Há
textos bíblicos, tais como Filipenses 2.25, Atos 16.9-40 e Filipenses 4.61, que
são suficientes para provar a responsabilidade da Igreja, com sustento do
missionário. Enviá-lo para o campo sem que haja na retaguarda nenhum
compromisso de sustentá-lo, é uma atitude nada dignificante para a causa do
Senhor.
O
missionário muitas vezes, além de sustentar a família, é obrigado a separar
parte do seu sustento pessoal para aplicar na obra, quando esta se encontra no
início. A Igreja não pode abandoná-lo em nenhuma circunstância, muito menos
nesta hora em que ele está plantando as primeiras sementes em terra estranha.
Quando
a Igreja se dispõe a enviar alguém, deve prover os meios suficientes
para que ele não venha a experimentar necessidades tais, a ponto de prejudicar
a obra que está sendo iniciada. O missionário não deve estar às
voltas com problemas financeiros. É preciso que ele esteja totalmente
desimpedido para o ministério da pregação.
É
muito comum escutar-se que, no princípio, os obreiros “saíam pela fé”,
ou seja, sem sustento financeiro. Houve um tempo, é verdade, quando os recursos
eram poucos, que os obreiros eram enviados sem nenhuma promessa de sustento e
Deus lhes provia os meios para a sobrevivência. Há casos, ainda hoje, em que a
experiência se repete, fugindo à regra por uma intervenção sobrenatural divina.
Mas
cabe analisar esta questão sob a ótica da parábola dos trabalhadores da
undécima hora. Quis o Senhor, segundo o texto, pagar os trabalhadores da última
hora do dia o mesmo salário ajustado com os que trabalharam na primeira hora.
A lógica pressupõe que os trabalhadores da
hora final encontraram os campos lavrados e condições bem mais favoráveis para
a última semeadura, sem precisar fazer o trabalho mais pesado de preparar o
terreno para receber a semente.
O
mesmo ocorre hoje. Os recursos são bem mais abundantes do que no passado e, em
sã consciência, as Igrejas podem atualmente manter em melhores condições os
seus missionários, ou mesmo obreiros nacionais.
Quanto
às possíveis alegações de tratar-se de uma injustiça, o Senhor da parábola
respondeu: “ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é
mau o teu olho porque eu sou bom? O dinheiro aplicado na obra
missionária é um investimento de natureza espiritual e assim deve ser visto.
Ou seja, não é correto exigir retorno na mesma proporção do que se investe, nem
que o missionário em pouco tempo apresente resultados espetaculares.
O trabalho muitas vezes é árduo e nem sempre a
colheita será imediata. Trata-se de um investimento para a
eternidade. Mas isso não dá direito ao missionário de viver na
ociosidade (Sl 126.8). Contribuição para missões resulta em bênção
para a Igreja (Fl 4.19).
Outra
responsabilidade da Igreja para com o missionário é proporcionar-lhe preparação
adequada para o exercício de sua chamada. É contraproducente enviá-lo
sem o mínimo de conhecimento do idioma, das condições sócio-políticas e do
contexto cultural do país onde vai trabalhar.
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