QUAL A FINALIDADE DO SACRIFÍCIO MISSIONÁRIO

 


BENEFÍCIOS, MOTIVAÇÕES 

 

 "Levando sempre no corpo o morrer de Jesus para que também sua vida se manifeste em nosso corpo" (v. 10), acrescenta a verdade que a motivação da oposição aos obreiros está enraizada no ódio pelo Senhor. A sentença de morte que se pronuncia contra os missionários (1.9), compartilha a hostilidade que provocou o grito, "Crucifica-o! Crucifica-o!" na sexta-feira da Paixão. Não é à toa que os evangelistas carregam este "morrer de Cristo". Se o grão não morrer fica ele só (Jo 12.24). Esta hostilidade homicida há de produzir fruto da ressurreição quando a vida de Jesus se mostrar nas vidas dos obreiros.

"Somos sempre entregues à morte por causa de Jesus"(v. 11), reitera a mesma verdade das linhas anteriores. O perigo constante que Paulo e seus colegas enfrentam divulga mais claramente a vida de Jesus. A identificação com o Cabeça se mostra mais claramente no Corpo.

A conclusão toma-se patente: "Em nós opera a morte; mas em vós, a vida"(v. 12). O sentido é o mesmo que encontramos em Colossenses 1.24. "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja." A solidariedade dos obreiros com Cristo e com a igreja é singular. O que eles sofrem redunda em favor dos cristãos em Corinto ou em Colossos. 

Não pode ser vicário, no sentido de propiciação pelos pecados, mas avança a missão de Deus no mundo e apressa a Segunda Vinda (2 Pe 3.12). Jesus declarou aos seus discípulos que Sua Vinda ocorrerá somente após a evangelização dos povos e nações do mundo (Mt 24.14; Mc 13.10). A investida mais arrojada contra o inimigo custa muito caro em aflições, perseguição e martírio.

O incentivo para esta vida missionária, sacrificial, tem sua fonte na fé (2Co 4.13). Exatamente como o salmista que cria no Senhor, mesmo no meio de grandes aflições (Sl 116.10), assim também Paulo crê. No mesmo contexto do Salmo, o autor expressa sua gratidão ao Senhor pela libertação da morte (Sl 116.8). Aconteceu o mesmo com o apóstolo e seus colegas. A restauração da vida, quando tudo parecia perdido, oferece base firme para Paulo lembrar que como Deus ressuscitou a Jesus, levantará dos mortos aos que passarem pelo martírio. E os coríntios também se levantarão dos seus túmulos com Paulo, todos apresentados perante Deus, vitoriosos juntos no dia final (v. 14).

A motivação central da obra missionária, segundo Paulo, encontra sua dinâmica em quatro verdades (v. 15).

1) Tudo que se sofre traz benefícios para os coríntios, o povo alvo (v. 15, "por amor de vós").

2) O ministério aumenta a oferta da graça salvadora, multiplicando-a nas vidas receptoras.

3) A multiplicação da graça produz um aumento de ações de graça nos corações dos convertidos. A conversão de "muitos" novos cristãos faz o louvor abundar.

4) A transformação de vidas acrescenta glória a Deus no mundo. Esta deve ser a finalidade de todo esforço missionário e evangelístico.

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