RECURSOS FINANCEIROS
RECURSOS FINANCEIROS
O levantamento dos recursos para se chegar ao campo missionário pode ser um processo longo e desgastante para muitos.
Obviamente, isso depende
dos critérios adotados pelas juntas e agências missionárias, e estes critérios
podem apresentar distinções.
Contudo, para muitas
juntas e agências missionárias este é um processo crítico que antecede à ida do
missionário para o campo.
Conhecendo esse dilema,
muitos se antecipam para convencer os missionários de que esta tarefa, embora
árdua, não os desmerece em nada.
Charles Troutman,
escrevendo para um missionário a quem ele mesmo aconselhava, disse-lhe que
compreendia que ele estava incomodado com a possibilidade de ter que levantar
seu sustento, e deu seu testemunho pessoal afirmando que ele e sua esposa quase
não chegaram ao campo por causa disso.
Ele declara que talvez o
orgulho o estivesse impedindo, mas também ele se ressentia da atitude de certas
igrejas, pastores e amigos que tinham padrões diferentes para suas próprias
famílias e para as famílias de missionários.
Embora ele estivesse
acostumado a pedir em favor de organizações cristãs, “adotar a posição de
pedinte diante do opulento era terrivelmente difícil”.
Na realidade brasileira
atual, facilmente se constata que tanto juntas quanto agências missionárias têm
adotado o método de que seus missionários busquem levantar os recursos
necessários para realizarem a tarefa que o Senhor lhes confiou. Esses recursos
virão das igrejas, membros de igrejas, amigos e familiares.
Levantar o sustento é um
dos maiores desafios enfrentados por aquele que recebe o chamado de Deus para
ir ao exterior como missionário. Esse processo deve também estar fundamentado
em convicção pessoal por parte do missionário. Em praticamente todas as nações,
os pastores recebem salário. Algumas das grandes denominações, principalmente,
as de países ricos, também sustentam seus missionários com uma renda mensal.
Entretanto muitos dos que
vão servir a Deus no exterior vivem pela fé. Não gosto dessa expressão porque
ela passa a ideia de uma distinção que na verdade não se aplica aqui. Afinal
todos devemos viver pela fé, confiando que Deus suprirá nossas necessidades, de
uma maneira ou de outra.
Esse termo “pela fé” é
usado no meio evangélico como uma espécie de gíria, para descrever aquelas
pessoas que não recebem um salário no sentido real da palavra, mas que confiam
em Deus para seu sustento. Esse sustento vem, geralmente, por intermédio de
igrejas ou indivíduos, que ofertam segundo as despesas de cada missionário.
É comum usar a expressão
“missionário pela fé” para descrever um trabalho cujo pessoal envolvido
consegue.
Charles Henry Troutman
Jr (1914-1991): missionário, evangelista, administrador. Antes de chegar ao
campo missionário a maioria dos recursos da maneira descrita acima.
Basicamente, significa
“levantar o próprio sustento”.
A Palavra de Deus contém
alguns textos bíblicos escritos por Paulo em, 1 Coríntios 16 e 2 Coríntios 8 e
9, sobre levantamento de recursos.
Paulo pedia
especificamente por recursos e até mesmo dava sugestões de como levantá-los
(1Co 16.1-2; 2Co 9.5); ele encorajava as pessoas a dar o quanto pudessem (2Co
8:10-15; 9:6-7); ele exortava a todos para manterem altos padrões éticos (1Co
16:3-4; 2Co 8:20-21); ele até mesmo comparava algumas igrejas com outras (2Co
8:1-8; 9:2-4).
PAULO NÃO HESITAVA EM
LEVANTAR RECURSOS.
Para que essa dinâmica
de levantamento de recursos financeiros seja ágil, os missionários devem se
comunicar com seus mantenedores por carta, email, telefone, etc., fazendo sua
parte em buscar seu sustento; contudo, Deus é quem lhes dá os recursos. As
questões financeiras são uma das principais causas de desentendimento na
maioria dos casamentos.
Levantar sustento faz
com que isso se torne realmente uma questão a ser considerada. Contudo, o envio
do missionário ao campo depende se seu sustento pode ou não mantê-lo lá.
Muitos veem o momento do
envio do missionário ao campo como o ápice de um processo longo e muitas vezes
exaustivo. Entretanto, esse momento é envolto em alegria, gratidão a Deus e um
profundo sentimento de dependência do Senhor por se ver aqueles que foram separados
por Deus, comissionados por Ele, treinados e capacitados em parceria com a
igreja local serem enviados àqueles que precisam ouvir a mensagem de salvação
de Jesus.
Os versículos de Atos
13, principalmente de 2 a 4, além de serem inspirativos, são instrutivos, pois
mostram o equilíbrio entre a ação do Espírito Santo e a igreja local no envio
daqueles que o próprio Deus havia separado e designado para a tarefa
missionária.
Enquanto adoravam o
Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: “Separem-me Barnabé e Saulo para a
obra a que os tenho chamado”. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as
mãos e os enviaram.
Enviados pelo Espírito
Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. De acordo com o
versículo 4, ambos Barnabé e Paulo foram enviados pelo Espírito Santo, mas,
segundo o versículo 3, foi a igreja de Antioquia que, impondo as mãos sobre
eles, os enviou.
Ao fazer-se justiça à
iniciativa do Espírito Santo, não se pode subestimar o papel da igreja no envio
deles.
Conclui-se, portanto,
que o Espírito Santo os enviou, instruindo a igreja a realizar o envio, e que a
igreja os enviou, por ter sido instruída pelo Espírito Santo. Esse equilíbrio é
sadio e evita ambos os extremos. O primeiro é a tendência para o
individualismo, pelo qual uma pessoa alega direção pessoal e direta do
Espírito, sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência para o
institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas pela igreja sem
nenhuma referência ao Espírito. Apesar de não podermos negar a validade da
escolha pessoal, ela só é sadia e segura quando vinculada ao Espírito e à
igreja.
Entretanto, alguns não
entendem da mesma forma, e afirmam que Deus é aquele que envia o missionário,
sendo a igreja apenas o canal do envio.
Vários são os textos
bíblicos por eles apresentados (Ex 3.10; Is 6.8; Jr 1.7; Mt 10.16 e 28.19; At
13.2-4).
Contudo, os textos em
questão são, em sua maioria, anteriores à fundação da igreja, com exceção do
último. Esse posicionamento não evita os extremos e gera a falta de equilíbrio
ao qual John Stott se refere.
Com relação ao papel da
igreja local dentro do processo de envio, é oportuno declarar que, além de ser
o local onde se encontram as oportunidades de comunhão e crescimento
espiritual, onde os membros recebem os dons do Espírito Santo para sua própria
edificação, a igreja local é de onde os futuros missionários são chamados pelo
Senhor.
Entretanto, uma das características essenciais de uma igreja, quiçá a mais importante para que ela seja atuante no cumprimento da Grande Comissão, é ser missional.
A igreja
missional não é apenas outra fase em que a igreja local se encontra, ela é uma
expressão completa de quem e o que a igreja foi chamada a ser e a fazer, ou
seja, cooperar com o Senhor na redenção do ser humano, define a igreja
missional como o povo de Deus em parceria com Deus na sua missão redentora no
mundo.
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