PORQUE INVESTIR EM MISSÕES

 

 


5 RAZÕES PARA UMA IGREJA INVESTIR EM MISSÕES

 


Recentemente recebi a triste notícia de um amigo missionário dizendo que mais uma igreja estava cortando seu sustento para a atender outras prioridades supostamente mais urgentes do que a atividade missionária transcultural.

Em geral são preocupações lícitas, mas que jamais deveriam suprimir o apoio missionário, tais como a reconstrução ou aumento das dependências da igreja, investimento pesado no socorro social, material de som, departamentos internos da igreja, etc.

Reconheço que minha indignação possa ser agravada por atravessar constantemente problemas semelhantes, ou talvez pelo apreço que tenho pelo excelente trabalho desenvolvido pela família em questão. Seja como for, estou convencido biblicamente que não são as nossas necessidades que nos forçam a "puxar a sardinha para o nosso lado".

Gostaria muito que todos entendessem que a maioria dos missionários transculturais não se colocaram em situações extremas ou desconfortáveis para as usarem como justificativas apelativas em prol das missões.

De fato, eles só se encontram nestas circunstâncias porque antes foram convencidos pelas Escrituras de que a decisão certa a ser tomada implicaria inevitavelmente nas mesmas.

Assim, gostaria de compartilhar com vocês algumas razões que deveriam levar sua igreja a se envolver prioritariamente com o alcance das nações.

1 • AUTO-CONHECIMENTO E AUTO-EXPRESSÃO

O cristão é uma nova criatura. Ele recebeu uma nova natureza que lhe permite cumprir um novo propósito. Esta nova natureza, portanto, precisa expressar-se. Fomos feitos um com Deus com o glorioso propósito de atrairmos outros para Deus. Evangelizar ou fazer missões não é simplesmente um ato admirável de obediência reservado para alguns cristãos; mas um caminho de autoconhecimento e autoexpressão. É a descoberta de nossa nova natureza e do nosso novo e sublime propósito de existência.

Quando uma igreja coloca sua maior ênfase sobre qualquer atividade que não seja a proclamação do evangelho ela pratica um reducionismo que reprime sua própria natureza, ela dá um passo na direção de uma crise de identidade. Por outro lado, participar ativamente de missões é sentir-se vivo e inspirado pelas grandes realizações redentoras de um Deus presente, hoje, no mundo, através de seu povo.

2 • CONFORMIDADE À AGENDA DE DEUS

 Nada há de mais prioritário na agenda de Deus do que a evangelização das nações. Ao mesmo tempo nada deveria haver de mais desejoso para o cristão do que a mais profunda intimidade com Cristo.

Por esses motivos, nem a ênfase no perfeito e detalhado conhecimento teológico (intelectualismo cristão), nem as tentativas de restauração das mazelas sociais de um mundo sofredor (evangelho social), nem o desejo desenfreado pelas íntimas experiências espirituais (misticismo evangélico) podem tornar-se a prioridade da agenda da Igreja se não estiverem subservientes às missões. Nenhuma dessas ênfases trarão por si só aquilo que a obra missionária trará.

Tanto o conhecimento de Deus, como a restauração social, bem como a mais profunda intimidade com Cristo só serão plenamente obtidos com o retorno de Jesus. E nosso Senhor nos prometeu que não retornaria enquanto todos os povos não tivessem a oportunidade de ouvir o evangelho.

 3 • SENTIMENTO DE REALIZAÇÃO

Não há maior alegria para o cristão do que sentir-se canal efetivo de Deus na salvação de outros.  Ser instrumento de salvação dá ao cristão a maior sensação de realização.

Todas as esferas de sua vida precisam estar servindo ao propósito maior de comunicar as virtudes de Deus a fim de que outros o conheçam. Isso significa dizer que os talentos, a família, os relacionamentos, a igreja, o tempo, as afeições e as finanças de cada cristão atingem um propósito mais sublime quando são canalizados na evangelização, do que quando se concentram nas preferências individuais de seus talentos, família, relacionamentos, igreja, etc.

