2º FORUM DE MISSÕES DA JMM. RIO DE JANEIRO, BRASIL
O
SOFRIMENTO NO CONTEXTO DA MISSÃO
Palestra: Analzira Nascimento
2º FÓRUM DE MISSÕES
JUNTA DE MISSÕES MUNDIAIS
Rio de Janeiro, Em 15 e 16 de agosto de 2005.
A
vivência da Igreja de Jesus Cristo em uma situação de guerra, principalmente
uma guerra civil, a coloca diante da sua mais pura e real condição, que é ser
peregrina, sofredora e pobre. Os 17 anos vividos na dura realidade da guerra de
Angola sedimentaram alguns ensinamentos sobre a missão da igreja no mundo dos
quais podem-se destacar três aspectos.
1)
a Igreja pode ser uma comunidade solidária, sofrendo junto com a população e
exercendo a sua diaconia nos momentos críticos.
2)
A atuação da igreja no pastoreio espiritual de consolo e em projetos de ação
social não permitiu que ficasse paralisada diante da dor e nem se resignasse
com a miséria imposta pela guerra, mas junto com o povo, foi descobrindo que a
crise também traz oportunidades imperdíveis para exercer sua missão, criando
saídas, inovando e inventando.
3)
Nos momentos mais críticos de flagelo total, ausência de governo e de
infra-estrutura mínima, a Igreja foi um agente catalisador reunindo vontades,
organizando parcerias, provocando reflexão, servindo vítimas da guerra e os
carentes em geral.
O
ato de “ficar” ou “permanecer” transformou a igreja em referência para as
populações, que posteriormente vieram a descrevê-la como “comunidade do
refúgio” ou “tábua de salvação”.
A
ação humanitária permitiu que a Igreja se transformasse em uma promotora da
práxis de esperança, comunicando muito mais com atitudes do que com discursos a
verdade do Evangelho de Jesus Cristo. Isto conferiu-lhe credibilidade e
autoridade diante das diversas organizações nacionais e internacionais para
poder interpretar a sociedade angolana e firmar uma série de parcerias para
implantação de projetos de geração de ocupação, de empregos e renda, práticas
que trouxeram desenvolvimento e contribuíram para a promoção de uma cultura de
paz e esperança na região.
Finalmente,
os efeitos de uma guerra tão prolongada são sentidos numa população já
fragilizada por cinco séculos de colonização, que se vê descaracterizada de sua
cultura e bastante fragmentada devido a situações e “modos de vida” ainda não
experimentados. Neste contexto, as igrejas assumem o seu caráter profético
mantendo os padrões de dignidade que Deus estabeleceu para o homem viver.
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Analzira
Nascimento
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