ABANDONO NO CAMPO



AUTOR: DESCONHECIDO


O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

1) O trabalho não tem ido para frente. Não vejo resultados. Com certeza, meus intercessores se esqueceram de mim. Eu me sinto sozinho nessa luta! 

2) A igreja parou de mandar dinheiro. Estou passando necessidade. Eu, que deveria ajudar as pessoas, estou tendo que pedir ajuda! 

3) Já não recebo mais notícia de ninguém. Até minha família, que antes escrevia bastante, agora só o faz esporadicamente. Isso me deixa triste.

4) Estou passando por problemas pessoais. A missão parece nem se interessar. Parece que me abandonaram na hora mais difícil!

O QUE POSSO FAZER?

1) Escreva uma cartinha para seus mantenedores. Capriche! Mande uma foto e faça uma lista de itens, para agradecer a Deus e para pedir. Seja específico. Ore por seus intercessores! Se eles estão perdendo a visão, precisam de sua oração. Como já disseram, "a igreja que não é missionária logo se transforma em campo missionário".

2) Em primeiro lugar, alegre-se. Você está passando por uma provação. Leia Tiago 1:2-4. É difícil mesmo passar por necessidades, mas há um lado positivo, situações que não existiriam de novas amizades e crescimento na dependência do Senhor. Escreva para seus mantenedores e peça que orem por essa situação. Lembre-se de que Deus é fiel. Ele vai suprir suas necessidades. Fique atento para o direcionamento de Deus.

3) Se você não tem notícias, dê notícias! Não desanime. É difícil dizer muita coisa a pessoas que não participam de nossos problemas cotidianos. Renove suas amizades, dizendo aos mantenedores o quanto eles são importantes e ajude-os a acompanhar os fatos no campo, para que se sintam parte da missão de Deus, através de sua vida.

4) Dependendo de seus problemas, você pode ter ajuda só do Pai, dos seus novos amigos no campo ou pode precisar dar um pulo no país de origem. Se a missão não pode ajuda-lo, peça a Deus que indique quem poderia e tenha fé. Lembre-se de Hebreus 13:5, onde Deus diz "De maneira alguma te deixarei nunca jamais te abandonarei."

 

SOCORRO! NÃO PODEMOS MAIS SUSTENTAR NOSSO MISSIONÁRIO

 

    O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

 1) A igreja resolveu construir e precisamos do dinheiro aqui.

2) O valor do dólar subiu e não podemos dar mais.

3) O missionário está vivendo muito acima do nível do povo com quem trabalha e ainda reclama. Resolvemos cortar parte da contribuição.

4) Não temos notícia do que o missionário faz com o nosso dinheiro.

 O QUE PODEMOS FAZER?

1) Bem, a construção é importante, mas o compromisso com o missionário veio antes. É importante manter a palavra. Se não quiserem mais dar a mesma quantia, pelo menos se responsabilizem por encontrar outra igreja que aceite fazer uma parceria e possa completar o que o missionário precisa.

2) O missionário não tem culpa pela mudança de valor do dólar. Não deixem de contribuir só porque o valor está diferente. Se a igreja não puder dar mais, orem para que Deus supra as necessidades do missionário e procurem outras maneiras de incentiva-lo no campo.

 3) Se o missionário está errando, é preciso orar por ele e encontrar uma forma de sensibilizá-lo para o problema. Mas, cortar a contribuição não é esta forma. Procurem se imaginar em sua situação. O que fariam diferente? Escrevam para ele, delicadamente com algumas dessas sugestões.

 4) Em primeiro lugar, o dinheiro dado ao missionário é ofertado a Deus. Isso já deveria ser motivo suficiente para não controlar cada centavo. Afinal, foi ou não foi entregue? Em segundo lugar, se o missionário não dá notícias, escrevam, perguntem, mandem uma pessoa até lá. Quem sabe se Deus não está querendo usar os membros de sua igreja para pastorear esse obreiro...

