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ESCOLHIDOS PARA DAR FRUTOS PERMANENTES
Deus tem as suas escolhas e todas elas têm um propósito
que traz consigo grandes dádivas. É isso que aprendemos com uma das muitas
declarações de Cristo no Evangelho de João.
Diz o Senhor: “Não me escolheste vós a mim, mas eu vos
escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto
permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos
conceda” (João 15.16).
Pelo menos duas grandes lições podem ser destacadas desta
enfática declaração proferida pelo Senhor Jesus, a saber: A ESCOLHA DE DEUS
(“Não me escolheste vós a mim, mas eu vos escolhi a vós…”).
É interessante notar que o Senhor Jesus começa essa
declaração falando da nossa incapacidade: “não me escolheste vós a mim”. O que
Jesus está declarando nas entrelinhas desse seu vaticínio é que o ser humano
por si só não pode escolher ao Senhor.
Jesus sabia que o homem é pecador desde o seu nascimento.
E não apenas pecador, ele está morto em seus delitos e pecados (Efésios 2.1). O
homem no seu estado de inabilidade, diz a escritura “não entende e nem busca a
Deus” (Romanos 3.11). Ou seja, ele é incapaz de ir ao encontro do Senhor, sem
que antes o Senhor vá ao seu encontro. Essa é a razão pela qual o próprio
Cristo diz na casa de Zaqueu: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o
que se havia perdido” (Lucas 19.10).
O Senhor Jesus foi gracioso em sua escolha, porquanto ele nos
escolheu de maneira imerecida. O Senhor quando nos escolheu, o fez de maneira
incondicional, nos escolheu não por conta de alguma qualidade que tínhamos, mas
apesar dos nossos defeitos.
Nenhum de nós, portanto, pode bater no peito e se orgulhar
por ter sido escolhido por Deus porque a escolha não é fruto do mérito, mas
unicamente da Graça.
Entretanto, essa é uma verdade consoladora e que nos é
motivo de grande exultação diante de Deus, porque sabemos que se o Senhor Jesus
não tivesses nos escolhido, nós nunca escolheríamos a Ele. A Ele, aquele que
nos escolheu, seja a Glória e o louvor para todo o sempre.
A outra grande lição que podemos destacar diz respeito ao
PROPÓSITO DA ESCOLHA (“…para que vades e deis fruto, e o vosso fruto
permaneça…” (Jo 15.16b).
O propósito para o qual o Senhor Jesus nos escolheu foi
para que frutifiquemos para a sua Glória. Veja que Jesus não disse que fomos
escolhidos porque dávamos fruto, mas para que déssemos fruto. Ou seja, as
benesses da parte de Deus se processam de maneira diferente das dos homens. Os
homens dizem: “faça para depois receber”, mas o que o Evangelho prega é:
“receba para depois fazer”.
Aprendemos, com isso, pelo menos três coisas: primeiro: só Deus
pode nos fazer frutificar- “vades e deis frutos”; o Homem nada pode fazer se
Deus não o capacitar (Lc 24.49; Atos 1.8). Segundo: A produção de frutos é
responsabilidade de cada crente – “…o vosso fruto”. Todos somos chamados para
frutificarmos individualmente no reino de Deus.
Todos nós somos chamados para produzir frutos,
independente da função que exerçamos na Igreja, como bem se expressou o escritor Francisco de Assis: “O
chamado para produzir frutos no reino de Deus é um chamado para todo cristão
nascido de novo. Assim que, independente da função eclesiástica que exerça, ou
mesmo que não exerça nenhuma função específica, todos são chamados para esse
mister.
Todos aqueles que estão em Cristo e permanecem em Cristo,
que é a videira verdadeira, devem produzir frutos.” (ARAUJO, Francisco de Assis
Gonçalves. Chamados para Produzir Frutos: uma reflexão sobre o nosso papel
missionário. Edição do autor. p. 55,56). E, terceiro: os Frutos devem ser
permanentes – “…Vosso fruto permaneça”. Os frutos que produzimos são frutos
permanentes, frutos que permanecem na vida eterna. Portanto, entendemos que,
conforme expressa o escritor Francisco de Assis novamente:
“[…] o maior terreno em que o crente pode produzir frutos é o mundo, e o maior tipo de fruto que ele pode produzir, são almas ganhas para o Senhor. O cristão dá frutos quando, por meio da pregação do Evangelho, no poder do Espírito Santo, ele conquista almas para o reino de Deus. Esses frutos permanecem e têm valor eterno diante de Deus”.
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