INTERCEDENDO PELO BRASIL
NA BRECHA POR NOSSA NAÇÃO
“Antes
de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os
que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e
mansa, com toda piedade e respeito.” (1 Timóteo 2:1-2).
Deixando de lado
toda discussão acalorada, nós que nos declaramos cristãos e tementes ao Senhor,
precisamos refletir sobre este momento singular que nossa nação está vivendo.
Agora, não falo como eleitor, falo como alguém que teme à Deus, e que sabe que
ELE é o Senhor da história da humanidade, mesmo que muitos não creiam, eu
acredito, então a contrariedade não afeta a minha fé.
Quando lemos o
capítulo 29 do livro do Profeta Jeremias, vemos que ele escreveu aos cativos de
Babilônia (Jr 29:4-23), os instruindo para que seguissem adiante com suas vidas
e orassem por aquela nação “pagã” que os havia subjugado.
A vida não pode deter-se durante os momentos difíceis. Em uma
situação desagradável ou inquietante, devemos nos ajustar e continuar para
frente. Esta ordem incomum dada aos judeus visava ao seu bem-estar. A aderência
dos judeus a este princípio de lealdade ao governo da terra na qual vivem é um
dos motivos de sua sobrevivência no mundo até os dias de hoje (Rm 13:1-2; 1
Pedro 2:13-17).
…, erramos por achar que nossas orações não são importantes
porque quem nos governa não é, exatamente, quem nós escolhemos.
Pode no parecer
difícil orar pelas autoridades que são más, mas, erramos por achar que nossas
orações não são importantes porque quem nos governa não é, exatamente, quem nós
escolhemos.
É justamente diante de momentos difíceis, tão conturbado como
esse que precede as eleições gerais do próximo ano aqui no Brasil, por tudo que
temos acompanhados nas mídias sociais, televisivas, grupos de WhatsApp, é que
entendemos que precisamos orar diligentemente parta que nosso Soberano Deus
intervenha a favor do povo, ao invés de nos render ao temor e incertezas.
É isso que o
Apóstolo Paulo nos ensina no texto destacado (1 Timóteo 2:1-2), onde ele usa o
termo “antes
de tudo”, não falando apenas da primazia de importância da
oração, que não deve ser apenas um apêndice no culto, mas parte vital do ofício
religioso, bem como de nossa vida diária.
Por isso, no contexto dos versículos, também podemos e devemos
empregar essa “primazia da oração” nesses dias que
antecedem nossas eleições que tem inflamado os ânimos de todos, sim, de todos,
até de pessoas que jamais vimos se manifestar sobre o assunto.
Neste sentido, poderíamos usar este “antes de tudo”
como forma de meditar sobre nossas ações “eleitoreiras”, sim,
antes de brigar com familiares, nas redes sociais, com o vizinho, com a Igreja,
devemos transformar nossas orações também em uma “ação eleitoral” buscando um
voto consciente.
Ao lermos as
orientações do Apóstolo Paulo, vemos que as “orações” devem ser
dirigidas à Deus não para que prevaleça “meu voto”, ou o “meu
candidato”, minha “vontade”, mas,
primeiro, como um ato de adoração que exalta ao nosso Deus por sua soberania,
dando a Ele honra, a glória e o louvor.
Ao falar dessa centralidade da oração na vida cristã, o apóstolo
nos ensina que precisamos apresentar nossas “súplicas”, que
nada mais é do que à apresentação de “pedidos” ou de “necessidades”
ao nosso Deus, nos fazendo reconhecer nossa total dependência dEle.
Isso deve ser em todas as áreas de nossa vida, inclusive, numa
eleição, na qual escolhemos nossos governantes.
Após ter falado
sobre as “súplicas”,
o Apóstolo Paulo fala da oração na forma de “intercessões”, que
estão diretamente relacionadas com a “súplica” em favor
de alguém ou de alguma coisa. No original, a palavra grega traz a ideia de “entrar na presença do rei para lhe
fazer uma petição a favor de outrem”.
