QUEM É O MISSIONÁRIO E O QUE ELE ESPERA DE VOCÊ?
Colunista: Mônica de Mesquita
1ª
PARTE – QUEM É O MISSIONÁRIO?
- É
alguém a quem Deus vocacionou e que se dispôs a obedecer (Mt 28:18- 20 e
Is 6:8);
- É
alguém que mesmo em face a muitas impossibilidades não fica temeroso, mas
as enfrenta II Tm 1:7;
- É
alguém passível dos mesmos problemas que qualquer um: desânimo, depressão,
doença, dificuldades financeiras, dificuldades de relacionamento, dúvidas,
temores, cansaço, stress;
- É
alguém que almeja para sua vida e de sua família o mesmo que qualquer
pessoa: segurança, estabilidade, necessidades básicas supridas, descanso,
tranquilidade com as finanças, assistência médica, escola para os filhos,
cultivo de amizades sinceras, etc.
E QUEM ELE NÃO É?
- Não
é seu empregado;
- Não
é um aventureiro;
- Não
é mais crente que você (e nem menos).
Há missionários veteranos, outros
recém-chegados ao campo, outros que estão em fase de preparação para sua saída.
Cada um deles é um ser único, que traz sobre si características únicas, mas que
têm algo em comum: o forte desejo de cumprir a vontade de Deus para suas vidas.
É claro
que em todo esse “universo individual” que é a pessoa de cada missionário, há
uma singularidade de elementos que o caracteriza:
- Um
fala muito bem em público; outro, nem tanto;
- Um
escreve muitas e boas cartas; outro, nem tanto;
- Um
enfrenta muitos problemas de saúde consigo mesmo ou com a família; outro
não;
- Um
tem facilidade para levantar e manter o sustento financeiro; outro não;
- Um
encontra boa receptividade no campo, recebe apoio local e vê frutos
surgirem em um breve tempo; outro, pelo contrário, é mal recebido,
perseguido e, às vezes, passam-se anos antes que veja uma primeira
conversão;
- Um
é extrovertido; outro, tímido;
- Um
tem muita facilidade para aprender um novo idioma; outro não;
- Um
recebe apoio, amor e retaguarda por parte de sua igreja-mãe e família;
outro é mal compreendido, massacrado e passa a ser difamado;
- Um
tem bastante resistência emocional; outro não;
- Um
é um ótimo administrador; outro sofre por sua desorganização;
- Um
sabe trabalhar muito bem em equipe; outro, nem tanto;
- Um
tem preparo acadêmico; outro não;
- Um
é solteiro; outro, casado;
- Um
tem filhos pequenos; outro, adolescentes; outro já tem filhos adultos;
- Um
sabe escrever livros; outro, tocar violão ou piano;
- Um
é excelente pregador; outro, ótimo conselheiro e discipulador.
Enfim, não se pode “colocar” todos os
missionários que você conhece num “pacote” e ter a pretensão de achar que “é
tudo a mesma coisa”. Cada um é um universo que deve percebido e tratado de
maneira diferenciada.
2ª PARTE
– O QUE O MISSIONÁRIO ESPERA DE VOCÊ?
Primeiramente,
é necessário compreender as conotações desse “você”. Pode se ler um “você”
individual, ou um “você” coletivo (a igreja). Façamos uma fusão desses dois
pólos, apoiados na premissa de que o “você” (individual) é parte de um “você”
maior (a igreja). O missionário, então, espera de você:
- Ser
preparado (At 18:11; At 19:9,10);
- Ser
enviado (At 13:1-3);
- Ser
acolhido (III Jo 8);
- Ser
sustentado em oração (II Co 1:11; Rm 15:30; Cl 4:2-4);
- Ser
sustentado financeiramente (Lc 8:1-3; Fp 4:10-19; I Co 9:13,14);
- Ser
compreendido e pastoreado nas horas difíceis (Fp 1:3-5; At 15:24,25);
- Ser
amado (III Jo 6).
E AINDA:
- Ser
avaliado;
- Ser
supervisionado;
- Receber
notícias e palavras de encorajamento;
- Que
seus informativos sejam lidos;
- Ter
um lugar aprazível para quando estiver de férias;
- Receber
tratamento médico e dentário dignos;
- Ter
um plano de aposentadoria;
- Receber
uma surpresa em datas especiais (aniversário, natal, etc.).
E O QUE
ELE NÃO ESPERA:
- Receber
cobranças constantes do tipo “quantas almas já se converteram?” ou
”quantos batismos você já fez?”
- Receber
um comunicado de que seu sustento será cortado;
- Saber
que a Igreja “tal” avisou à sua Agência que cortará o seu sustento
enquanto você estiver no Brasil;
- Receber
uma sacola com roupas desbotadas e descosturadas;
- Que tenham pena dele (pobrezinho… sofre tanto!).
Em suma, o missionário deseja e necessita
estabelecer com você um RELACIONAMENTO de bases sólidas, bíblicas e
permanentes.
Há implicações de alto teor espiritual em todo o processo de envio e manutenção de um missionário no campo. Não é só fazer um belo culto de envio, com lágrimas e mãos estendidas. Se após alguns meses, ninguém mais se lembra, nem ora, nem traz sua oferta, nem escreve ou grava uma mensagem, ou um e-mail, ou qualquer que seja a manifestação de apreço, para que o missionário saiba que continua sendo amado e apoiado, qual será o futuro desse ministério?
Sempre é bom
lembrar que o compromisso estabelecido um dia não foi simplesmente com “o
missionário”, mas, antes, com o próprio Deus que nos amou tanto, a ponto de
enviar Seu Filho Amado a este mundo para ser o primeiro de todos os missionários.
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Colunista: Mônica de Mesquita
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