UMA REALIDADE NO CAMPO MISSIONÁRIO

 


  

A descrição de Paulo em Efésios 6:12, é um realidade na vida do missionário.

·          Está na linha de frente

·          O inimigo não dá trégua

·          Agi com todos os seus ardis diabólicos para

  retirar o missionário de combate.

O primeiro ano de chegada ao campo pode ser dividido em três fases distintas:

1º - Lua de Mel

2º - Choque Cultural

3º - Adaptação e Recuperação

 

1o. LUA DE MEL OU FASCINAÇÃO:

Onde tudo é bom e bonito. A emoção toma conta dele    por estar na nova terra que o Senhor o chamou. Chegou como missionário, está cheio de entusiasmo, idéias, planos, etc. Quer por tudo em pratica, olha em volta e vê tudo novo, fica fascinado, admirado. Olha tudo com muito interesse, é um bom observador, tira foto de tudo, está alegre, feliz. Tudo é diferente da sua própria cultura, mas quer experimentar de tudo, tudo é novidade, comidas diferentes, roupas, costumes do povo. “Oh, como é engraçado!!!”.

 

2o. CHOQUE CULTURAL

É a perda de valores conhecidos. Os padrões sociais familiares do missionário foram removidos e prevalece a ausência do seu sistema cultural conhecido. É neste ponto que o missionário fica bombardeado e não agüenta. Seu sistema nervoso abala. A “ignorância”  e  “insegurança”  de como agir abala suas emoções e o deixa nervoso. Pode ser intensivo ou não, mas todos o  experimentarão, independente do grau de espiritualidade. 

ETAPAS DO CHOQUE CULTURAL

Em geral, o choque cultural tem duas etapas:

·          Choque com o “incomum” (visível) comida,       moradia, língua, estrutura física,       relacionamento interpessoal, região, religião e       costumes diários.

 

·          Choque com a cosmovisão (invisível)

  Acontece mais rapidamente com as pessoas        mais sensíveis e preceptivas. O choque vai          acontecendo à medida que entende a parte       invisível que compõe a cultura, isto é: valores,       sistema social, pressuposições existenciais, bem como anomalias. 

       Sintomas do Choque Cultura 

      Passa a lua de mel e logo cai na realidade, tenta    comunicar e não consegue, está “doido”  para evangelizar e não consegue passar a mensagem, pois ninguém o entende. Tenta imitar os outros e cai no ridículo. Tenta imitar os sons da língua, arrisca uma frase e todos riem dele, fica sem jeito. Não sabe comer à maneira do povo, não sabe fazer as coisas como eles fazem, faz as coisas do jeito da sua cultura, mais não funciona dentro daquela cultura.

O acúmulo de vários “baques culturais” tem as seguintes conseqüências gerais.

o    Desorientação.

o    Insegurança no agir.

o    Medo de errar, adquirir doenças.

o    Vergonha pelos erros.

o    Desanimo.

o    Melancolia.

o    Saudade, nostalgia.

o    Sentimento de inferioridade.

o    Desconfiança do povo e colegas.

o    Nervosismo, tristeza.

o    Espírito crítico.

o    Frustração (por não conseguir desenvolver o ministério)

o    Rejeição.

o    Afastamento do povo para eliminar o abalo emocional; Pode chegar ao ponto de uma rejeição muito forte:

-           Rejeita a língua, o povo e os colegas que estão bem entrosados na cultura, antipatiza-os.

-           Rejeita a si mesmo (o “...não valho nada...” – sentimento de inutilidade, “...não sirvo para nada!”).

-           Põe a culpa no povo, que é “estranho demais”... “a língua é muito difícil”: desfaz da cultura, começa a criticar e a rejeita.

Neste ponto há caso de retorno à pátria. Se retornar, a situação espiritual do missionário ficará muito abalada.

 

3o. ADAPTAÇÃO E RECUPERAÇÃO

Como vencer o choque cultural? Ignora-lo? Fingir que não está sentindo: O primeiro passo para a recuperação é encará-lo de frente. Admitir que está sentido; encarar a realidade.

APRENDIZADO DA LÍNGUA

Para nós que falamos somente o português, o desafio é tremendo! Saindo do Brasil, como comunicar nosaeroportos: O problema já começa dentro do avião. Temos o desafio de 2 línguas, se quisermos ser eficientes, inglês e a linguado país adotado.

Geralmente o inglês é o ponto de partida pararecebermos toda a orientação na chegada no campo. O missionário não fala a língua do povo e se 

não tem outro brasileiro para ajudá-lo, o jeito mesmo é ser orientado por um colega estrangeiro. E a comunicação só será feita em inglês. 

Estudar língua não é fácil, exige perseverança,paciência, mas se quisermos atingir o coração do povo, tem que falar a sua língua. Um ministério frutífero e abençoado depende de uma comunicação eficaz. O missionário é chamado para comunicar Jesus, e para que este alvo seja abençoado, é necessário falar fluentemente a língua materna do povo.

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