PERGUNTAS QUE FAZEM SOBRE MISSÕES -PARTE DOIS
QUAL
É MINHA MISSÃO COMO IGREJA?
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,…”
(Mateus 28:19-20)
Você já parou para pensar “por quê” e “para
quê” existe a igreja? Esta é uma das perguntas mais importantes
que você pode fazer a si mesmo como cristão. A sua resposta levará a responder
outras perguntas também importantes:
- Por que ser
membro de uma igreja?
- Por que me
envolver com o “trabalho” da igreja?
- Em que devo
investir meu tempo, bens e recursos?
- Qual é minha
missão e a missão da Igreja?
Geralmente,
a missão da igreja é entendida como sendo a arte de “ganhar almas” e
promover o seu próprio crescimento, buscando a multiplicação de crentes e de
igrejas, como um verdadeiro plano de crescimento denominacional para fazer
novos membros de “sua” Igreja.
Outros,
mesmo com uma fé genuína e sincera, têm confundido “missão” com
filantropia, engajamento político para acabar com a opressão e as injustiças
sociais, programas educacionais e sociais para restaurar a dignidade do ser
humano, etc.
Segundo
o pastor e teólogo anglicano britânico John Stott:
“Missão,
antes de tudo, significa tudo aquilo que a Igreja é enviada ao mundo para fazer.”
Nesse
sentido, com base no versículo acima destacado e seus correlatos: Mc 16:15-16;
Lc 24:46-48; Jo 20:21-23; At 1:7-8, podemos afirmar que a missão de cada
cristão individualmente, e da Igreja como um todo, é: ir, testemunhar, pregar,
discipular, batizar e ensinar.
Se
como igreja não estivermos envolvidos com esse processo de forma local e “até
os confins da Terra” (At 1:8), corremos o risco de sermos tudo,
menos a Igreja de Cristo.
EXISTE
LIMITE GEOGRÁFICO PARA SE FAZER MISSÃO?
“…,
e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas
as nações, começando de Jerusalém.” (Lucas 24:47)
Muitos dizem que “onde estão, ali é o seu campo
missionário”, essa afirmação pode ser positiva ou negativa do ponto
de vista do entendimento da abrangência geográfica da missão bíblica.
É
negativa se a afirmação for usada como argumento para não se envolver com a
obra missionária nacional (povos não alcançados ou menos alcançados no país) e
mundial, sendo por isso, uma grande presunção que muda os limites estabelecidos
por Jesus.
Então,
quais são os “limites geográficos” determinados pelo Senhor Jesus?
Após sua morte e ressurreição, ou seja, da obra salvadora ter
sido consumada, o Senhor Jesus esclareceu e determinou que o Evangelho deveria
ser pregado, anunciado, levado:
- a
“todas
as nações” (Mt 28:19);
- “por
todo o mundo” (Mc 16:15);
- “…,
começando de Jerusalém” (Lc 24:47);
- “até
aos confins da terra” (At 1:8).
Neste
sentido, não é necessário aprofundarmos nos textos originais para entendermos
que Cristo Jesus não determinou um limite geográfico, mas sim um ponto de
partida (Lc 24:47), devendo a obra missionária ter uma abrangência tanto local
como mundial (At 1:8), e ser realizadas simultaneamente para alcançar “todo
o mundo” (Mc 16:15), incluindo os “povos” menos ou não alcançados
de nosso país.
Se
todos os povos (Mt 28:19), devem ouvir as boas novas de salvação, como pode uma
igreja, “permanecer”
no seu lugar, ministrando simplesmente àqueles que vão até ela, e ficar
satisfeita com isso? Essa Igreja estaria sendo fiel ao “ide” de Cristo
Jesus?
Com
certeza não! Pois quem “espera” por alguém geralmente não vai ao seu encontro.
Por isso, o Senhor determinou “ir” sendo Ele
mesmo, Jesus, o princípio e o exemplo dado pelo próprio Deus Pai, que “enviou
seu Filho para nos salvar”, ao invés de esperar que “fossemos”
até Ele (Jo 3:16-17; Rm 5:8; 1 Jo 4:10).
E
ATÉ QUANDO DEVEMOS FAZER MISSÕES?
“E
eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”.
(Mateus 28:20b).
A
última parte do último versículo do Evangelho segundo Mateus está encerrando as
ordens dadas pelo Senhor Jesus na “Grande Comissão” (Mt 28:18-20). E a promessa
de “estar
conosco todos os dias” feita por Cristo não é só um consolo para
dias difíceis, é também a determinação de que a obra missionária seja
feita até que ELE volte.
Como
“Igreja de Cristo” temos sido displicentes para cumprir essa “comissão”. A
existência, no mundo atual, de milhões que nunca ouviram o nome do Salvador é
uma vergonha para nós. Cristo não deu uma opção, mas um “mandato” (incumbência,
ordem) para todos que consideram a ELE como seu “Senhor”.
Devemos
então “sair”
(ir)
além da porta, das quatro paredes, ir até outros povos ou país, para fazer
discípulos, sob a garantia de que, quem nos “comissionou” nos
deu Sua “autoridade”
(Mt 28:18), concedendo poder para a execução da comissão de alcançar os
perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos princípios eternos do Evangelho da
Salvação.
O próprio Senhor Jesus nos incentiva a cumprir sua ordem afirmando que estará conosco “até a consumação do século“, ou seja, até o “fim da era“, “até o retorno dEle“. A expectativa de sua vinda deve nos animar e consolar, independente de quando ocorra. Até lá, devemos trabalhar para alcançar os perdidos de “todas as nações, tribos, povos e línguas,“… Até que ELE venha! (At 1:7-11; 1 Co 11:26).
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