PREPARO MISSIONÁRIO

 



MISSIONÁRIO ESQUECIDO

Autor:  Pr. Joedson Costa Dias


Em minhas viagens tenho me deparado com um fato lamentável tratando-se de obra missionária. De que missionários estão sendo enviados ao Campo, estando os mesmos completamente despreparados.


Há casos de missionários chamados por Deus que ao procurarem obedecer ao Ide de Jesus Cristo, muitas vezes levados peia euforia, acabam envolvendo seus pastores, como também todo o ministério e suas igrejas neste movimento divino, porém exercido de forma imprudente, acarretando sérias consequências, muitas vezes irremediáveis.

 

Quando o missionário chega ao campo, encontra as primeiras barreiras. A insegurança e a saudade são fatores que precisamos enfrentar, o fato de estar distante de sua terra natal, o desafio de aprender um novo idioma, as dificuldades de adaptação climáticas e culturais, a falta de informações gerais de seu país de origem, e tantos outros fatores preponderantes e que são muitas vezes desconhecidos do missionário recém chegado ao seu local de trabalho.

A situação é agravada em se tratando de remessa financeira, pois surgem fatos desconhecidos não só de muitos pastores e igrejas, como também do próprio missionário.

Como, por exemplo, o fator (moeda), creio não ser do conhecimento de alguns, que quando enviamos receita para outros países, pagamos impostos, e não isto não é barato. De forma que muitas das vezes quem trata do envio do missionário desconhece as implicações burocráticas, bem como leis e normas governamentais, situações estas que provocam um grande desgaste em vários sentidos, ocasionando um desânimo em manter o missionário. O que faz com que o mesmo acabe sendo esquecido.

A igreja vem deixando de cumprir os seus deveres e obrigações, o que tem trazido um grande prejuízo para a obra missionária.

Hoje como Secretário-Executivo da SENAMI (Secretaria Nacional de Missões), com uma visão mais abrangente, entendo o grande papel da SENAMI, que tem sido dada por Deus para os missionários, pastores e Igrejas como órgão da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), a SENAMI foi criada em 1975 como órgão credenciador, a fim de que as igrejas mantivessem seus missionários cadastrados, credenciados e reconhecidos, não só pela CGADB, bem como por quem se interessar em saber sobre a procedência do missionário.

Dentre muitos casos de abandono de missionários poderia citar o caso de um missionário, que em 1997 encontrei na Argentina. O mesmo se encontrava naquele país completamente esquecido por sua igreja, o que eu atribuo a uma falta de convicção, (às vezes da igreja, às vezes do missionário). Há muitos outros casos que eu poderia citar, como o de um casal de missionários que me escreveu certa vez, contando que, devido ao abandono de sua igreja, há tempos só se alimentavam de guisado e doces de cascas de bananas (só conseguiam as cascas).

Lamentavelmente muitos não estão percebendo que esses acontecimentos são criados pelo inimigo de nossas almas, que tem usado desta artimanha para enfraquecer a obra missionária.

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Por Pr. Joedson Costa Dias

 

 


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