Manter o foco no alcance das nações nos ajuda a fugir dos caminhos frustrantes da idolatria e da secularização, assegurando que nossas afeições estejam constantemente mantidas naquilo que pode verdadeiramente nos satisfazer.

É fonte de alegria constante ouvir notícias dos povos que estão se convertendo, especialmente quando sabemos que temos contribuído para isso - seja através de nossa presença física, de nossas orações, de nosso dinheiro, de nossos conselhos ou talentos.

A igreja que investe em missões permite que seus membros gozem sempre deste sentimento de realização.


4 • CAPACITAÇÃO CULTURAL E PROFÉTICA

As trocas culturais são extremamente enriquecedoras para obra evangelística. Anos de esforços numa determinada cultura tornam-se experiência útil quando visitamos uma nação não-alcançada culturalmente parecida com a nossa.

Por isso, nas últimas décadas muitos missionários americanos e brasileiros, apesar de enfrentarem inúmeros desafios físicos, atingiram grande êxito evangelístico em grande parte da África e na América Latina. Por outro lado, estar antenado com a experiência missionária nas nações que permanecem mais fechadas ao Evangelho como o mundo Árabe ou as nações da Europa Ocidental pode significar preparar-se antecipadamente para desafios que chegarão mais cedo ou mais tarde.

As previsões para o crescimento do Islã nos próximos 50 anos é assustadora e hoje mesmo já está influenciando a cultura de grande parte da Europa. A Europa Ocidental, por sua vez, sempre representou o maior motor das inovações e transições culturais que influenciam e guiam seus novos valores sobre todos os povos do ocidente.

Uma igreja brasileira que esteja em constante contato com missionários nestes lugares prepara a si mesma para ser relevante a longo prazo, tornando-se apta a cumprir seu ministério profético, discernindo melhor os tempos e dando uma melhor resposta à luz do evangelho.

 5 • COMBUSTÍVEL EVANGELÍSTICO

Quanto mais longe lançamos o nosso alvo menos sentimos a dificuldade dos obstáculos no caminho. Se Davi olhasse para o Golias em si mesmo ou se os discípulos permanecessem reparando nos ventos ou nas ondas no meio da tempestade, eles falhariam em seus grandes objetivos.

Fico imaginando como os discípulos receberam a grande comissão. Como?! Sendo apenas 12, sem GPS ou internet, sem grandes patrocinadores missionários, e até mesmo sem a presença física do Emanuel, como levariam este evangelho aos confins da terra?!

 O fato é que, tendo lançado este alvo supremo àqueles 12 homens, o Mestre fez Jerusalém, Judéia e Samaria parecerem fichinha. Não há igreja mais motivada para evangelizar localmente do que aquelas que participam das grandes realizações globais de Deus.

Eles recebem as constantes boas novas de Deus sobre quão poderoso e ilimitado é o seu poder salvador, acima dos poderes dos céus e da terra. Hoje a autoridade suprema de Jesus para perdoar e salvar esta se manifestando acima das perseguições, dos ateus, dos governos, das potestades, da idolatria, dos corações de pedra, etc. E as igrejas que participam direta ou indiretamente destas missões recebem o maior de todos os combustíveis para o evangelismo.

Não importa quão nova é a sua igreja, não importa qual forma de cooperação ela adote em relação ao alcance dos povos, não importa a sua denominação ou o valor de sua contribuição.

A sua igreja é missionária, isto está no DNA dela e ela precisa se realizar como tal. Missões não é "tercerizável", é a própria essência de cada cristão.

 Como diria John Piper: "Quando se trata de missões só existem três tipos de cristãos: os que vão zelosamente, os que enviam zelosamente e os desobedientes".

O ideal de Deus é que mantenhamos sua ordem de prioridade em relação às nossas atividades. Que Deus te abençoe caro amigo missionário!

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Por; David Romer

 

 

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