E não é verdade que temos este privilégio como crentes em Cristo
Jesus segundo Hebreus 10:19-23?
Sim, pela oração entramos na “Sala do Trono” e
conversamos face a face com o Soberano Senhor, o Deus onipotente, o Rei que
está assentado na sala de comando do Universo e tem as rédeas da história em
suas mãos. Nenhum pedido é grande demais para Ele. Para Ele, o nosso Deus, não
há impossíveis!
Um exemplo de “pedido
político” a favor de um povo em um momento crítico, é o da
rainha Ester. Na história da rainha Ester, temos a figura de Hamã,
um homem de alta posição política que odiava o povo judeu e, ardilosamente, fez
um plano para destruir todo o povo de Deus manipulando o rei Assuero. Usando de
má fé as leis de seu país e abusando da confiança do rei, Hamã fez com que o
rei Assuero determinasse a morte de todos os judeus (Ester 3:8-15).
Mas, havia ainda justos que temiam à Deus naquela ocasião e, um
destes, chamado Mordecai muito se indignou com aquela situação e fez a rainha
Ester saber de toda aquela “artimanha do inimigo do povo judeu”
(Ester 4:1-9). A atitude da rainha foi pedir a Mordecai que convocasse seu
povo, os judeus, para que jejuassem a favor dela para que ela fosse recebida
pelo rei Assuero e pudesse interceder à favor do povo (Ester 4:15-17).
Este fato histórico ocorrido com o povo judeu é uma “figura” da
Igreja, a Esposa do Cordeiro que adentra na “Sala do Trono” para “interceder” a
favor do povo.
Três dias depois que
todo o povo jejuou a favor dela, a rainha Ester então entra na presença do rei
com uma intercessão a favor de seu povo (Ester 5:1-8; 7:1-10). Com a
intercessão da rainha, o rei Assuero descobriu que Hamã era inimigo do povo
judeu e que o havia manipulado e usando as leis do seu reino no afã de destruir
o povo judeu. Como o rei não podia mais revogar o edito, fez um outro
permitindo que o povo judeu se armasse e se defendesse de quem os quisesse
destruir (Ester 8:4-13; 9:1-16).
Este fato histórico
ocorrido com o povo judeu é uma “figura” da Igreja, a
Esposa do Cordeiro que adentra na “Sala do Trono”
para “interceder”
a favor do povo.
Que tenhamos essa “imagem” (tipo ou
figura) e convoquemos o povo de Deus para que, como Igreja, adentremos na “Sala
do Trono” para interceder nesse tempo que antecedem as
eleições.
E, na certeza de
sermos ouvidos por tamanha graça, podemos também oferecer “ações
de graças” como o apóstolo determina em 1 Timóteo 2:1, após
falar sobre a “intercessões
“.
Ações de graças é a demonstração de nossa gratidão a Deus pelo
que ele tem feito e vai fazer.
As “ações de graças” é
a forma de nos aproximar de Deus, não somente para adorá-lo por quem Ele é, ou
para rogar suas bênçãos diante de nossas necessidades, ou ainda exercer o papel
de “sacerdote
real” (1 Pedro 2:9), intercedendo por alguém. As “ações
de graças” são nossas orações de agradecimento por aquilo que
ele tem feito ou que temos a certeza de que Ele irá fazer. Isso porque, sabemos
que nosso Deus não só ouve as nossas orações (Mt 6:6) como tem o poder de fazer
“infinitamente
mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (Efésios 3:20).
Nós que temos um
“coração missionário”, sabemos muito bem que nossa oração tem alcance
universal, que tocamos o mundo inteiro, povos e nações, com as nossas orações.
Quantas experiências temos vivido e ouvido de “orações” que
transpuseram barreiras geográficas, culturais e religiosas para alcançar
pessoas ao redor do mundo.
É justamente disso que o Apóstolo Paulo fala ao dizer que essas “orações, intercessões, ações de graças,…” deve primeiro, alcançar “todos os homens”, onde, o “todos”, no contexto, significa todos os homens sem distinção de raça, nacionalidade ou posição social.
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