“FAÇO TUDO ISSO POR CAUSA DO EVANGELHO, PARA TAMBÉM SER PARTICIPANTE DELE” (1CO 9.23)




MISSÕES

PRIVILÉGIO E RESPONSABILIDADE PESSOAIS



“Contudo, quando prego o Evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o Evangelho!” (1Coríntios 9.16).

De um modo geral, entendemos a obra missionária como uma responsabilidade da igreja de Cristo. Certamente é uma responsabilidade que a Igreja recebeu do Senhor para testemunhar e proclamar o Evangelho a todos os povos (Marcos 16.15).

Essa tarefa, hoje, está em nossas mãos, pois muitos povos ainda estão esperando para ouvir as Boas Novas. É a tarefa mais urgente e necessária que a Igreja de Cristo tem no mundo: levar a mensagem da salvação em Cristo ao mundo inteiro.

Esta é a tarefa missionária da Igreja. Tarefa da Igreja?! Qual Igreja? De modo mais amplo e geral, somos levados a pensar em missões como uma “tarefa da igreja”. Por isso muitos se escondem atrás de determinado “conceito de igreja” para afirmar a responsabilidade com a obra missionária sem considerar a dimensão pessoal de Missões.

Precisamos compreender que a igreja, enquanto instituição (estatutos, regimento interno, projeto funcional, diretoria legal) não realiza a obra missionária. Nem tão pouco a igreja enquanto estrutura (prédios, salas).

Instituições e organizações não pregam nem testemunham do Evangelho. Esta tarefa é para a igreja em sua constituição de organismo vivo, pedras espirituais, que somos nós, povo de Deus, ativo, missionário, comprometido, testemunhas atuantes de Cristo no mundo.

Pessoas pregam o Evangelho; pessoas testemunham do Cristo, Salvador e Senhor. Pessoas oram em favor de missões e ofertam para o sustento missionário. Pessoas vão ao campo atendendo ao chamado divino. Nossa Eclesiologia (a doutrina da Igreja) nos ensina que, como povo de Deus, fomos constituídos por Jesus como Suas testemunhas e proclamadores do Evangelho a todos.

Esta tarefa da igreja é minha e é sua; é de cada pessoa que foi alcançada pela maravilhosa graça e misericórdia de Deus reveladas em Jesus Cristo.

Quando falamos que missões é responsabilidade da igreja, queremos dizer que missões é tarefa de cada um de nós: pessoal, intransferível e inadiável.

RESPONSABILIDADE PRIVILEGIADA
 Em geral, pensamos em responsabilidade como uma tarefa árdua, difícil e, por vezes até, sacrificial. Sempre que ouvimos a palavra “responsabilidade” imaginamos algo que nos trará encargos e atividades que custarão esforço, bens e tempo.

Não podemos nos enganar: missões é tudo isto e muito mais! Jesus mesmo sabia disso quando nos constituiu Suas testemunhas. Ele sabia a responsabilidade que é levar a mensagem de salvação ao mundo, e a batalha espiritual que a obra envolve.

Entretanto, sabemos que é um privilégio participar do projeto missionário pelo fato de irmos ao mundo com uma mensagem divina. É sabido que os anjos gostariam de proclamar essa mensagem ao mundo (1Pedro 1.12), mas Deus nos deu este privilégio, não obstante nossas limitações humanas. Sem dúvida esta é uma séria responsabilidade, mas sua dimensão espiritual a torna um grande privilégio.

Afinal esta é a única mensagem anunciada no mundo que leva aqueles que a recebem à eternidade. A tarefa missionária realizada pelo povo de Deus é obra que povoa o céu com vidas transformadas pelo Evangelho.

Não existe privilégio maior do que este, e toda responsabilidade envolvida nesta tarefa é recompensada pelo resultado eterno que ela produz.

Envolvimento Pessoal Missões é um apelo divino a cada pessoa que já recebeu a salvação em Cristo. Ainda que deva envolver toda a comunidade de fé, ela continua sendo uma tarefa de cada crente em sua consciência e compromisso de vida com o Senhor Jesus.

