O QUE SIGNIFICA FAZER DISCÍPULOS?
Pb. Valmir Barbosa Cordeiro
“Portanto
ide, fazei discípulo de todas as nações... (Mt: 28.19). Todos sabemos que este
é um mandamento de Jesus para a Sua igreja. O que muitos não sabem é o
verdadeiro significado desta importante ordenança. Mas, afinal, como podemos
defini-la?
Uma
coisa que não podemos confundir é evangelização com discipulado. Fazer
discípulos não é ganhar almas e traze-las para um culto ou uma programação
especial na igreja. Da mesma forma não é encaminhar um novo convertido para um
curso e prepara-lo para o batismo.
Jesus
nunca estabeleceu um parâmetro de referência entre evangelização e discipulado.
Uma coisa que muito observamos é a prática de alguns que afirmam que o
discipulado só acontece a partir da conversão. Outros, afirmam que ele termina
após a “Conversão a Cristo”, vindo em seguida o batismo.
É muito importante que nós os cristãos
entendamos que quando Jesus mencionou a palavra discípulos, o Senhor estava se
referindo a aprendizes ou seguidores – que era o significado de discípulos
naquele contexto. Tanto em Marcos 16 como em Mateus 28, o
batismo faz parte da Grande Comissão, com uma diferença: em Marcos 16.15-16, as
palavras de Jesus acrescentam o crer como antecedente ao batismo, “...aquele
que CRER e for BATIZADO...”.
Se combinarmos
duas passagens, chegaremos à conclusão de que, o fazer discípulos também
implica em levar as pessoas, com a ajuda do Espírito Santo, à fé em Cristo, a
fim de que, crendo, sejam batizadas.
Isto
posto, podemos afirmar que Discipulado envolve sim a evangelização e uma tomada
de decisão, com o objetivo de conduzir
as pessoas à salvação, e o alvo é aperfeiçoá-las em Cristo (Cl 1.28),
levando-as ao amadurecimento para a vida e a multiplicação de discípulos (Jo
15.8).
Por
outro lado, discipulado é o processo de relacionamento exemplificado por Jesus,
o qual chamamos de relacionamento discipulador (Mc 3.13-14; Jo 20.21).
Jesus
tinha dois aspectos em mente (conversão e discipulado) quando formulou a Grande
Comissão (Mt 28.18-20), mas Ele destacou o fazer discípulos como ação central.
A
questão é que o nosso conceito de conversão se baseia em torno de obtermos
“decisões ao lado de Cristo”, um levantar de mãos durante o apelo, fichas de
decisão preenchidas no final do culto e pronto. O problema com essa forma de
pensar é que o momento da decisão não define tudo.
Algumas
vezes o novo convertido, não está convertido de verdade; e se está, como ele
crescerá na fé? O mais provável é que a maioria deles nunca tenha experimentado
o novo nascimento. Portanto, não é de se estranhar o nível de carnalidade nas
igrejas.
Podemos
afirmar também que fazer discípulos significa, em certo sentido, conduzir
pessoas à salvação, mas não podemos nos esquecer do que o discipulado é também um
processo de relacionamento pessoal e intencional que deverá resultar em
conversão e santificação ao longo de uma caminhada. Foi assim que Jesus fez.
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Pb.
Valmir Barbosa Cordeiro
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