Onde se lê missionário, entenda-se missionário ou missionária.

 Qualquer semelhança com o caso da sua igreja é mera coincidência!

 Há igrejas muito fiéis, graças a Deus, mas muitas tem um entusiasmo passageiro e não pensam duas vezes em

simplesmente cortar o sustento do seu missionário (apareceu um projeto de  construção, por exemplo), o primeiro corte é no salário do missionário. 

Que Deus ajude nossa igreja brasileira a amadurecer e a aprender a ser fiel. Essa atitude irresponsável com certeza não agrada a Deus. É fácil cantar que "a honra, o poder, o domínio, as
riquezas ... ao Rei Jesus". Mas entre cantar e viver...

 

 

REGRESSO DO MISSIONÁRIO

Depois de quatro anos fora, servindo no campo missionário, chegamos à igreja,
encontramos pessoas novas que não conhecíamos, a liderança havia mudado e
sentimos que já não fazíamos mais parte da comunidade. Parece que a igreja
não havia se preparado para nos receber e nem nós estávamos cientes das mudanças que encontraríamos.
 

Havíamos comunicado nossa chegada, mas a igreja estava envolvida com seus programas rotineiros. 

Fomos acolhido por uma outra igreja que nos hospedou numa casa mobiliadapara missionários. Tivemos irmãos preciosos que nos encaminharam a médicos,dentistas e até quem nos levasse a uma pizzaria.

No entanto, o que mais queríamos era poder contar o que tínhamos vivido e presenciado. Tínhamos outra perspectiva do mundo e não achávamos com quem dividi-la.

Desatualizados da política, da moda e até da gíria usada naquele momento,encontrávamo-nos divididos por dois mundos: o que havíamos deixado na África de amigos queridos, famintos tanto física como espiritualmente, e por outro lado, deparamos com uma igreja que buscava uma nova teologia de receberbênçãos, ainda que já estivesse abastada.

 Antigamente o missionário levava meses vindo de navio até chegar e, durante esse tempo, se habituava com a idéia de mudança de ambiente e campo de atuação, porém, hoje ele enfrenta estas mudanças de uma maneira drástica, no mesmo dia, às vezes, em questão de horas!!

É preciso oferecer ao missionário oportunidade para compartilhar do seu ministério e também de suas lutas interiores que talvez, só mesmo um profissional possa ajudar. 

A igreja precisa estar consciente de que aquilo que o missionário enfrentou, iria chocá-la vendo numa reportagem de televisão. É como quando um soldado volta do combate, não são só as trocidades da guerra que o ferem, mas o fato de seu país não ter noção de
como é a guerra e de que não lhe é possível descrevê-la sem tê-la ivenciado e, essa incapacidade e a indiferença dos que não entendem nem a guerra, nem o soldado e ainda desconhecem as artimanhas do inimigo em
combate, é que deixa o missionário deslocado e frustrado, cansado de lutar; não na guerra em si, mas na sua própria luta interior. 
 

O missionário transcultural, leva a mensagem do Evangelho de maneira que, aqueles que não a conhece, possa compreender e, muitas vezes, não se faz compreendido por aqueles que o enviaram.  

O missionário fica dando de si por muito tempo, sem receber de outros. Precisa ser pastoreado! Ele vai dia após dia, e até anos, convivendo com aqueles que evangelizou e discípula então, voltando para a igreja, precisa do amparo desta.  

O missionário transcultural perde, muitas vezes, sua própria cultura, volta com costumes diferentes, por ter passado muito tempo ministrando a um povo simples, e em outra língua e, freqüentemente, não está habituado com o ritmo da igreja e parece mais um peixe fora d'água e precisa ser corretamente interpretado e entendido.  

Como o trabalho missionário só é feito em conjunto e o missionário representa sua igreja onde ele trabalha, é preciso, portanto, tratá-lo com carinho e honras de embaixador, e isso não quer dizer que a glória e o érito não estejam sendo dadas ao Senhor. 

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