O PAPEL DA IGREJA LOCAL NO ENVIO DE MISSIONÁRIOS



SOLDADOS DEIXADOS PARA TRAZ NO 
CAMPO DE BATALHA


No século XIX, o Rev. Ignatius Latrobe. Secretário de Missões Morávias, no Reino Unido, escreveu :

"Achamos que é um grande erro apresentar os missionários,  depois de sua nomeação, à notoriedade e admiração publicas e elogiar bastante a sua devoção ao Senhor,  apresentando-os às igrejas como mártires (com festas, churrascos de despedidas),  antes deles partirem para o seu trabalho.  Nós preferimos aconselhá-Los a partir silenciosamente,  recomendando-os às fervorosos orações da igreja".

Quão distantes temos estados deste ardor e seriedade missionária!

É comum ouvirmos de missionários que saíram de suas igrejas e países  (muitas vezes) sob festas e toques de trombetas;  após um ano, ficaram sem sustento e sem notícias da igreja.  

Que trabalho é este? Isto é um horror!

A igreja ao enviar um missionário para o campo,  precisa saber que estará se responsabilizando durante todo o tempo em que estiver na Obra.  Sustento. Cartas de Apoio. Atendimento Pastoral.  Notícias da igreja e do país  (se estiver fora ) etc. Precisam estar na pauta de ação de uma igreja missionária.

Este século XXI está sendo marcado por individualismo, egoismo, materialismo e realização própria. A profecia de Jesus  está começando a se cumprir, pois Ele disse que o amor de muitos se esfriaria; “(Mt.24,12) E por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos esfriará.”

Na sua maioria os cristãos, são conhecidos por muitos como o único exército que deixa os seus feridos para tráz e muitas vezes são abandonamos para “morrer”;  será que isto tem mudado no nosso meio e no campo missionário?

Temos cuidado daqueles que enviamos ao campo transcultural ou mesmo nacional?

Para termos idéia, sabemos de igrejas que  abandonaram seus missionários no em plena atividade no campo e recebemos até um comunicado de que “esta era a vontade de Deus” revelada após um ano de muitas orações,  o que discordamos, pois nosso Deus é fiel e quando faz um compromisso não volta atrás. Deus não muda, continua o mesmo e será assim para sempre!

É muito fácil uma igreja assumir um compromisso financeiro com um missionário ou uma família e depois de algum tempo simplesmente desistir ou esquecer, pois está longe….  Podemos citar o caso de uma família missionária enviada para um país latino-americano, que foi toda excluída da comunhão com a Igreja enviadora e abandonados no campo, pelo “pecado” de terem adquirido um terreno para a construção de um templo naquele país. Episódio que causou grandes transtornos para uma família que precisou ser socorrida por outra igreja brasileira que os trouxe para o Brasil e que hoje continuam servindo a Deus, mas sem a mesma visão missionária anterior.

Temos que aprender com o Senhor e honrar nossas palavras e compromissos, pois um dia seremos cobrados e daremos conta. Já vimos vários missionários sendo deixados e esquecidos no campo por suas igrejas, sem receber um carinho, uma carta, uma palavra de ânimo e conforto. Temos visto missionárias solteiras (admiramos as irmãs solteiras que deixam tudo para servir o Senhor e pagam o preço da solidão) VOCÊS ESTÃO DE PARABÉNS, DEUS IRÁ RECOMPENSÁ-LAS! Estas irmãs solteiras, muitas vezes acabam entrando em depressão, desânimo e sem força para prosseguir.

Fazer missões não é fazer turismo, muitos pensam o contrário (já escutamos muito este comentário),  se você pensa assim, saiba que não é fácil estar na frente de batalha do campo missionário, não é fácil  deixar tudo e muitas vezes no final do mês não ter com o que pegar o ônibus para fazer uma visita aos novos convertidos.

Os campos estão brancos para a ceifa precisando de quem queira pagar o preço para que a colheita aconteça.


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