QUEM DEVE FAZER MISSÕES

 




FAZER MISSÕES: OPÇÃO OU OBRIGAÇÃO?

 

“Porque se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois é me imposta esta obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho”. I Cor. 9:16

 

O período em que a igreja cristã viveu seu maior crescimento foi o do primeiro século de nossa era. Ali começou o movimento de missões. Os oito primeiros capítulos do livro de Atos dos Apóstolos explicam a razão desse crescimento. Os discípulos deveriam estar revestidos de poder, antes de sair para alcançar as nações com o Evangelho. Em Atos 1: 8 encontramos a base e a amplitude do plano de Deus para que a igreja executasse missões. 

O desafio de Jesus é global, e não existe distinção entre missões mundiais, nacionais ou evangelismo local. Todos são vitais e um não pode excluir o outro. Tudo faz parte da grande comissão, Mt 28: 18-20. A partir de então, tornou-se claro para os discípulos que o movimento da igreja não deveria ser apenas em Jerusalém, mas também fora de seus limites. A perseguição foi o instrumento usado por Deus para desaglutinar a Igreja de Jerusalém e alcançar outros povos. 

Não podemos ter uma visão romântica da obra missionária a ponto de pensarmos que Missões é algo de uns poucos escolhidos, que andam por aí com suas famílias, passando privações ‘vivendo pela fé’. 

As imaturidades da Igreja ao lidar com Missões são imaturidades próprias do que a Igreja é, e isso afeta o que ela faz. É uma questão cultural. 

Há quem diz que não faz missões porque não tem dinheiro, porém, uma igreja que não faz missões não é reconhecida por não ter boas finanças, bons dízimos, empresários ou um bom templo. Uma igreja que não faz missões é reconhecida por não ter um Pastor, uma liderança e uma membresia que não sonham ‘alem quatro paredes’. 

Corremos o risco de vivermos o evangelho do consumo. Aonde a Igreja é como um supermercado que oferece à sua clientela todos os produtos de seu interesse. Isto é patética e vive à margem do que Deus nos propôs. 

Conseqüentemente nosso rol de membros será composto por pessoas limitadas, sem visão do que é o Reino de Deus e sem qualquer aspiração espiritual. QUE O SENHOR NOS DÊ UMA IGREJA DE SERVOS E NÃO DE ‘CLIENTES’. QUE SEJAMOS SINALIZADORES DE SEU REINO E NÃO CONSUMIDORES DE PROGRAMAS. QUE VENHA SOBRE NÓS O ‘SEU REINO’. 

Se missões não fosse uma obrigação, Jesus não tinha nenhum plano em estabelecer a Igreja. Os princípios de Deus são tão simples que às vezes achamos ultrapassados e irrelevantes. 

Quando pensamos porque a igreja existe, logo nos vem ao pensamento a palavra de Pedro: “a fim de proclamardes as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe. 2.9). A primeira frase diz o propósito de Deus para nós. “Afim de” significa finalidade, objetivo, razão de existir. 

Missões não é um programa a mais da Igreja, missões é estilo de vida da Igreja.A missão é a razão de ser da Igreja. 

A fé cristã e a própria Igreja são essencialmente missionárias. Deus não age sozinho, mas em equipe e quem for chamado para salvação é incluído na missão. 

O ESPIRITO SANTO NA IGREJA PROVOCA MISSÕES 

É na história de Jesus, que a própria missão da Igreja encontra a sua fonte e inspiração. O relato de Lucas 4:14-22 tem profundo significado quando fala da ação do pneuma (Espírito) na missão de Jesus. Aqui é apresentado o programa missionário de Jesus antes do inicio efetivo do seu ministério. 

O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para        restituir a liberdade aos oprimidos a para proclamar um ano de graça do Senhor”. 

Lucas deixa claro que a função do Espírito Santo sobre Jesus está relacionada diretamente com os pobres, com a libertação daqueles que estão submetidos ao rebaixamento, para resgatar-lhes a dignidade e dar-lhes a esperança e a alegria que sempre buscaram. 

Missão no livro de Lucas significa ‘anuncio’ e anuncio acontece quando o Espírito de Deus se faz presente. Somos convocados para proclamarmos as Boas Novas. Com isso podemos dizer que o Espírito Santo na Igreja provoca Missões e se missões não acontecem é porque há ausência do Espírito Santo.

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