salvo para
passar cinco minutos a sós com Deus todos os dias, onde quer que estivessem,
orando por aquelas reuniões de sexta à noite.
Um deles, que
agora é Brigadeiro, e que naquela época estava empregado em um armazém, tinha
que se espremer dentro de um caixote de vime para ter uma chance de orar
sozinho por cinco minutos”.
Deus não
mudou. Ele está esperando fazer a vontade de homens que oram.
O Sr. Finney
conta sobre uma igreja onde houve um avivamento ininterrupto por treze anos.
Quando, enfim, o avivamento terminou, todos ficaram temerosos e se perguntavam
por que, até que um dia um homem em lágrimas se levantou e contou como, durante
treze anos, ele tinha orado todos os sábados à noite até depois da meia-noite
para que Deus glorificasse a Si mesmo e salvasse as pessoas. Mas duas semanas
antes, ele tinha parado de orar e então o avivamento parou. Se Deus responde a
orações como esta, que tremenda responsabilidade está sobre todos nós que
oramos!
Ah, se
houvesse um santo soldado em cada grupo e um crente em cada igreja que passasse
metade de cada noite de sábado em oração! Eis aqui um trabalho para pessoas de
folga ou para pessoas que não podem fazer a obra cristã por causa de outros
problemas. Você pode fazer este tão necessário trabalho de joelhos.
Mas não pense que este é um trabalho fácil. Ele é árduo e às vezes leva a agonia, mas se tornará uma agonia de alegria em união e comunhão com Jesus. Como Jesus orava!
Outro dia um
capitão que ora uma hora ou mais todo dia de manhã e meia hora antes de sua
reunião noturna e que tem muito sucesso em alcançar almas estava se lamentando
para mim dizendo que ele freqüentemente tem que se obrigar a orar sozinho. Mas
nisto ele é tentado e posto à prova como todos os seus irmãos. Todos os homens
de muita oração sofrem o mesmo.
O Rev. William
Bramwell, que costumava ver centenas de pessoas convertidas e santificadas em
todo lugar que ia, orava seis horas por dia, e mesmo assim dizia que sempre ia
orar sozinho com dificuldade. Ele tinha que se obrigar a fazer isto. E depois
que começava a orar, freqüentemente, passava por períodos de seca espiritual
mas perseverava pela fé e os céus se abriam e ele lutava com Deus até que a
vitória viesse. Então, quando pregava, as nuvens se dissipavam e chuvas de
bênçãos caíam sobre as pessoas.
Certo homem
perguntou a outro por que o Sr. Bramwell era capaz de dizer coisas novas e tão
maravilhosas que traziam bênçãos a tantas pessoas. “É
porque ele vive tão perto do Trono que Deus lhe conta Seus segredos e depois
ele os conta para nós” disse o outro.
0 Rev. John
Smith, cuja vida inspirou tanto a William Booth como Bramwell, passava sempre
muito tempo em oração. Ele sempre achava difícil começar mas depois era tão
abençoado que achava difícil parar. Em todo lugar que ia poderosas ondas de
avivamento também o acompanhavam.
Esta
relutância em orar sozinho pode se originar de uma ou mais causas:
1. De
espíritos ímpios. Eu imagino que o diabo não se importa muito em ver a tantas pessoas
“frias” orando de joelhos em público, pois sabe que elas o fazem simplesmente
porque é apropriado e está na moda. Mas ele odeia ver alguém de joelhos orando
em secreto, pois este tipo de pessoa fala sério, e se perseverar na fé vai
mover a Deus e aos Céus no interesse que ele representa. Por isso o diabo se
opõe a este tipo de pessoa.
2. Da preguiça do
corpo e da mente causada por doença, perda de sono, dormir demais, ou pela gula
que, sem dúvida, exige demais dos órgãos digestivos, entope a corrente
sangüínea e abafa todos os mais altos e nobres poderes da alma.
3. De uma falha
em responder rapidamente quando nos sentimos guiados pelo Espírito para ir orar
em secreto. Se, quando sentirmos que devemos orar, hesitarmos mais do que o
necessário e continuarmos a ler ou conversar quando deveríamos estar
simplesmente orando, o espírito de oração será reprimido.
Nós devemos
cultivar a alegria de pensar em ficarmos a sós com Jesus em comunhão e oração
secretas, assim como os casais de namorados esperam prazer e alegria em estar
um com o outro.
Nós devemos
responder prontamente ao chamado interior para oração. “Resisti
ao diabo e ele fugirá de vós” e “esmurro
o meu próprio corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros,
não venha eu mesmo a ser desqualificado”.
Jesus disse
que os homens devem orar sempre e nunca esmorecer (Lucas
18:01) e Paulo disse: “Orai
sem cessar” (I
Tessalonicenses 5:17).
Um homem
intrépido e de fé, que ora pode, às vezes, conseguir a vitória para uma cidade
inteira ou nação.
Elias venceu
no Monte Carmelo.
Moisés venceu
pela Israel rebelde;
Daniel venceu
na Babilônia.
Mas se um
grupo de pessoas puder ser levado a orar desta maneira, a vitória será ainda
mais abrangente. Que ninguém imagine com um coração perverso de incredulidade,
que Deus está com o coração fechado ou sem vontade de responder à oração. Ele
está mais desejoso de responder àqueles cujos corações estão em harmonia com
Ele do que os pais estão em alimentar seus filhos.
Quando Abraão
orou por Sodoma, Deus respondeu às suas perguntas até que Abraão parou de
perguntar (Gênesis
18:22 e 33). Ele fica mais zangado conosco porque pedimos tão
timidamente e por tão pequenas bênçãos, assim como o profeta Eliseu ficou
zangado com o rei que atirou as flechas somente três vezes quando deveria ter
atirado cinco ou seis vezes! (II Reis
13:18 e 19).
Vamos nos
achegar ousadamente ao Trono da graça e pedir abundantemente para que a nossa
alegria seja completa! (Hebreus
4:16).
Fonte: O Arauto da
Sua Vida
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário, ele é muito importante para melhorarmos o nosso trabalho.
Obrigado pela visita, compartilhe e
Volte Sempre.