Por isso devemos desenvolver este privilégio de várias maneiras e em várias necessidades da obra missionária, como por exemplo:

1.    AMANDO MISSÕES – A obra missionária só se torna plenamente possível quando o crente pode sentir, pelo mundo perdido, o mesmo amor unilateral e sacrificial que Jesus sentiu.

Não podemos esquecer que missões só se tornou possível porque Deus nos amou e nos enviou Seu filho ao mundo (João 3.16);

2.    ENCORAJANDO – Podemos fazer contato pessoal com nossos missionários e suas famílias com palavras de encorajamento e estímulo através de cartas, e-mails, cartões, ou outras maneiras disponíveis em nossos dias.
Paulo reconhecia o valor do encorajamento: “Por isso, irmãos, em todas as nossas dificuldades e sofrimentos temos sido animados por causa de vocês. A fé que vocês têm foi o que nos animou” (1Tessalonicenses 3.7);

3. DIVULGANDO A OBRA – Pessoas precisam conhecer a obra missionária para se envolver nos projetos que Deus tem desenvolvido através de nossos missionários em várias partes do Brasil e do mundo. Passe adiante as mensagens missionárias, estimule pessoas a conhecerem as necessidades de oração e apoio, seja um divulgador das coisas boas que Deus está fazendo, que fazem o nosso coração ferver de alegria e regozijo espiritual por Missões (Salmos 45.1);

3.    ORANDO EM FAVOR DE MISSÕES – As orações intercessórias do povo de Deus em favor da obra de evangelização mundial têm sido uma verdadeira alavanca espiritual a serviço do avanço missionário no mundo.
Envolva-se na intercessão missionária, pois a oração de um justo é poderosa em seus efeitos (Tiago 5.16);
5. OFERTANDO – Consagre seus bens a Deus através de ofertas missionárias que representem a dimensão do seu amor em favor da evangelização mundial. Compartilhe suas bênçãos materiais e exerça a liberalidade cristã em favor dos povos e nações que ainda não ouviram a mensagem de Cristo, certo de que realmente “Deus ama ao que dá com alegria” (2Coríntios 9.7);

6. ENVIANDO MISSIONÁRIOS – Uma maneira de fazer missões é ajudar a enviar alguém que esteja disponível para ir aos campos. Se por algum motivo você não pode ir pessoalmente ao campo, ajude alguém que possa ir. Dessa forma você responde de modo positivo à pergunta bíblica: “como irão se não forem enviados?” (Romanos 10.15);

7. INDO – Quando Deus nos chama para dedicar nossa vida nos campos missionários Ele nos dá a oportunidade de testemunhar a pessoas que talvez nunca ouvirão o Evangelho de outra maneira. Como recusar este privilégio de levar a mensagem da vida eterna ao mundo com nossas próprias palavras e com nossa própria vida? Por isso a Palavra nos encoraja a atender ao chamado missionário: “quão formosos os pés que anunciam as Boas Novas” (Romanos 10.15).

Estas possibilidades mostram que, na obra missionária, há espaço para todos e para cada um participar cooperando com Deus. Ninguém tem motivo ou desculpa para ficar de fora.

Conclusão:
Não podemos somente pensar na obra missionária como responsabilidade pessoal a ponto de nos estressarmos. Devemos fazer o que estiver ao nosso alcance para avançar com a mensagem até os confins da terra.

Certamente, missões é minha tarefa pessoal. É uma tarefa inescusável, inadiável e intransferível. É uma obra que não aceita desculpas pessoais, que possa ser deixada para depois, ou mesmo que eu possa deixar nas mãos de outros.

Como cristãos, precisamos nos envolver direta ou indiretamente no projeto missionário que Deus nos deu em favor do mundo. Este envolvimento deve ser na plena convicção de que fazer missões não é somente uma responsabilidade, mas, sobretudo um privilégio que Deus me dá.

Comentários

POSTAGEM MAIS VISITADA

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA

ESQUECERAM DE MIM...

ANTROPOLOGIA CULTURAL