MITOS E VERDADES NA OBRA MISSIONÁRIA
MITOS
E VERDADES SOBRE A OBRA MISSIONÁRIA
PRIMEIRA PARTE
Quero nesta postagem
tirar algumas dúvidas, que passaremos a tratar como MITOS e que deixam
confundidos àqueles que se sentem chamados (ou não) para realizar a Obra
Missionária.
PRIMEIRO: “MITO VOCACIONAL”
“Somente uma parte da
igreja tem chamado”. É um MITO. Todo àquele que crê em Jesus como Senhor, que
confessa Seu nome, tem a obrigação de se envolver com Missões.
Não há nenhuma
possibilidade de escapar desta ideia da Palavra de Deus. Se você tentar
escapar, cuidado para não “cair fora” do reino, segundo a vontade de Deus.
SEGUNDO MITO:
“O Chamado Especial é
necessário para o lugar especifico”.
Minha experiência
pessoal, na época em que minha filha foi indicada para o campo missionário, num
país próximo ao território indonésio, fomos eu e minha esposa convocados pelo
nosso Pastor para uma avaliação, antes de levarmos tal decisão ao conhecimento
igreja enviadora, antes do envio da missionária que na época era ainda menor de
idade.
Estavamos todos à frente
daqueles obreiros que faziam parte da comissão que decidiria sobre o envio.
Ninguém podia com convicção afirmar que ela tinha um chamado especial para fazer
Missões no país que se encontra há 21 anos.
Isto não foi problema.
Ela estava decidida a ir para o Senegal. Aqui vale lembrar que “Em seu coração o homem planeja o seu
caminho, mas o Senhor determina
os seus passos. Provérbios 16:9 NVI”.
Isto não causou nenhum
problema, sabíamos pela decisão desses novos missionários para onde eles seriam
enviados, mas logo ao chegar na cidade de São Paulo, onde iriam fazer o
treinamento, foram orientados a não seguir adiante, devido a uma deficiência auditiva
da missionária que dificultaria sua aprendizagem da língua france e do dialeto senegalês
“wolof”.
Deus já havia preparado
uma nova alternativa. E eles foram encaminhados para um novo local de
treinamento em Belo Horizonte.
Esperando um novo
redirecionamento de Deus, certo dia ao participar
de uma palestra no Centro de Treinamento, ficaram sabendo da realidade que
estava acontecendo (guerra civil) em determinado país do Sudeste Asiático.
Esta era a providência
de Deus para um casal de novos missionários que acompanhados de uma filha de
três anos partiam para um campo missionário, como eu já disse, estão há 21 anos
fazendo um trabalho maravilhoso, para a Glória de Deus.
Agora se minha filha tivesse falado, com toda
convicção, que o Espirito Santo estava levando-os para o Senegal e depois
pedido à igreja para transferi-los para o atual campo missionário, os líderes
iriam achar que o Espírito Santo muda de ideia fácil demais.
É um grande problema
essa questão de “chamado missionário para um lugar especifíco”. Eu imagino
quantos estão lendo este texto e que dizem ter um lugar específico.
No caso de William
Carey, por exemplo, foi para a Índia. Mas, talvez, os irmãos não saibam que
Adoniram Judson também foi chamado para a Índia e acabou evangelizando a Birmânia.
Ele não sabia disto, quando partiu para a Índia.
TERCEIRO MITO:
“A necessidade de
evangelizar a Pátria”.
Nunca vamos levar toda
população brasileira a conhecer a Cristo. Sempre haverá casas, bairros, onde
não haverá nenhuma luz para brilhar.
Em Atos 1.8 não diz que
levariam todos os judeus a Jerusalem, para se converterem primeiro, e, que
depois evangelizariam toda a Judéia, falando com cada pessoa, e, então, toda a
Samaria e, tendo conseguido isto poderiam chegar até a Siria e, então, a Turquia
e, finalmente, se conseguissem
Evangelizar todas as
pessoas de todos esses lugares poderiam evangelizar os confins da terra.
O texto diz, com toda a
certeza, que Jesus Cristo não estava estabelecendo um cronograma ou uma ordem
cronológica, mas que nosso evangelismo deve correr simultaneamente, aqui e lá.
QUARTO MITO
“O missionário é aquele
que deixa sua terra natal”.
