BIOGRAFIA MISSIONÁRIA
AMY
CARMICHAEL UM EXEMPLO MISSIONÁRIO
"Amy
Carmichael levou um grupo de crianças a um ourives tradicional na Índia. No
meio de um fogo alimentado a carvão havia uma cerâmica côncava. Na cerâmica
havia uma mistura de sal, tamarindo e pó de tijolo. Dentro dessa mistura havia
ouro. Conforme o fogo devorava a mistura, o ouro se tornava mais puro. O
ourives tirava o ouro com uma pinça e, se não estivesse suficientemente puro,
ele o repunha no fogo com uma nova mistura. Mas cada vez que o ouro era
recolocado, o calor era aumentado.
O
grupo perguntou: "Como você sabe quando o ouro está puro?" Ele respondeu:
"Quando posso ver meu rosto nele".
"Amy
Carmichael nasceu numa pequena vila na Irlanda do Norte. Era a mais velha dos
sete filhos de David e Catherine Carmichael, um casal de presbiterianos
devotos.
Era
uma candidata improvável para o trabalho missionário, pois sofria de neuralgia,
uma doença dos nervos que lhe tornava o corpo fraco, dorido e que a deixava de
cama semanas a fio.
Foi
na convenção de Keswick em 1887 que ouviu Hudson Taylor[1] falar acerca da vida
missionária. Pouco depois convenceu-se do seu chamado.
Segundo
um relato biográfico dos seus primeiros anos de vida, Amy desejava ter olhos
azuis em vez de castanhos. Ela pedia a Deus que lhe mudasse a cor dos olhos e
ficava desapontada por isso nunca acontecer.
Contudo,
já adulta, Amy compreendeu que, como os indianos têm os olhos castanhos, ela
iria ser aceite mais facilmente do que se tivesse olhos azuis e aceitou isto
como um sinal de Deus.
Inicialmente
Amy viajou para o Japão durante 15 meses, mas mais tarde, descobriu que a
vocação da sua vida estava na Índia. Ela foi comissionada pela “Missão Zenana
da Igreja de Inglaterra".
Muito
do seu trabalho foi com moças jovens, algumas das quais foram salvas da
prostituição forçada. A organização por ela fundada era conhecida por “Dohnavur
Fellowship”.
Dohnavur
fica situada em Tamil Nadu, a sul da Índia. A “Fellowship” iria tornar-se um
santuário para mais de mil crianças que de outra forma teriam de enfrentar um
futuro incerto.
Num
esforço para respeitar aquela cultura asiática, membros da organização usavam
trajes indianos e as crianças foram-lhes dados nomes nativos. Ela própria
vestia-se dessa forma, pintava a pele com café e frequentemente viajava longas
distâncias nas quentes e poeirentas estradas Índia só para salvar uma criança.
O
trabalho de Amy Carmichael também se estendeu à imprensa. Ela foi uma escritora
prolífera com 35 livros publicados. O mais conhecido é talvez um dos primeiros
relatos históricos sobre a missão na Índia publicado em 1903.
Em
1931, Amy ficou gravemente ferida numa queda que a deixou de cama até morrer.
Amy Carmichael morreu na Índia em 1951 com 83 anos de idade.
Ela
pediu para não porém nenhuma pedra tumular na sua campa; em vez disso as
crianças que ela tanto amava puseram algo com a inscrição “Amma”, que significa
mãe em Tamil, um dialecto indiano.
Enquanto
servia na Índia Amy recebeu uma carta de uma jovem que queria ser missionária e
que perguntava como era exercer essa função. Amy respondeu: “A vida missionária
é simplesmente uma forma de morrer”." “Podes dar sem amar, mas não podes
amar sem dar.” Amy Carmichael Amy Carmichael
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