A GRANDE COMISSÃO - COMO LEVÁ-LA A SÉRIO
A GRANDE COMISSÃO
Podemos ler no Evangelho segundo Mateus 28.18-20; 9.37,38. Que Jesus
estava no alto do Monte das Oliveiras. Eu imagino que de lá ele estivesse
avistando o Monte Calvário, local onde aproximadamente 40 dias antes ele havia
padecido, pendurado no alto da cruz, para ganhar a eterna salvação para todos
os homens.
Eu imagino
também que o assunto, que naquele momento ocupava o coração de Jesus era a
grande necessidade de todos os povos do
mundo virem a conhecer que a Sua grandiosa obra redentora era extensiva
também a eles.
Eu penso que movido
por este pensamento, Jesus proferiu a Sua “Ordem Missionária”, que conhecemos
como a Grande Comissão. É sobre esta Ordem, ou sobre esta Grande Comissão, que
estaremos meditando neste momento.
A QUEM FOI DADA
A ORDEM MISSIONÁRIA
A Grande
Comissão de Jesus não foi dada aos líderes religiosos de Israel, tampouco aos
membros do Sinédrio em Jerusalém. Também não foi dada a nenhum órgão
governamental ou nenhum segmento político de qualquer país. Porque por mais
nobres que possam parecer as atividades desses órgãos ou estas instituições,
eles são de alcance temporal, enquanto que a ordem missionária de Jesus lida
com a eternidade.
A ORDEM
MISSIONÁRIA FOI DADA AOS DISCÍPULOS
No momento da
ascensão de Jesus, os discípulos que com Ele estavam reunidos, representavam a
Igreja na sua vocação e missão no mundo. Entendo que aqueles discípulos não
eram homens perfeitos, nem tampouco dotados de qualidades excepcionais como
poderiam parecer.
Prova disto é
que momentos antes Jesus os havia repreendido pela sua incredulidade;
Pedro havia
negado a Jesus, três vezes;
Tomé havia
duvidado da autenticidade da ressurreição de Jesus;
E todos os
discípulos haviam fugido dele na hora do aperto.
Porém, apesar
das limitações daqueles homens, Jesus podia dizer: “vós já estais limpos pela
palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3).
Jesus ainda
hoje, chama homens imperfeitos e limitados para a sua obra. Todavia, importa
que sejam limpos, e dispostos a obedecer à sua chamada, pois assim ele os
aperfeiçoa, prepara e os envia.
A ORDEM
MISSIONÁRIA FOI DADA À IGREJA
A Igreja nos
dias atuais não está ligada aos crentes da igreja primitiva apenas
historicamente. Ela se identifica com a
igreja primitiva, também na responsabilidade de evangelizar os povos em todas
as nações.
Costumo dizer
que nada, justifica a presença da Igreja no mundo, a não ser a sua responsabilidade
com a evangelização do mundo.
Se pensarmos na
evangelização do mundo como a principal tarefa da Igreja na terra, fica difícil
entendermos porque se passaram dois mil anos, desde que Jesus deu a Ordem
Missionária à Igreja e hoje mais da metade da população do mundo ainda não
ouviu o evangelho nem uma vez sequer.
Se pensarmos
que no tempo da Igreja primitiva, os discípulos de Jesus que enfrentaram os
mesmos desafios que nós. Que não dispunham dos modernos meios de comunicação
dos rápidos meios de transportes que dispomos, porque eles conseguiram realizar
a tarefa evangelizando o mundo daquela época, e hoje, nós não conseguimos ainda?
Talvez a melhor
resposta a estas perguntas, é que eles levaram a ordem de Jesus a sério!
Se quisermos
fazer frente aos grandes desafios de nosso tempo, desafios que crescem a cada
dia, precisamos levar a sério as ordens
de Jesus. Precisamos resgatar o conteúdo da Grande Comissão.
OBEDECER DE
FORMA INQUESTIONÁVEL A ORDEM DE JESUS
A primeira
palavra da ordem missionária de Jesus é
“IDE”. Este é um verbo que está
conjugado no modo imperativo, demonstrando a exigência de uma ação decisiva. Apesar disto, muitas vezes
o trabalho de evangelização não vai além de projetos e de planejamento.