Mais importante, porém,
são os seus dons, sua iniciativa, suas estratégias, a língua, a cultura, o amor
pelo Senhor, pelo povo, quando Deus o está enviando.
A palavra “missionário”,
portanto, está relacionada com a palavra enviado. Façam uma pequena pesquisa sobre
os textos chaves, acerca de Missões transculturais, por exemplo, Lucas 10.2: “A
seara é grande...”, disse Jesus, prevenindo-os “mas os trabalhadores são poucos”.
A situação não é
diferente, hoje, de como era na época de Jesus. Os trabalhadores são poucos, portanto,
rogue ao senhor da seara, que mande – e aqui a palavra “mande” é fundamental no
texto (ekbalo, no original), que significa: dar uma empurrada, que ninguém
possa resistir), o Brasil ser usado para enviar missionários.
Se o Brasil não está fazendo
a sua parte nesta Missão mundial, é porque há uma resistência. Resistência não
é chamado! Todos temos o chamado. O problema está na palavra “ekbalo” – “jogar
para fora”; “dar um chute no trazeiro”, “tirar o nosso fundamento para não
ficarmos no ar. É uma palavra forte demais!
Na passagem paralela de
Mateus 9.38, vamos encontrar a mesma palavra: “mande”, impulsione com toda a
força...”:
Não
se trata de chamar apenas um office-boy lá no escritório e dizer: “olha vá à
cidade e faça alguma coisinha”. Não. É uma palavra de força. Empurrada, jogada!
Não é a pessoa que sente que deve ir, tem alguém por traz dela mandando ir, de
maneira que não pode se desviar.
Se
dermos uma olhada nos homens que Deus tem enviado dessa maneira, vamos entender
o que eu quero dizer com esta palavra “ekbalo”.
A
palavra de Romanos 10, “apostelo” no original, é a que deu origem a palavra
apóstolo, em português. Mandar uma pessoa comissionada, com uma força tal, que
ela não poderia resistir nunca. Se puder resistir, alguma coisa não está bem.
E, certamente, sua chegada ao campo será como naqueles casamentos, onde as pessoas
dizem: “olha se não der certo, eu me divorcio e procuro outra mulher mais
bonita”.
Irmãos,
esta ideia tem se infiltrado em Missões e nós temos que rogar ao Senhor da seara
para Ele indicar quais são as pessoas que tem o DOM MISSIONÁRIO. Se é que este
DOM... Eu creio que podemos entender, baseados em Efésio 4.11 quem, em primeiro
lugar, Deus dá à sua igreja apóstolos e missionários. Eu sei que a palavra “apóstolo”
tem dois significados. Tem o significado de que Paulo é o ultimo dos apóstolos
(1 Coríntios 15.8). mas também, tem outro significado em pelo menos dois
textos. Atos 14.14 diz que Barnabé foi apostolo missionário. Da mesma forma
diz, em Romanos 16, que Andrônico e Júnias, também eram apóstolos e outros
textos podem ser utilizados.
Como
é então que vamos identificar quem tem esta escolha divina? Quem o Senhor pode
enviar para que haja crença e mudança? Quem pode ser enviado? Nós temos aquele
modelo profético, em Samuel, lá no seu quartinho. “Samuel! Samuel!...”. E ele
acha que é outra voz por aí. Pensar que
Samuel depois de conversar várias vezes com o Pastor Eli, finalmente, volta ao
quarto e, dessa vez, diz: “Fala Senhor... Fala porque o teu servo ouve!”.
Ele
foi chamado, mas não sabia quem o estava chamando. Ele estava sendo enviado,
mas não sabia quem o estava enviando.
Vou
tentar indicar neste texto algumas ideias. Espero que eu tenha todo respaldo bíblico,
para fazer isto, indicar quem pode ser e quem não pode ser enviado.
Em
primeiro lugar, vamos ver o que diz Romanos 9. 1-3, este texto tão importante
para nós na área de Missões. “Digo a verdade em Cristo, não minto,
testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência; que tenho
grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema,
negado no céu, enviado para o inferno, se , com isso, eu pudesse trocar o lugar com meus irmãos”.
Uma dor incessante. Quando alguém tem uma dor, vai ao Médico e este lhe dá a solução. Quando a gente sente dor por uma tribo, por um povo, por aquele pedaço da Janela 10/40, e essa dor é incessante como aconteceu com William Carey.
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