DESAFIOS NA OBRA MISSIONÁRIA

 



MITOS E VERDADES SOBRE A OBRA MISSIONÁIA

PARTE FINAL

 

Em Romanos 9. 1-3, lemos que, quando Paulo chegava em qualquer cidade, em primeiro lugar para tentar aplacar esta dor, ele ia para a Sinagoga e começava a pregar a Cristo.

Ainda que não tivesse sido enviado para isto, ele não tinha chamado para pregar aos judeus, mas esta dor o jogava na Sinagoga para pregar a palavra.

Você que está lendo esta postagem agora, sente alguma dor no coração por algum povo?

Quando nós falamos sobre os Povos Não Alcançados, o grande problema é que muitas vezes não sabemos que existem estes povos, não sabemos o nome dos povos, nem aonde eles se encontram.

Muitos de nós não temos em nossas bibliotecas o livro “Intercessão Mundial”, para sabermos os dados sobre todos aqueles povos que ainda não tem a 1% de crentes, então não temos dor. Como pode ser enviado uma pessoa que não tem dor? Porque chegando lá ele vai sentir dor, mas por ter deixado a sua terra. Vai ter dor em reverso e logo estará de volta: “Mamãe está me chamando”.

Em Coríntios 9. 16, a mesma ideia, colocada em outras palavras... Ninguém precisa bater nas minhas costas e dizer: “Parabéns... Paulo, Parabéns, você é o nosso missionário!”.

Nada disso. Eu estou indo por outras razões, vocês não entendem? Eu fui enviado por Deus! Eu não tinha outra escolha... Eu tive de ir. Sobre mim pesa uma obrigação, “uma o-bri-ga-ção!”.

Quem não sente esta obrigação acaba ficando marginalizado e logo outro ocupará o seu lugar.

Queridos irmãos, Eu tenho uma grande expectativa de que o nosso país vai mudar. Mas isto só vai acontecer quando começarmos a sentir esta obrigação. Nós sabemos que uma pessoa que vai ser enviada, obviamente a tão alto custo (em dinheiro; período de vida – talvez, o resto de sua vida), precisa ter certo o DOM MISSIONÁRIO.

Agora, este DOM MISSIONÁRIO, tem certas qualidades que eu quero mencionar nesta postagem.

Em Corintos 9.19-23 temos a ADAPTABILIDADE.

O apostolo se expressa como aquele que é escravo de todos. O escravo não faz questão de se adaptar. Ele é enviado de uma família para outra, de um lugar para outro, é vendido, e seu compromisso é com o seu senhor.

E Paulo diz: “Essa é a minha atitude; não é o que me torna adaptável”. Isto me torna capaz de viver em qualquer lugar do mundo.

Os seus interesses não importavam, ele não era turista. Nós temos “missionários-turistas” que usam o dinheiro da igreja, Dado com muito sacrifício, para passa alguns meses em determinado lugar e depois descobrir que eles, bem, não tinham propriamente um "chamado”. Fora um sinal errado... Paulo, porém, não tinha esta possibilidade porque ele era escravo.

O Dom de Missionário começa com este total desprendimento de tudo que não está relacionado com a Missão.

Jesus proferiu um grande sermão em Mateus 6.24: “Ninguém pode servir a (ser escravo de) dois senhores...)”.

Se você é escravo do dinheiro não pode ser escravo de Jesus. Se você é escravo do Brasil, se você ama o Brasil mais que ao Senhor, então não pode ser missionário. Esse Dom é a capacidade de sentir realmente escravo e portanto, adaptável a qualquer circunstância.

Adoniram Judson pendurado pelos pés, na lama naquela prisão na Birmânia, depois adaptado se sentiu bem. Graças a Deus que Ele não me enviou para lá, naquela época.

Os heróis de missões são fora de séries justamente neste sentido: o de serem enviados por uma força maior que a normal e querem viver bem com todos aqueles “confortos”.

Gosto e tenho o costume de recomendar aos meus alunos que leiam Biografias missionárias e tenho dito a eles que mesmo que não sejam enviados, por causa da idade ou por qualquer outro motivo, elas podem mudar, sua atitude para com o que significa “ser missionário”.

O  QUE SIGNIFICA SER  ADAPTADO?

Primeiro: Seus preconceitos religiosos tem  que  mudar.

Não podemos ofender, não podemos ofender em nada aquilo que não seja essencial, segundo a própria vontade de Deus.

Como  Jesus foi envido do Pai, o rico entre os pobres, Jesus viveu neste mundo de uma forma que não ofendia,  a não ser naquilo que era necessário ofender. Ao resto Ele se adaptava perfeitamente.

Preconceitos raciais,  cor da pele, que problemas aqueles colonizadores tiveram, em décadas passadas! Ao chegarem à África, sempre olharam para os negro como sendo inferior e ainda que quisessem viver sua vida inglesa, ou de outra nacionalidade, no meio dos nativos, tinham de mudar tudo isso  tendo em vista que como escravos enviados por Jesus Cristo.

PRECONCEITOS ALIMENTARES

Lembro-me de um senhor que viajou comigo para a Alemanha. Ele não pode chegar até o fim da viagem como turista, porque não tinha sopa no almoço e no jantar – “Não dava para viver sem sopa!” Os irmãos que vivem em Portugal estão entendendo o que eu quero dizer.

Conheci um missionário de Papua Nova Guiné, ele me disse que lá os indígenas comem qualquer coisa que anda... Qualquer coisa: aranha, barata... Então irmãos, preparem-se! Adaptabilidade significava “problema”, pela maneira como fui criado.

Fui criado num lar onde o Domingo para nós era sagrado. Sagrado mesmo, não se fazia nada que não fosse ligado ao reino de Deus...

Um grande desafio para o missionário no campo é a aprendizagem da língua. É aprender a falar de maneira compreensível.

Outro grande desafio para o missionário, um dos mais difíceis de aceitar de bom grado é a separação de seus entes queridos. Assim, como nos casamentos, deixamos a casa de nossos pais, o missionário precisa “deixar” sua terra para tráz.

“Deixar”, entre aspas porque não me refiro a um  mero afastamento físico, mas a um  distanciamento sentimental da terra natal. E isto é para poder entrar’ em sua terra adotiva como se fosse um nativo.

Jesus  disse: “Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado a casa, ou irmãos, irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim, por amor ao evangelho, que não receba já (no presente) cem vezes mais”.

Por que ele vai receber cem vezes mais? Porque é gente sem-terra. Deixou sua terra e agora  os nativos do lugar para onde vai abre-lhes a porta.

Ele se torna um verdadeiro cidadão daquela terra.

Outro problema que se torna um desafio é o treinamento. Todos nós que temos tido contato com missionários sabemos que, treinamento é fundamental. Eu não estou falando somente de Antropologia, eu não estou falando de apenas conhecer outro país nem conhecer a cultura e a religião local. O principal treinamento que Jesus deu aos seus discípulos, segundo Mateus 4, foi ensiná-los a pescar.

Eles eram pescadores de peixes, a gora vão mudar o sistema, Agora vocês vão pescar homens!. A finalidade de Missões é ser um instrumento pelo qual as pessoas vão crer, segundo Romanos 10 – É fruto que se vai dar.

O preparo ideal, observamos no capítulo 3 de Marcos, é o estar com JESUS, é estar muito tempo com Jesus.

 

Comentários

POSTAGEM MAIS VISITADA

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA

ESQUECERAM DE MIM...

ANTROPOLOGIA CULTURAL