Em Juizes 5.16-18 – Lemos que quando Israel venceu a
guerra contra o rei de Canaam, Débora convocou todas as tribos para render
ações de graças ao Senhor, entretanto cada tribo teve de prestar contas pela
maneira como desempenhou a sua tarefa em relação às ordens recebidas de Deus.
Cada um de nós somos responsáveis pela nossa geração. O que tenho que fazer eu
não posso esperar que outro faça. Se quisermos
ser obedientes à Grande Comissão, não podemos agir como as tribos de Rúben, nem
de Aser, nem Gileade. Precisamos sim, ultrapassar as fronteiras das quatro
paredes da igrejas, tirarmos do papel nossos planejamentos e irmos ao encontro
daqueles que precisam e esperam a manifestação dos filhos de Deus.
Esta decisão
muitas vezes implica em expor nossas vidas no campo de batalha, como fez a
tribo de Zebulom. É necessário pensarmos e fazermos como o apóstolo Paulo: “Em nada tenho a minha
vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria o ministério que recebi do
Senhor, para pregar o Seu evangelho”.
Jesus não
chamou os seus discípulos para somente fazerem planos e projetos. Ele os mandou
ir ao campo, que é o mun
Pregando
às nações; Esta é a única maneira através da qual os homens conhecerão
a Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.
Porque a fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus.
Batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo;.
Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado. Pregar o evangelho é uma ordem,
fazer discípulos é uma necessidade.
Antes de Jesus proferir a Grande Comissão ele
visualizou os grandes desafios que seus discípulos com certeza enfrentariam, e
consciente das dificuldades que eles enfrentariam, Jesus os exortou a “Rogarem ao Senhor da Seara, para que mandasse
obreiros para a Sua Seara”. Mandar, denota sentido de urgência. É o Senhor quem
manda.
À igreja cabe a
responsabilidade de enviar aqueles que Ele manda. É impossível haver pregadores
se estes não forem enviados. É impossível cumprir a grande comissão se a Igreja
não fizer a sua parte enviando missionários.
Não é difícil
imaginar que diante de tamanha seara os obreiros não deixariam nunca de ser “poucos”.
Aliás, parece-me que muitos crentes estão conformados diante da expectativa de
nunca alcançarem o mundo: muitos crentes já desistiram ou até mesmo já
entregaram os pontos.
A verdade é que a esta altura dos
acontecimentos os obreiros não somente são poucos, mas para muitos lugares e
povos eles simplesmente não existem. Não há obreiros.
Podemos afirmar
que existem no mundo hoje, aproximadamente 3.000 etnias, das 6.000 existentes
onde não há um único porta voz de Jesus Cristo ainda. Somente no Brasil, das
240 etnias indígenas aproximadamente, 120 ainda não têm nenhum representante
evangélico!
Se pensarmos o problema em
termos de pessoas, a situação nos parece mais calamitosa. Existem hoje no mundo
mais de 7 bilhões de pessoas, os que pesquisam o assunto afirmam que mais da
metade desta população ainda não ouviram sequer a pregação do evangelho.
Esta é uma
calamidade do tamanho do mundo! Se medirmos por etnias ou se medirmos pela
população, mais da metade do mundo está por ouvir o evangelho! Metade da população
está sem obreiros. E isso há dois mil anos, depois que Jesus deu a sua ordem
missionária a sua Igreja!
QUAL É A
ESTRATÉGIA QUE PRECISAMOS RESGATAR?
Encontramos a
estratégia em Mat. 9.38: “Rogar ao Senhor da seara por obreiros”. É totalmente necessário que haja obreiros
para cada povo, para cada lugar. E o remédio que Jesus prescreve é rogar ao
Senhor da Seara por obreiros.
Observem que
estamos diante de uma ordem. Não é ponto facultativo. Jesus manda rogarmos por
obreiros. – Mas será que estamos obedecendo a esta ordem?
Ao menos esta,
pois, aparentemente, é uma ordem, à qual qualquer crente pode obedecer. Ao
menos dominicalmente?
