CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO




A IGREJA LOCAL E O ENVIO DE MISSIONÁRIOS

(Atos 13:1-4; 14:25-28)


Queremos abordar assuntos que farão a Igreja local sentir grande alegria e responsabilidade de participar na Obra missionária. Para que haja um despertamento missionário no seio da Igreja, iniciando em seu coração.

O evangelista Oswald Smith, no seu livro "O clamor do mundo", compara, com muita propriedade, a Igreja e a obra missionária, ao Mar Morto e ao mar da Galiléia.

O Mar Morto recebe as águas do Rio Jordão, mas não as distribui e por isso elas são estagnadas e sem vida. O mar da Galiléia recebe, mas também dá, e suas águas são frescas e cheias de vida.

A Igreja que não tem interesse por missões se assemelha ao Mar Morto, com águas paradas e sem vida. A Igreja missionária é fluente e as bênçãos do Senhor repousam sobre ela.

A IGREJA DE ANTIOQUIA - UMA IGREJA MODELO (At 13:1-4)

A Igreja que tem visão missionária sempre encontra nos seus membros o potencial necessário. Assim foi com a Igreja de Antioquia, que viu em Paulo e Barnabé o seu grande potencial humano e procurou usá-los na obra.

Foi numa busca intensa em oração que o Espírito Santo separou a Paulo e Barnabé para a obra.

Eles não eram pessoas de segunda categoria, nem profissionais fracassados. Eles eram os homens mais capazes intelectual e espiritualmente falando.

Este fato, tão importante, merece algumas considerações:

1. O Espírito Santo revelou a Sua vontade à Igreja.

2. O Espírito Santo escolheu o que havia de melhor na Igreja, os melhores obreiros.

3. O Espírito Santo revelou que Paulo e Barnabé deveriam ser separados para uma obra, mas ela não foi especificada. A resposta ao chamado exigia um ousado passo de fé.

4. A primeira reação da Igreja foi orar e jejuar, naturalmente para se certificar do chamado e para interceder pelos enviados.

5. Foi a Igreja quem os despediu, após a imposição de mãos, indicando o compromisso que estava assumindo na comissão dos missionários.

Assim foram enviados os primeiros missionários aos gentios. Foi a Igreja de Antioquia que teve esse privilégio, porque ela tinha visão de ganhar, não somente judeus, mas outros povos, nações e o mundo inteiro para Cristo. Graças a ela, o Evangelho chegou até nós.

l. A Igreja de Antioquia foi o berço das missões cristãs. É um modelo para ser copiado, é um exemplo para ser seguido.

II. A Igreja e o seu potencial humano:

O potencial humano está dentro da Igreja e ele precisa ser usado para não se tornar um talento enterrado (Mt 25:14-30).

O Espírito Santo foi buscar potencial de que necessitava para a Obra, dentro da Igreja de Antioquia.

Em Mateus 9:38, somos especificamente convocados a orar para que Deus envie obreiros para a Sua seara. É uma ordem de Jesus: "Faça esta oração"!

Quando recebemos uma ordem, há apenas duas alternativas: Obedecer ou não a ela. Como é que temos respondido a esta ordem de orar por mais obreiros?

Quando a Igreja de Antioquia orou, o resultado foi surpreendente: Ficou sem seus melhores líderes. Quando oramos por missões, precisamos estar prontos a responder favoravelmente a Deus se Ele, atendendo o nosso pedido, convocar um dos nossos para um compromisso específico na Obra.

Não adianta orarmos se não nos dispusermos a ser parte da resposta de Deus.

Infelizmente, não temos observado no nosso meio, interesse e oração por um ministério crescente e atuante. Não temos visto os crentes orando por um despertamento de vocações na Igreja local.

Vamos consagrar, preparar e enviar alguns dos nossos, pois: "Como ouvirão se não há quem pregue? Como pregarão se não forem enviados?"

A Igreja que descobre o seu potencial missionário torna-se como o Mar da Galiléia: Uma bênção para todos!

IGREJA LOCAL: A AGENTE DAS MISSÕES

A "ida" de um missionário deve estar ligada intimamente com a Igreja local.
Ela é o instrumento de Deus para a realização da obra missionária, e deve responsabilizar-se pela seleção, treinamento, e envio do obreiro. É ela que:

1. RECONHECE A VOCAÇÃO

Ninguém melhor que ela para reconhecer e identificar a pessoa chamada para ir.

A pessoa vocacionada está convivendo e trabalhando na Igreja, portanto, ela vê o fruto e identifica o dom. Se a pessoa não produz fruto na sua Igreja, certamente será improdutiva no campo.

2. PREPARA O VOCACIONADO

Ninguém melhor do que o próprio líder para aconselhar, orientar e treinar. Jesus instruiu e treinou Seus apóstolos. Paulo orientou, treinou e acompanhou Timóteo.

3. ORA PELO OBREIRO

A Igreja de Antioquia gastou-se orando por seus obreiros. A Igreja de Corinto orava especificamente a favor de um missionário (2 Co 1:11).

4. CUIDA DO MISSIONÁRIO

Nada pode lhe faltar no campo. É com a Igreja local que o missionário vai se corresponder, vai prestar relatórios, vai ser amparado e cobrado (At 14:26- 27).

É responsabilidade de a Igreja local enviar os obreiros. Se ela não tem seus próprios membros para serem enviados, dentro ou fora do país, deve adotar missionários, assumindo compromisso de participar integralmente, ou parcialmente do seu sustento.

Vamos acompanhar o seguinte raciocínio. Se missões é tarefa da Igreja de Cristo, ela deve ser feita por iniciativa da Igreja local, que é a expressão do Corpo de Cristo.

Portanto, quem envia missionário é a Igreja local. O Espírito Santo capacita.

Talvez não possamos ir, mas podemos enviar. Podemos sustentar a corda daqueles que vão.

Isso podemos!

1. Quantos missionários a sua Igreja local já deu para a obra?

2. Quantos missionários a sua Igreja já adotou?
3. E você? E eu? Que temos feito?


A Igreja que não tem interesse por missões se assemelha ao Mar Morto, com águas paradas e sem vida. A Igreja missionária é fluente e as bênçãos do Senhor repousam sobre ela.


Autor: Daniel Alves Pereira


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