UM GRANDE DESAFIO MISSIONÁRIO NO BRASIL
COMO É SER UM MISSIONÁRIO NO SERTÃO NORDESTINO
O Sertão Nordestino tem sido
um dos grandes desafios da igreja brasileira nesta última década. Não é à toa
que um número crescente de missionários, tem se dirigido ao sertão nordestino
em busca de alcançar esse povo .
Toda vez quando alguém me faz
esse questionamento, sempre posiciono três pontos essenciais para aqueles que
desejam ser missionários no sertão nordestino.
1 – TER RECEBIDO UMA DIREÇÃO DE DEUS.
É comum nos dias atuais, em uma geração
hedonista, pautar a obra missionária por um simples desejo ou por um fluxo da
“moda” atual.
Porém acredito que as escrituras nos da um bom
exemplo de como a obra missionária acontecia na igreja primitiva, e como
podemos tê-la como modelo.
Por diversas vezes, o Apóstolo Paulo foi
direcionado pelo Espírito para onde ele deveria ir, com isso produzindo frutos
que permaneciam.
Acredito que Deus continua direcionando sua
igreja para os campos missionários, que inclui o Sertão Nordestino. Com isso,
sei também que é fundamental entendermos a direção de Deus quando se trata de
missões.
Ñão é raro encontrarmos trabalhando no Sertão
Nordestino pessoas que vieram apenas por terem visto uma oportunidade ou por
obediência da igreja local.
O que é interessante, é que em longo prazo,
poucos “sobreviveram” ao tempo, as dificuldades, a falta de recursos, ao
abandono da igreja enviadora.
Em contra partida, aqueles que receberam uma direção de Deus, mesmo sofrendo e passando por todas essas circunstâncias, permanecem firmes no trabalho e mesmo após a saída deles de seu campo de atuação, a obra permaneceu.
Em contra partida, aqueles que receberam uma direção de Deus, mesmo sofrendo e passando por todas essas circunstâncias, permanecem firmes no trabalho e mesmo após a saída deles de seu campo de atuação, a obra permaneceu.
Não tenho dúvidas que o
chamado e a direção de Deus para um determinado campo são fundamentais para a
permanência do missionário lá.
Lógico que não descartamos os demais cuidados que envolve o envio missionário para que essa permanência seja efetiva, mas a convicção de que Deus nos quer naquele lugar é fundamental.
Dificilmente um missionário que vai ao campo
transcultural chega lá sem um treinamento adequado, contextualizado e voltado
para aquele público alvo. Se observa a língua, cultura, crenças religiosas,
políticas, sociais, econômicas, eclesiológicas e vários outros pontos, para que
se busque um melhor resultado daquela ação missionária.
Mas é interessante que quando se trata do
Sertão Nordestino, ainda encontramos pessoas que acham que podem vir servir
nesse contexto sem um preparo e uma capacitação para tal.
Isso dificulta gigantescamente a adaptação,
alcance e relacionamento com o povo a ser alcançado, no caso o sertanejo.
Hoje existem diversas escolas de missões
voltadas para o sertão em todo o Brasil e devemos observar se essas escolas
abordam, com qualidade, os detalhes que envolve o alcance do povo sertanejo.
Apesar de estar no território brasileiro, o
povo sertanejo possui uma vasta diferença cultural, lingüística, religiosa,
política dentre outras e principalmente se olharmos para as comunidades rurais
espalhadas por todo o sertão.
Como poderíamos entender o envio de
missionários para essa região tão complexa, sem um preparo anterior? Dependendo
apenas do velho ditado,.
“CHEGANDO LÁ O
CABRA APRENDE A COMER.”
Temos que aproveitar a facilidade tecnológica
dessa geração e buscarmos locais para treinamentos específicos para o sertão nordestino,
isso vai lhe ajudar a construir projetos que vão permanecer frutificando mesmo
depois da saída dos missionários.
A Missão Esperança e Fé, é uma agência
missionária que tem treinado e formado novos missionários para o plantio de
novas igrejas no Sertão Nordestino, principalmente entre as cidades menos
alcançadas dessa região. Nesta agência você pode encontrar mais
informações sobre um desses treinamentos voltado para a formação e preparo de
missionários ao sertão.
3 – COBERTURA DE UMA IGREJA E SE POSSÍVEL DE UMA AGENCIA
MISSIONÁRIA.
O lobo solitário é aquele que deixa sua alcatéia
para viver uma vida solitária e isolada. Desta mesma maneira, existem aqueles
missionários que acreditam que podem viver seu chamado independentes da igreja.
Não prestam relatórios, não tem a quem prestar
contas, não precisam dar satisfação a ninguém do que é feito e de como é feito
o trabalho missionário. Desses “missionários” fuja, e caso você se encontre
nessa situação, peço que continue a ler esse artigo e busque uma solução.
A imprescindível participação da igreja,
juntamente com o missionário no campo de atuação, seja no sertão, África ou em
qualquer lugar do mundo, é fundamental para a saúde emocional, fortalecimento e
cuidado tanto do missionário como de sua família.
Muitos se aventuraram nessa odisséia de
missões independentes e sempre o fim é o mesmo, famílias destruídas, escândalos
no ministério e trabalhos que não glorificam ao nome de Deus.
Sempre que tenho oportunidade de falar a novos
vocacionados, fortaleço a visão de que é fundamental a participação da igreja
no processo missionário.
Talvez você tenha sido abandonado, maltratado,
esquecido por alguma parte da igreja, mas isso não quer dizer que toda a igreja
seja negligente desta forma. Devemos buscar a cobertura pastoral de uma igreja
que verdadeiramente cuide não apenas do missionário, mas também se sua família
no campo.
Não caia no erro de achar que pode andar nesse
caminho sozinho e acabar como vários outros que sozinho pereceram.
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Miss. Rodrigo Bellaguarda - Presidente da
Missão Esperança e Fé – MEF. https://mef.org.br/como-ser-um-missionario-no-sertao/
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