Se não obedece,
por que não obedece? – Então, vamos começar agora?
E na nossa vida
particular, será que daria para gastar um minuto por dia, digamos quando
levantamos, ao pentearmos o cabelo, clamar a Deus por obreiros para o mundo
perdido, para as etnias que nunca foram alcançadas?
Vejam que ninguém pode dizer que é pobre
demais para poder orar, que não tem cultura suficiente para poder orar.
Qualquer crente pode orar, por mais simples que possa ser.
Estamos, pois,
diante de pelo menos uma ordem de Cristo que está ao alcance de todos nós. No
entanto, parece existir alguma dificuldade, pois devem ser relativamente poucos
os que estão obedecendo a esta ordem. Para entender melhor vamos à estratégia.
Qual será o
conteúdo estratégico da ordem de Jesus, que precisamos resgatar?
Bem, se eu vou
rogar a Deus por obreiros eu devo ser sincero, não acha? Eu preciso também ser
coerente, vocês concordam comigo?
Ao clamar a
Deus por obreiros tenho de estar pronto a ouvir, eu mesmo, a resposta. Pois um
belo dia Deus pode dizer para mim: “Está certo, meu filho, estou ouvindo seu
clamor. Agora, um dos que vou enviar é você!” Será que não? Ou então vem a voz de Deus: “Você não irá a
outro povo, mas você terá de contribuir mais do que vem contribuindo para
ajudar a sustentar os que vão.” E certamente Deus vai cobrar mais intercessão, mais
apoio espiritual para garantir a realização da sua obra.
Se isto
estivesse acontecendo tomaríamos o mundo de assalto! Só que não está
acontecendo. Eis o problema – obedecer a esta ordem requer compromisso.
Refletindo um pouco, fica claro que nem a esta ordem de Jesus podemos obedecer,
realmente, sem termos compromisso verdadeiro com Ele.
Como conseqüência trágica,
metade do mundo continua a perecer sem ouvir o Evangelho de Cristo. Então,
irmãos, vamos assumir um compromisso total com Jesus e sua causa, no duro, para
valer. Eis uma tremenda seara à nossa espera – mais de 3 bilhões de pessoas sem
ouvir, 3.000 etnias sem obreiros, e afirmamos que Jesus está voltando. Com
certeza Ele está voltando e como iremos nos apresentar diante dele? Como
prestaremos contas a Ele dos talentos que temos recebido?
Quero convidar
você a orar neste momento, pedindo ao Senhor que nos perdoe e nos faça entender
que eu e você somos responsáveis por nossa geração. Geração que se perde a cada
momento sem que muitas vezes não nos darmos conta que muitos estão indo para a
perdição eterna, por não terem tido a oportunidade de ouvir nem sequer uma vez,
falar o nome de Jesus.
Pai, sou grato a Ti, porque um
dia ouvi as boas novas de Seu Filho Amado Jesus Cristo, que por mim morreu na
cruz. Hoje somos felizes porque descobrimos que em Jesus temos vida eterna. Pai querido, bilhões de pessoas
ainda vivem por este mundo agitadas, ansiosas, em busca de paz, amor e alegria.
Ah! Senhor! Se
elas soubessem que só em Jesus Cristo, o teu filho, encontrarão a paz, o amor e
a alegria que procuram.
Eu reconheço
Senhor que somos culpados e te peço perdão, porque elas ainda não te conhecem,
porque temos sido negligentes em cumprir a tua ordem. Mas te peço Pai que todos
que ainda não te conhecem, tenham oportunidade de ouvir a tua palavra, de saber
do teu amor e perdão, como nós ouvimos; para que eles possam ser felizes como
eu sou ao teu lado. Continue abençoando, meu Deus, aqueles que têm anunciado
fielmente a tua palavra e levante mais obreiros para a tua seara que cresce a
cada dia.
Quanto a nós
Senhor, mostra-nos em que podemos ser mais úteis em tuas mãos. Queremos
contribuir na tua obra com a nossa vida, com tudo o que temos. Queremos
ajudarmos uns aos outros a levarmos a
salvação ao mundo que ainda não te conhece.
Em nome de Jesus
eu Te peço agradecido. Amém.
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